quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Vice-presidente da ANP, Eng.º Nuno Gomes Nabiam, confere posse ao novo chefe de estado guineense


O primeiro Vice-presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), Nuno Gomes Nabiam, conferiu posse esta quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020, ao novo Chefe de Estado guineense eleito a 29 de dezembro de 2019, Úmaro Sissoco Embaló, na sequência de uma sessão extraordinária da Assembleia Nacional Popular convocada para o eleito pela comissão permanente.

A cerimónia de posse “simbólica” de Úmaro Sissoco Embaló para o mais alto cargo da magistratura guineense decorreu numa das unidades hoteleiras da capital Bissau e foi testemunhada pelo presidente da república cessante, José Mário Vaz, bem como por várias individualidades, figuras políticas e centenas de cidadãos provenientes de diferentes bairros da capital Bissau.

O ato foi igualmente testemunhado com a presença do Procurador-Geral da República, Ladislau Embassa, e o presidente do Tribunal de Contas, Dionísio Cabi, como também as presenças dos Embaixadores da Gâmbia e do Senegal. A cerimónia foi marcada por um forte dispositivo de segurança mantida pelos militares da guarda Presidencial.

O primeiro vice-presidente, Nuno Gomes Nabiam, dirigiu a sessão extraordinária na presença da segunda vice-presidente, Hadja Satu Camará. Antes de abertura da sessão, Nabian pediu ao deputado Mamadu Serifo Jaquité do MADEM e o deputado Alberto Djatá do PRS para ocuparem as funções do primeiro e do segundo secretário da mesa da ANP, respetivamente.

Deputado Mamadu Serifo Jaquité foi quem leu a ata do apuramento nacional que confirma a eleição de Úmaro Sissoco Embaló, apoiado por Movimento para Alternância Democrática (MADEM), com 54,55 por cento de votos, contra 46, 45 por cento do seu adversário, Domingos Simões Pereira, candidato do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC). A sessão prosseguiu com a leitura do termo de posse do novo Chefe de Estado da Guiné-Bissau, Úmaro Sissoco Embaló.

No seu discurso de abertura da sessão extraordinária, primeiro vice-presidente da ANP, Nuno Gomes Nabiam, disse que o PAIGC, “na tentativa de inverter os resultados eleitorais”, tentou influenciar o funcionamento do tribunal constitucional, o que para Nuno Nabiam deixa dúvidas sobre a serenidade do partido no poder (PAIGC) em deixar que a vontade expressa pelo povo guineense seja legitimada.

Assegurou que não restam dúvidas que o Úmaro Sissoco Embaló é o justo vencedor, devido à margem da diferença de votos obtidos entre ele e o seu adversário. Revelou no seu discurso que o PAIGC teria obrigado ao Supremo Tribunal de Justiça a jogar um papel ambíguo sobre a escolha feita pelo povo. Frisou que a lei o dá a legitimidade de proceder ao ato na ausência do presidente do parlamento, tendo cumprido os procedentes legais para efetuar o ato.

“Compreendemos a resistência do presidente do parlamento em convocar a Comissão Permanente para o agendamento da investidura do novo presidente”, notou, para de seguida mostrar que lhe estranha a posição do PAIGC quanto à nova maioria no parlamento que conseguiu reunir a Comissão Permanente da ANP.

“A posição desta maioria é para que seja evitada uma manifestação do povo para exigir que seja respeitada sua escolha. Estamos a fazer história e é a primeira vez que se assiste a uma investidura presidencial em que o presidente cessante entrega a faixa ao presidente empossado”, enfatizou. Com Odemocrata

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