Após a normalização das relações
bilaterais e a plena retoma da cooperação, a Guiné-Bissau e a União Europeia
(UE) tiveram hoje o primeiro diálogo político no quadro do Artigo 8 do Acordo de
Cotonou, que esteve interrompido desde 2011. Este diálogo marca mais uma etapa
no aprofundamento da parceria entre a União Europeia e a Guiné-Bissau, que
comemora este ano o seu quadragésimo aniversário.
O Governo saudou a realização do
presente diálogo politico entre a Guiné-Bissau e a União Europeia, enquanto
espaço importante de concertação e interação no quadro da Parceria alicerçada
no Acordo de Cotonou. Para o Governo, a realização deste Fórum de diálogo
politico representa um passo importante para a completa normalização das relações
entre a Guiné-Bissau e a União Europeia.
O diálogo foi presidido, do lado da
Guiné-Bissau, por Sua Excelência o Primeiro-Ministro e contou com a
participação de vários membros do seu Governo designadamente, Ministro dos
Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e das Comunidades, Ministro
da Administração Interna, Ministra da Defesa Nacional, Ministro da Economia e
Finanças e Ministra da Justiça. A delegação da UE foi presidida pelo Chefe de
Delegação da UE na Guiné-Bissau, e estiveram igualmente presentes os
Embaixadores em Bissau de Portugal, França e Espanha, o Embaixador da Bélgica
em Dakar e os chefes de missão adjuntos da Alemanha e da Áustria em Dakar.
Durante este diálogo foram discutidos
vários assuntos nacionais e regionais de interesse comum. Foi feito um ponto da
situação sobre a política interna, as reformas estruturais e a implementação do
plano estratégico “Terra Ranka”.
O Governo informou sobre a situação
politica e social no pais e a evolução positiva e os processos de consolidação
da estabilidade, normalização da vida pública, recuperação económica e
implementação da reforma do Estado, particularmente nos sectores de segurança e
justiça tem registado na Guiné-Bissau.
A UE felicitou o Governo pelos avanços
efectuados a nível socio-económico e de consolidação do estado durante o seu
primeiro ano de governação e encorajou a continuação e incremento dos seus
esforços para uma efectiva implementação das reformas necessárias, nomeadamente
nas áreas da justiça, segurança, luta contra os tráficos ilegais e a corrupção,
assim como no domínio da economia e do ambiente. A UE reiterou o seu forte
apoio às autoridades da Guiné-Bissau para prosseguirem neste sentido.
A UE exprimiu a sua preocupação perante
as crispações institucionais ocorridas recentemente no país, reconheceu os
esforços feitos para ultrapassar as divergências e encorajou a sua continuação
através de maior abertura e melhoria da qualidade do diálogo, tendo em vista a
consolidação de uma parceria estratégica entre os órgãos da soberania.
As duas delegações concordaram que a
estabilidade política é essencial para que a Guiné-Bissau continue no caminho
da consolidação da democracia e do desenvolvimento socioeconómico e para a
dinamização de quadros da cooperação com os parceiros de desenvolvimento em
geral, e com a EU em particular.
O governo da Guiné-Bissau propôs e foi
aceite a realização de reuniões de informação e concertação política com
periodicidade mensal.
Durante o diálogo, foram igualmente
abordados, assuntos regionais de interesse comum como as questões de segurança
na zona do Sahel, os desafios do Golfo da Guiné e a migração. Com Odemocrata
IBD - Intelectuais Balantas Na Diáspora
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