Trump anunciou a transferência da
embaixada dos EUA de Telavive para Jerusalém, contrariando o consenso
internacional. Depois de Guatemala, mais países deverão seguir o líder
norte-americano.
Imediatamente após o anúncio da mudança
da embaixada norte-americana em Israel de Telavive para Jerusalém decidida por
Donald Trump, o primeiro-ministro israelita, Benjamim Netanyahu, afirmou que
outros países seguiriam a decisão do líder da Casa Branca, contrariando assim o
consenso internacional. Este domingo, também o presidente da Guatemala, Jimmy
Morales, afirmou que deu instruções para alterar a morada da embaixada para
Jerusalém. Agora, Israel espera que pelo mais dez países seguiam a decisão
norte-americana e de Morales.
“Isto é apenas o princípio e é
importante”, declarou Benjamim Netanyahu. Já a vice-ministra do Ministério dos
Negócios Estrangeiro, Tzipi Hotovely, avançou que estão já em cima da mesa
conversas com mais dez nações dispostas a mudar a localização das suas
embaixadas para Jerusalém, cita o El País. A comunidade internacional não reconhece a soberania de Israel sobre
toda a cidade, que alberga locais sagrados para judeus, cristãos e muçulmanos.
A decisão da Guatemala, que altera uma
morada decidida há quatro décadas, é considerada “vergonhosa e ilegal” pelo
Ministério dos Negócios Estrangeiros palestiniano.
“Na verdade, recusámos reconhecer
qualquer capital de Israel. Mas hoje finalmente reconhecemos o óbvio. Que
Jerusalém é a capital de Israel. Nada mais nada menos do que o reconhecimento
da realidade. É também a coisa certa a fazer. É algo que tem de ser feito”,
declarou o Presidente norte-americano à data.
A mudança da embaixada americana é
encarada como um sinal concreto de que os EUA reconhecem a Israel o direito de
ter Jerusalém como capital "eterna e indivisível", ignorando a
pretensão dos palestinianos a terem a capital de um futuro Estado em Jerusalém
Oriental.
A decisão levou ao aumento da tensão e
criou uma onda de protestos e conflitos que já provocaram algumas vítimas
mortais.
Na última quinta-feira, a Assembleia
Geral da ONU aprovou uma resolução sobre o estatuto de Jerusalém, recusando a
declaração norte-americana de que a cidade é a capital de Israel. A decisão foi
aprovada com 128 votos a favor, nove contra e 35 abstenções. Trump ameaçou
cortar os apoios aos países que apoiassem esta resolução. A Guatemala, que
depende fortemente dos EUA, foi um dos países que votou contra. Para além da
Guatemala, votaram contra a resolução da ONU Honduras, Micronésia, Nauru, Togo,
Palau e ilhas Marshall. Com o Publico
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