sábado, 26 de outubro de 2013

Nova data de eleições na Guiné-Bissau será conhecida após consultas



A nova data para a realização de eleições na Guiné-Bissau não foi decidida na cimeira dos chefes de Estado da África Ocidental que sexta-feira decorreu no Senegal e só deverá ser conhecida após consultas com as forças vivas guineenses.
De acordo com uma fonte da presidência guineense, a cimeira de Dacar analisou os vários cenários possíveis mas recomendou ao Presidente de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, que faça consultas no país e só depois determinar uma nova data do escrutínio.


Inicialmente as eleições gerais estavam marcadas para 24 de novembro mas atrasos na organização do processo fazem com que o escrutínio tenha que ser adiado.

Acreditava-se que a cimeira dos líderes da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) iria marcar uma nova data.

Uma fonte da presidência disse à agencia Lusa que Serifo Nhamadjo vai convocar o Conselho de Estado na terça-feira, presidirá ao Conselho de ministros na quarta-feira e na quinta-feira iniciará as consultas com os partidos políticos.

Contactado pela Lusa ainda em Dacar, para onde se deslocou para assistir a cimeira da CEDEAO, o representante especial do secretário-geral das Nações Unidas na Guiné- Bissau, José Ramos-Horta, disse que "nem o Presidente Nhamadjo, nem a CEDEAO avançaram com alternativas" para a nova data das eleições.

"A ONU não se sobrepõe, ou substitui, as autoridades de facto do país ou a CEDEAO em decisões que pertencem exclusivamente a estas duas entidades", afirmou Ramos-Horta.

Para o responsável da ONU cabe às autoridades guineenses em consulta com a CEDEAO "determinarem em definitivo" uma data para as eleições gerais na Guiné-Bissau.

Para o representante das Nações Unidas a questão de falta de verbas para as eleições já não se coloca uma vez que várias entidades da comunidade internacional já anunciaram os apoios concretos que irão fazer para o processo.

"O financiamento já está totalmente assegurado, apesar de a comunidade internacional continua a achar inflacionado os 20 milhões de dólares apresentados pelo Governo como sendo o orçamento do processo", disse Ramos-Horta.

Mesmo com o "orçamento inflacionado", o representante do secretário-geral da ONU quer ver as autoridades guineenses a marcarem "em tempo razoável" a data do escrutínio. 

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