Ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau,
Faustino Imbali, saúda a nomeação do antigo presidente timorense como
representante da ONU em Bissau.
O governo de transição da Guiné-Bissau quer que José Ramos Horta trabalhe em prol da união dos guineenses.
O pedido é do ministro guineense dos negócios estrangeiros, Faustino
Imbali, quando reagia hoje a Voz da América, a nomeação do antigo
presidente do Timor-Leste, José Ramos Horta como representante especial
do Secretário-geral das Nações Unidas em Bissau.
O chefe da diplomacia guineense disse que Ramos Horta deve agir
diferentemente em relação ao seu antecessor e que a unidade dos
guineenses deve a sua prioridade de missão.
“Nós enquanto governo não temos nada contra o presidente Ramos Horta
que até é uma pessoa que conhece já a Guiné-Bissau. O importante é que o
presidente Ramos Horta venha para trabalhar e contribuir para unir os
guineenses porque a união dos guineenses é uma grande prioridade
nacional neste momento.”
Faustino Imbali voltou a evocar as divergências do seu governo para com o
ainda representante especial do Secretário-geral da ONU em Bissau,
Joseph Mutaboba.
“O que nós criticamos no passado, é porque quando houve o conflito
aqui, não percebemos o papel das Nações Unidas, porque julgamos que na
altura o antigo representante tinha tomado parte e agiu como se tivesse
escolhido o seu campo.”
O ministro dos negócios estrangeiros da Guiné-Bissau critica assim
Joseph Mutaboba de falta de imparcialidade e que em vez de ouvir as
partes, não o fez, e que nunca dignou receber o governo de transição
senão até meados de Setembro.
O Secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, designou na
Segunda-feira o ex-presidente timorense José Ramos-Horta como seu
representante especial na Guiné-Bissau.
Ramos-Horta vai liderar a missão da UNIOGBIS – criada para consolidar a
paz na Guiné-Bissau – e sucede a Joseph Mutaboba, um diplomata ruandês
que termia o seu mandato no final deste mês.
A ONU justificou a escolha de Ramos, salientando a sua experiência de
mais de 30 anos ao serviço da política e da construção da paz e
estabilidade em Timor-Leste e noutros pontos do globo.
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