Um grupo de investidores chineses
assinou esta sexta-feira um acordo com a Câmara de Comércio da Guiné-Bissau
para a construção de um hotel de referência, um hospital e para produção e
transformação de produtos agrícolas.
O acordo foi rubricado entre Braima
Camara, presidente da Câmara de Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços
(CCIAS) da Guiné-Bissau, e Chen Zeng Yang, líder da empresa chinesa Avic e deve
vigorar a partir deste ano.
No domínio da agricultura, a parte
guineense irá disponibilizar terrenos para o cultivo de arroz (base da dieta
alimentar do país) destinado ao consumo local e à exportação, enquanto a
companhia chinesa entrará com técnicos e financiamento.
O grupo chinês irá também disponibilizar
equipamentos para a transformação de produtos agrícolas guineenses em zonas a
serem indicados pela parte guineense.
A Avic, que já opera em vários países da
África subsaariana, virou-se agora para a zona ocidental do continente,
elegendo a Guiné-Bissau como "ponto de referência", notou o líder do
grupo.
Já no período da manhã, os empresários
chineses adiantaram ao chefe de Estado guineense, José Mário Vaz, que têm o
propósito de construir "um hotel e um hospital de referência" na
Guiné-Bissau.
Para rubricar protocolos de intenções,
mas logo que o país tenha um Governo formalmente instalado o grupo chinês irá
avançar com a materialização dos projetos.
A Guiné-Bissau está sem Governo desde o
dia 12 de agosto, quando o Presidente do país demitiu o primeiro-ministro,
Domingos Simões Pereira, com quem se incompatibilizou.
O grupo chinês pretende também construir
500 mil casas de habitação social, em Bissau, podendo avançar para outras zonas
do interior do país.
O presidente da Câmara de Comércio
guineense, Braima Camara, afirmou que o interesse dos chineses pela Guiné-Bissau
"é a prova das potencialidades de investimento e negócios" que
existem no país em vários domínios.
Para a Câmara, a Guiné-Bissau "não
foge à regra" em relação aos investimentos chineses em África e, com as
suas potencialidades, poderá tirar vantagens.
A Guiné-Bissau "é um país com solo
fértil e água em abundância", para, juntamente com os parceiros chineses,
transformar e valorizar os produtos locais, notou Braima Camara.
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