A “precipitação” do Primeiro-ministro terá ocorrido para se antecipar ao Presidente da República e ser o primeiro líder cabo-verdiano a proferir o elogio fúnebre. E arrastou no erro o Núncio Apostólico
A reacção apressada do Primeiro-ministro à “morte” de Nelson Mandela está a criar grande mal-estar nos meios diplomáticos, que consideram a atitude de José Maria Neves de “uma grande irresponsabilidade, envergonhando Cabo Verde e desrespeitando um dos líderes mundiais mais prestigiados de todos os tempos”, disse a Cabo Verde Directo o funcionário diplomático de uma embaixada creditada na Praia.
O Primeiro-ministro terá sido “enganado” por alguém que solicitamente lhe entregou um bilhete quando este discursava no acto de assinatura da Concordata, tendo levado mesmo o Núncio Apostólico a perseguir no mesmo engano e manifestando igualmente pesar pela "morte" de Mandela. Ainda segundo a nossa fonte diplomática, “o chefe de um governo não pode emprenhar pelos ouvidos, uma notícia dessas deveria ter sido por ele previamente confirmada através dos canais diplomáticos”, adiantando mesmo que, “a ser verdade, seguramente que o Presidente Zuma teria informado o Presidente da República”. Aliás, segundo refere ainda, “a precipitação de Neves deveu-se, seguramente, à patológica rivalidade que mantém com Jorge Carlos Fonseca”. A nossa fonte diz presumir que, o Primeiro-ministro não quis ficar atrás de ninguém na primeira reacção oficial de Cabo Verde e tratou logo de avançar com o discurso fúnebre”, numa alusão à atitude que teve no passado, quando reagindo à presença de Jorge Carlos Fonseca no 100º aniversário do ANC, tratou logo de, mesmo sem falar previamente com as autoridades sul-africanas, anunciar o nome de Nelson Mandela para o Aeroporto Internacional da Praia, colocando o governo de Jacob Zuma perante um facto consumado.
Governo sul-africano chocado
A nossa fonte realça ainda saber que a atitude (de “mau-gosto e desrespeitosa”) de José Maria Neves, dando como certa a morte de Mandela, chocou o governo da África do Sul, que se já antes tinha em pouco apreço o Primeiro-ministro cabo-verdiano, ficou agora com essa imagem ainda mais prejudicada. “Enquanto as suas patetices ficam no estreito domínio do país, do mal, o menos, agora quando o chefe do governo de um Estado respeitado internacionalmente toma uma atitude destas, é o próprio Estado que fica em posição de vulnerabilidade, colocando-se a ridículo internacionalmente.
Na mesma altura em que José Maria Neves fazia o elogio fúnebre de Mandela, a sua ex-mulher, Winnie, visitava o velho líder no Mediclinic Heart de Pretória, onde se encontra internado desde o último sábado. Na altura, foi referido à imprensa que o estado de saúde de Madiba continua delicado, porém, estável.
Entretanto, o jornal “A Semana”, que teve a notícia falsa exposta durante várias horas, retirou o anúncio da morte de Mandela, mas não apresentou qualquer pedido de desculpas aos leitores e às autoridades sul-africanas.
A reacção apressada do Primeiro-ministro à “morte” de Nelson Mandela está a criar grande mal-estar nos meios diplomáticos, que consideram a atitude de José Maria Neves de “uma grande irresponsabilidade, envergonhando Cabo Verde e desrespeitando um dos líderes mundiais mais prestigiados de todos os tempos”, disse a Cabo Verde Directo o funcionário diplomático de uma embaixada creditada na Praia.
O Primeiro-ministro terá sido “enganado” por alguém que solicitamente lhe entregou um bilhete quando este discursava no acto de assinatura da Concordata, tendo levado mesmo o Núncio Apostólico a perseguir no mesmo engano e manifestando igualmente pesar pela "morte" de Mandela. Ainda segundo a nossa fonte diplomática, “o chefe de um governo não pode emprenhar pelos ouvidos, uma notícia dessas deveria ter sido por ele previamente confirmada através dos canais diplomáticos”, adiantando mesmo que, “a ser verdade, seguramente que o Presidente Zuma teria informado o Presidente da República”. Aliás, segundo refere ainda, “a precipitação de Neves deveu-se, seguramente, à patológica rivalidade que mantém com Jorge Carlos Fonseca”. A nossa fonte diz presumir que, o Primeiro-ministro não quis ficar atrás de ninguém na primeira reacção oficial de Cabo Verde e tratou logo de avançar com o discurso fúnebre”, numa alusão à atitude que teve no passado, quando reagindo à presença de Jorge Carlos Fonseca no 100º aniversário do ANC, tratou logo de, mesmo sem falar previamente com as autoridades sul-africanas, anunciar o nome de Nelson Mandela para o Aeroporto Internacional da Praia, colocando o governo de Jacob Zuma perante um facto consumado.
Governo sul-africano chocado
A nossa fonte realça ainda saber que a atitude (de “mau-gosto e desrespeitosa”) de José Maria Neves, dando como certa a morte de Mandela, chocou o governo da África do Sul, que se já antes tinha em pouco apreço o Primeiro-ministro cabo-verdiano, ficou agora com essa imagem ainda mais prejudicada. “Enquanto as suas patetices ficam no estreito domínio do país, do mal, o menos, agora quando o chefe do governo de um Estado respeitado internacionalmente toma uma atitude destas, é o próprio Estado que fica em posição de vulnerabilidade, colocando-se a ridículo internacionalmente.
Na mesma altura em que José Maria Neves fazia o elogio fúnebre de Mandela, a sua ex-mulher, Winnie, visitava o velho líder no Mediclinic Heart de Pretória, onde se encontra internado desde o último sábado. Na altura, foi referido à imprensa que o estado de saúde de Madiba continua delicado, porém, estável.
Entretanto, o jornal “A Semana”, que teve a notícia falsa exposta durante várias horas, retirou o anúncio da morte de Mandela, mas não apresentou qualquer pedido de desculpas aos leitores e às autoridades sul-africanas.
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