Na véspera da celebração do primeiro
aniversário da morte de Kumba Ialá, carismático líder e fundador do Partida da
Renovação Social (PRS), o atual presidente da segunda maior força política
guineense, Alberto Nambeia, falou a e-GLOBAL.
Nambeia disse que o 4 de Abril jamais
pode passar despercebido e que é uma data que tem de ficar na memória de todos
os guineenses, pois “a dimensão da figura de Kumba Ialá, ultrapassa o PRS, por
ser alguém que lutou pela afirmação da democracia na Guiné-Bissau, tanto mais
que foi Presidente da República”.
“Nesta data todos os militantes do PRS e
os guineenses devem rezar pela sua alma”, referiu o atual Presidente do Partido
da Renovação Social, que também é um dos membros fundadores do partido.
Para Alberto Nambeia, se Yalá estivesse
vivo hoje, e na qualidade do Presidente da República, particularmente, perante
a atual crise política, estaria a lutar para a sua resolução, chamando as
partes e a procurar encontrar uma saída para a crise, pois o interesse do país
está acima de tudo e de todos os interesses pessoais.
O Presidente do PRS, que está no seu
primeiro mandato à frente desta formação política, revelou que tudo fizeram
para ajudar a evitar e contornar a actual crise política. “Não posso enumerar
os esforços que fizemos para que isto não tivesse acontecido, sobretudo na
minha pessoa e dos dirigentes do partido, pois a força não resolve o problema”,
sublinhou Alberto Nambeia.
O número Um dos “renovadores sociais”
afirmou ainda que, se tudo dependesse do PRS, o problema já estaria
ultrapassado. “Os guineenses podem testemunhar a nossa abertura política para a
estabilidade do país. Isso aconteceu logo após a proclamação da vitória por
parte do PAIGC e, foi logo, quando o felicitamos e integramos o seu governo,
sem hesitação”, ressalvou.
O líder do PRS nega qualquer forma de
violência para a resolução do problema. “Aliás, foi o ensinamento que o nosso
líder, Kumba Yalá, nos deixou. Existem instituições dotadas para a resolução
dos problemas, nomeadamente a Justiça. Nós não somos uma entidade vocacionada
para resolução dos problemas. Portanto, aconselhamos que as contendas sejam
levadas para órgãos judiciais e não serem resolvidas pela via de força”.
Desta forma Alberto Nambeia deslegitima
as recentes declarações do deputado do PRS, Sola Kilim, que alegara que vão
deter o Secretário de Estado de Ordem Pública, Luís Manuel Cabral, e o
Comissário Nacional de Ordem Pública, Armando Nhaga, caso não orientassem seus
agentes para garantir a entrada na Assembleia Nacional Popular dos 15 deputados
expulsos do PAIGC. Uma declaração tida como uma ameaça do Partido da Renovação
Social que se mostrou colado aos 15 parlamentares do partido no poder.
Os militantes e simpatizantes do PRS e Assembleia do Povo Unido Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) celebraram 2ª feira, o segundo aniversário da morte súbita do Koumba Ialá, líder fundador e carismático do PRS, que desapareceu fisicamente em plena campanha eleitoral, a 04 de Abril de 2014.
ResponderEliminarPara marcar a efeméride os renovadores e apuanos depositaram coroas de flores na campa do malogrado, sita no mausoléu de Amura junto as instalações do Estado Maior General das Forças Armadas em Bissau.
Segundo os seus mentores, “a única forma de honrar a memória de Koumba Ialá, é enveredar-se na reconciliação e coesão entre os guineenses. Recordando que, Koumba Ialá foi o primeiro político a denunciar a atrocidades do PAIGC e edificar um Governo da Unidade Nacional de Base Alargada que congregou na altura a maioria parte da classe política do país