As Forças Armadas da
Guiné-Bissau vão desencadear "medidas repressivas" contra pessoas que
se façam passar por militares para espancar cidadãos.
Em comunicado, as
Forças Armadas avisam que "não irão tolerar comportamentos que possam pôr
em causa" o processo de transição, em curso no país. No documento,
assinado pelo brigadeiro-general Daba Na Walna - chefe de gabinete do Chefe do
Estado-Maior General, pode ler-se que "alguns dos malfeitores" chegam
a "disfarçar-se com fardamento militar" para executarem as suas
ações, nomeadamente atos de pilhagem de residências de civis ou espancamentos.
Para "desencorajar tais atos", o Estado-Maior diz que vai desencadear
"medidas repressivas" em colaboração com as forças de segurança,
visando confiscar ou despojar qualquer pessoa encontrada com artigos militares
e que não pertença às forças de segurança. A medida, diz o comunicado,
destina-se a travar a "onda de violência" que ultimamente tem
ensombrado Bissau.
Nos últimos dois meses,
registaram-se diversos casos perpetrados por pessoas ainda por identificar, mas
que diversos relatos indicam estarem fardadas e munidas de armas de fogo.
A mais recente vítima de violência foi o ministro de Estado que no Governo de
transição tutela a pasta dos Transportes e Comunicações - Orlando Viegas,
agredido na sua residência por pessoas que, segundo o PRS, estariam armadas e
vestidas com uniformes militares. Orlando Viegas está internado na clínica das
Nações Unidas em Bissau, em estado considerado muito grave.
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