segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Deputados dissidentes responsabilizam PAIGC e Cipriano Cassamá pelo bloqueio do parlamento

G-15 manifesta o seu total repúdio pela ridícula, vergonhosa e inexistente deliberação induzida do PAIGC, em retirar a confiança política ao cidadão José Mário Vaz que por inerência de funções e por imposição constitucional, não pode ser militante de um partido político, mas “Presidente de todos os guineenses”. 

Os 15 deputados dissidentes da bancada parlamentar do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), responsabilizaram ontem, 27 de Novembro 2016, a direção do partido [PAIGC] e o presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), Cipriano Cassamá pelas consequências que possam advir dos seus deliberados planos de bloqueio do Parlamento e inviabilização do país.

A posição do grupo foi tornado pública através de um comunicado que Odemocrata teve acesso. A nota foi emitida na sequência de um encontro que serviu para analisar a atual situação do país, nomeadamente os Acordos de Bissau e Conacri.

O grupo, de acordo com o comunicado, constatou que a atual liderança do PAIGC, tem-se revelado dia após dia, ser uma liderança completamente “falhada”, e cuja trajetória está a conduzir vertiginosamente o PAIGC para o abuso e caos políticos, susceptíveis de pôr em causa o papel histórico e a vocação do partido em apresentar soluções políticas credíveis para o desenvolvimento socioeconômico, a estabilidade política e a paz social na Guiné-Bissau.

No entender do G-15, a atual liderança do partido libertador tem manipulado e intimidado os órgãos a tomarem decisões que não vão no sentido da implementação dos Acordos de Conacri e de Bissau, através, nomeadamente, de afirmações que considera de “totalmente falsas” sobre os resultados das negociações de Conacri que usa como pretexto para a recusa formal de integrar um governo dirigido por um Primeiro-Ministro consensual e de confiança política do Presidente da República.

Os G-15 dissidentes da bancada parlamentar do partido libertador condenam no comunicado as “reiteradas posições” da atual direção do PAIGC que rejeita o Acordo de Conacri, ameaçando a sua efetiva implementação, com todas as consequências que daí advêm. O grupo manifesta ainda a sua profunda inquietação pela forma caótica e suicidária como o presidente do PAIGC e os seus seguidores têm conduzido o partido, protagonizando a sua descida para o abismo.

“Alertar os guineenses e à comunidade internacional para estas manobras que visam subverter o quadro constitucional, regimental e os Acordos de Bissau e Conacri” , adianta a mesma nota.

O texto expressa ainda o total repúdio pela ridícula, vergonhosa e inexistente deliberação induzida do PAIGC, em retirar a confiança política ao cidadão José Mário Vaz que por inerência de funções e por imposição constitucional, não pode ser militante de um partido político, mas “Presidente de todos os guineenses”.


Os deputados expulsos da fileira dos libertadores aproveitaram a ocasião para exortar o Primeiro-Ministro no sentido de acelerar o processo de formação do novo governo inclusivo, reiterando-lhe a confiança política e o profundo engajamento na implementação dos referidos Acordos assinados no “respeito escrupuloso da Constituição e demais leis da República”. Com Odemocrata

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