terça-feira, 31 de maio de 2016

Baciro Dja, primeiro-ministro da Guiné-Bissau, apresenta proposta de Governo integrado por 20 partidos

PAIGC não respondeu à carta do primeiro-ministro para negociações

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau Baciro Djá apresentou na tarde desta terça-feira, 31, ao Presidente da República a proposta de estrutura e composição do novo Governo.

A proposta inclui membros de dois partidos com assento parlamentar e mais 18 formações políticas.

A informação foi avançada à VOA por uma fonte próxima do primeiro-ministro, que garantiu ser um Governo de basa alargada no Parlamento e fora dele.

Além do PRS, segundo partido mais votado nas eleições de 2014 e convidado por José Mário Vaz para indicar o novo Chefe do Governo, a proposta de Executivo apresentada incluiu ainda o Partido Nova Democracia (PND), liderado Iaia Djaló, actual conselheiro do Presidente da República, e com assento parlamentar, e mais 18 formações políticas sem presença na Assembleia Nacional Popular.

Entretanto, a mesma fonte adiantou que o PAIGC não respondeu à carta que o primeiro-ministro enviou ontem ao presidente do PAIGC a convidá-lo para participar nas negociações com vista à formação do novo Governo.

Carta ao PAIGC

Como a VOA noticiou em primeira mão, Baciro Djá requeria a disponibilidade de Domingos Simões Pereira, alegando a necessidade de alargar a base parlamentar de sustentabilidade novo Executivo.

Na manhã desta terça-feira, uma fonte do PAIGC confirmou a recepção da carta, mas não adiantou se “ela merecerá a análise da direcção superior do partido”.

Djá foi empossado primeiro-ministro pelo Presidente da República, depois de o seu nome ter sido apontado pelo Partido da Renovação Social (PRS), e convidado por José Mário Vaz para indicar o novo Chefe do Governo.

O PAIGC, no entanto, tem dito que não reconhece o novo primeiro-ministro e os membros do Executivo demitido continuam barricados no Palácio do Governo desde a passada quinta-feira, 26.

Baciro Djá foi ministro da Defesa do Governo de Carlos Gomes Júnior e depois ministro da Presidência do Conselho de Ministros, ministro dos Assuntos Parlamentares e porta-voz do Executivo de Domingos Simões Pereira, sucedendo a este como primeiro-ministro em 20 de agosto de 2015.


O novel primeiro-ministro era um dos vice-presidentes do PAIGC, até que foi expulso em Janeiro deste ano, depois de, juntamente com mais 14 deputados e militantes do partido, terem votado contra o Programa do Governo de Carlos Correia. Com a Voz da America

2 comentários :

  1. O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Baciro Djá, convidou o presidente do PAIGC, partido que não reconhece a sua nomeação para o cargo, para formar governo, disse hoje à Lusa fonte próxima de Djá.

    "Havendo a necessidade de alargar a base parlamentar de sustentabilidade do governo, vimos convidar o partido que dirige a manifestar a disponibilidade de encetar conversação", refere a carta de Baciro Djá dirigida a Domingos Simões Pereira.

    O convite surge duas semanas depois de o Partido da Renovação Social (PRS), que propôs Djá para liderar o próximo governo, ter recusado o convite do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) para formar um governo inclusivo.

    O PRS preferiu juntar-se a 15 deputados dissidentes do PAIGC (entre os quais Baciro Djá) para formar uma nova maioria, a qual o Presidente da República, José Mário Vaz, escolheu para vir a formar governo, com Djá como primeiro-ministro.

    A formação de Simões Pereira diz que Vaz violou a Constituição, segundo a qual cabe ao partido que venceu as últimas eleições (PAIGC) escolher o governo.

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  2. Primeiramente agradeço-vos por estes grandes trabalhos de manter os guineenses e não só informados que têm feitos e bem.
    Gostaria de poder copiar as vossas informações para melhor estar a altura de as ler quando estou sem rede, por acaso confiu bastante nas vossas informações.

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