segunda-feira, 27 de novembro de 2017

AS FORÇAS ARMADAS REVOLUCIONARIAS DO POVO DA GUINÉ-BISSAU ESTÃO DE LUTO, PELO FALECIMENTO DO BRIGADEIRO GENERAL LASSANA INDAMI

“O tempo voa e a escrita fica”! As Forças Armadas Revolucionarias do Povo (FARP), garante da integridade territorial estão de luto. Faleceu no Hospital Militar Principal, Amizade Sino-Guineense, vítima de doença prolongada, o Brigadeiro General Lassana Indami, Chefe da Divisão de Serviço de Produção das Forças Armadas.

Este homem que deixou exemplos a seguir, seja no processo da luta armada pela liquidação total da dominação colonial na Guiné e Cabo Verde, seja no desenvolvimento da produção agrícola nas forças armadas de Guiné-Bissau. Nunca abandonou os campos agropecuários de Fã Mandinga, Bidinga Nanhassé e o campo agroindustrial de Salató. Se ocupava sempre na produção de arroz, batata-doce, milho, mandioca, abobada, amendoins e um pouco de limão.

Não obstante de ser General, Indami foi um homem do campo que consagrou todo o resto da sua vida no combate a fome e miséria na sociedade guineense.

Implementou em 2016 pela primeira vez, a horticultura nas unidades militares de Bissau com o objectivo de melhorar a dieta alimentar dos militares.

Contribuiu positivamente na reabilitação dos edifícios do campo agropecuário de Fã Mandinga e na construção de um armazém para arrecadação dos produtos agrícolas e um alojamento para o pessoal que trabalha campo de Salató.

Neste momento de dor e de consternação, viemos num ambiente impar em que, os nossos valiosos e filhos dignos do nosso Povo, que deram todas as suas energias e capacidade para o bem-estar da nossa querida Pátria, estão a desaparecer duma forma lenta no nosso seio.

Viemos hoje a enterrar no solo Pátria que tanto amou e dedicou toda a sua Juventude, energia e capacidade para a defesa da Nação Guineense o nosso colega, amigo, Irmão, Pai, Tio, e Companheiros de Armas, Brigadeiro General Lassana Indami, Combatente da Liberdade da Pátria, que faleceu no dia 20 de Novembro de 2017, vítima de uma doença prolongada.

Viemos pois acompanhar a sua última morada e despedimo-nos de um Militar exemplar, homem humilde que soube transmitir a sua virtude, abnegação e determinação no cumprimento das suas missões e na conduta das Tropas.

Para melhor conhecer este combatente exemplar apresentamos a biografia do Brigadeiro General Lassana Indami:
Brigadeiro General Lassana Indami, filho de José Indami e de Dango M’Bana, natural de Farim, sector da Farim, Região de Oio nasceu em 15 de Setembro de 1949.

Em 10 de Outubro de 1963 o malogrado engrossou na fileira das FARP na frente Norte e no mesmo ano foi chamado pelo camarada Amílcar Lopes Cabral, para a Formação do 1º Corpo de Exército em Kaurande, tendo regressado em 1965 para o Sector de Morés;

Em 1967 foi nomeado Comandante de Pelotão em Mansode, Em 1968 foi nomeado Comandante de Bi grupo;

No dia 23 de Novembro de 1970, o Brigadeiro General Indami foi enviado para uma missão de reforço na República da Guiné com finalidade de defender as nossas posições militares contra o assalto efectuado pelos colonialistas Portugueses;

Em 1970 foi escolhido com alguns dos seus companheiros da luta, pelo Amílcar Lopes Cabral para irem frequentar o curso de Fuzileiro Naval na antiga União de Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS);

Em 1972, foi nomeado Comissário Político de Fuzileiro Naval em Cobiana (Chão de Manjaco);

Em 1973, foi transferido para Morés como comandante do Corpo de Exército, função que desempenhou até a independência;

Em 1975, foi nomeado Adjunto Chefe de Estado Maior do Batalhão de Infantaria de Mansoa;

Em 1976 foi transferido para Batalhão Mecanizado de Bafatá desempenhando as mesmas funções e no mesmo ano foi transferido para o Sul do Pais como Comandante de Batalhão;

Em 1977 - 19 78 foi transferido para Zona Leste como Comandante de Batalhão de Gabú;

Em 1979 o General deixou o país para Cabo-Verde para frequentar a Escola de Superação dos Oficiais;

Em 1982, nomeado Comandante de 2ª Companhia no Batalhão da Presidência da República;

Em 1985 foi detido na sequência de caso de 17 de Outubro e tendo após o julgamento, transferido enquanto prisioneiro para Ilha de Caraz;

Em 1999 foi nomeado Adjunto Comandante de Zona Militar Sul e mais tarde Comandante da Zona Militar Norte;

Em Dezembro de 2001, é colocado no Leste como comandante de Zona Militar Leste;

Em 2002, foi transferido Mansoa como comandante de Zona Militar Norte;

Em 2004, nomeado Comandante de Zona Militar Centro;

Em 2005, nomeado Comandante Geral das Tropas de Guarda-Fronteira;

Em Março de 2012, foi nomeado Chefe da Divisão de Serviço da Produção de Estado Maior General das Forças Armadas (tendo neste caso promovido ao posto de Brigadeiro General), função que desempenhou até data da sua morte.

Neste momento de dor e de consternação, de Estado Maior General das Forças Armadas, os colegas, amigos, irmãos e companheiros de arma aproveitam a ocasião para apresentar as suas sentidas condolências a toda família enlutada. Com as FARP’s

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