Os
chefes de estado e de governo da Comunidade Económica dos Estados da
África Ocidental (CEDEAO) prolongaram hoje o período de transição
da Guiné-Bissau até ao final do ano. A decisão saiu da 42.ª
cimeira ordinária da organização, que decorreu entre quarta-feira
e hoje em Yamoussoukro, na Costa do Marfim.
Segundo
o comunicado final divulgado após a reunião, "a Cimeira
decidiu prolongar o período de transição na Guiné-Bissau até 31
de dezembro de 2013, tendo em conta o processo em curso na Assembleia
Nacional Popular (ANP)".
Na
sequência do golpe de Estado de abril de 2012, as autoridades
regionais tinham instituído um período de um ano para que a
Guiné-Bissau organizasse eleições. Esse período iria até maio
deste ano, mas as eleições, projetadas para abril, não se realizam
no tempo estimado por ainda não terem sido criadas condições para
tal.
Segundo
o comunicado, com as conclusões da Cimeira, a CEDEAO reiterou o
apoio à transição na Guiné-Bissau e felicitou a assinatura do
Pacto de Transição por todos os principais partidos (o partido mais
votado não tinha assinado o Pacto e só o fez recentemente).
"A
conferência encorajou o Presidente interino, Manuel Serifo Nhamadjo,
a submeter um projeto de roteiro" realista à ANP para "a
preparação e organização de eleições gerais livres, justas e
transparentes antes do fim do ano de 2013", que o deve adotar "o
mais rapidamente possível", dizem as conclusões da Cimeira.
A
CEDEAO, acrescenta, instou a União Africana a apresentar rapidamente
um relatório da missão conjunta que em dezembro do ano passado
esteve no país. Esse relatório será outra forma de aumentar "os
esforços visando criar um consenso junto dos parceiros
internacionais sobre a situação na Guiné-Bissau".
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