quarta-feira, 20 de julho de 2016

Presidente da Guiné-Bissau considera "importante" decisão do Supremo Tribunal de Justiça

O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, considerou hoje "importante" a decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) do país ao definir como constitucional a nomeação do novo primeiro-ministro e o seu Governo.

Fazendo uso das competências de Tribunal Constitucional, que a Guiné-Bissau não tem, os juízes do STJ defenderam ser constitucional o procedimento adotado por José Mário Vaz, em maio, ao nomear Baciro Djá como primeiro-ministro.

Djá lidera um Governo a ser sustentado no Parlamento pelo segundo partido mais votado nas últimas eleições legislativas.

O PAIGC, partido vencedor das eleições realizadas em 2014, tinha solicitado ao Supremo que declarasse a inconstitucionalidade da decisão do chefe de Estado, alegando ter o direito legal de formar Governo.

Em curtas declarações no aeroporto de Bissau, antes de viajar para o Ruanda, onde vai tomar parte hoje e no domingo na cimeira de líderes da União Africana (UA), José Mário Vaz considerou importante o pronunciamento do STJ, mas também defendeu ser decisivo unir os guineenses.

"É importante, de facto, a decisão do Supremo Tribunal de Justiça, como um órgão de soberania (...), mas o mais importante hoje na Guiné-Bissau é unir o país, unir os guineenses, para que haja solidariedade entre nós", referiu.

O chefe de Estado falou numa necessidade de "entendimento entre diferentes órgãos de soberania" para que o país "ganhe realmente uma nova dinâmica rumo ao desenvolvimento".

Para o Presidente guineense, o importante para o país é o trabalho.

"Todos somos poucos para o desafio que temos pela frente: temos que nos unir para retirar o nosso país da situação difícil em que se encontra", acrescentou Vaz que disse preferir o trabalho a falar.

"Quem fala muito não tem tempo para trabalhar e quem trabalha não fala muito", defendeu o líder guineense, que vai aproveitar a cimeira em Kigali para explicar aos seus homólogos africanos o que se passa no país.

A situação política na Guiné-Bissau será um dos temas a debater na cimeira da UA, adiantou José Mário Vaz.


O ministro dos Negócios Estrangeiros guineense, Soares Sambu, já se encontra no Ruanda, tendo tomado parte das reuniões preparatórias da cimeira que, entre outros assuntos, vai debruçar-se sobre as estratégias para o combate ao HIV/SIDA no continente africano. Com a Lusa

1 comentário :

  1. O Presidente da República, José Mário Vaz afirmou na manhã deste sábado que o mais importante do que um acórdão do Supremo Tribunal da Justiça é a missão de unir o povo, garantir o normal funcionamento dos principais órgãos de soberania, trabalhar para combater a pobreza e desenvolver o país.

    O Chefe de Estado guineense falava a’O Democrata no Aeroporto Internacional “Osvaldo Vieira” de Bissau, momentos antes de partir para a cimeira da União Africana a decorrer em Kigali, capital de Ruanda.
    José Mário Vaz enalteceu ainda a importância da decisão do Supremo Tribunal de Justiça na clarificação do atual contexto político.
    Instado a comentar a decisão da Suprema Corte que declarou ontem de constitucional a nomeação do governo liderado por Baciro Djá, o Presidente da República disse que “quem fala muito não tem tempo para trabalhar e quem trabalha não fala muito”, insistindo na necessidade de trabalhar para que o crescimento económico do país se reflicta na vida das populações.

    “Nós todos somos poucos para os desafios de retirar o país da difícil situação em que se encontra, daí a necessidade de todos se empenharem no trabalho duro em prol de todos”, referiu.
    Sobre a cimeira da União Africana, José Mário Vaz, em poucas palavras, adiantou que a situação política da Guiné-Bissau é um dos pontos a serem debatidos pelos Chefes de Estado da União Africana e assegurou neste particular que duranre o conclave ele manterá encontros bilaterais com seus homólogos.
    O financiamento da organização, a criação de uma zona de comércio livre continental e o observatório africano da SIDA são alguns dos temas agendados para a reunião que este ano decorre sob o signo dos direitos humanos, com particular destaque para os direitos da mulher.

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