
As
intervenções deixaram transparecer de forma nítida que o VIII Congresso
Ordinário do PAIGC deixou marcas e que urge hoje, se a nova Direcção eleita na
reunião magna de Cacheu não trabalhar no sentido de assegurar a unidade e a
coesão interna do PAIGC, teremos uma vez mais dividido o nosso grande Partido.
Óscar
Barbosa fez a introdução em nome da Coordenação Nacional do Projecto “Por uma
Liderança Democrática e Inclusiva”, tendo considerado que o Congresso de Cacheu
demonstrou de forma inequívoca a necessidade urgente do PAIGC se dotar de novos
métodos de actuação, “pois o que se passou ao longo deste processo, veio
demonstrar claramente que a transparência, a verdade, a legalidade foram
escamoteados em nome de uma aliança criada e sustentada para minar a todo o
custo, um projecto e um líder que só pretendiam salvar o PAIGC da situação de
crise profunda onde se encontra”.
Marciano
Silva Barbeiro agradeceu em nome do Projecto “Por uma Liderança Democrática e
Inclusiva” todas as diferentes estruturas criadas nos seu seio e os seus demais
responsáveis a todos os níveis, pelo papel e pela acção levadas a cabo que
“dignificaram o nosso Partido e os seus dirigentes e militantes, pois o
objectivo visado era defender o PAIGC e criar as condições para a sua unidade e
coesão interna e paralelamente programar a sua modernização”.
“Nós
não saímos derrotados de Cacheu, pois o que se passou foi uma luta titânica
onde todos se juntaram para nos derrubar e o conseguiram porque ao
retirarem-nos às claras vitórias que alcançamos nas Conferências Regionais de
Oio e Bafatá e o facto de terem acrescentado ilegalmente o número dos delegados
fixados pelo Comité Central aos Veteranos em mais 10 delegados, então vemos
claramente que nós seríamos os grandes vencedores do VIII Congresso Ordinário”,
diria ainda Marciano Silva Barbeiro, para logo prosseguir a sua intervenção
referindo-se que a vitória de Braima Camará e do Projecto “Por uma Liderança
Democrática e Inclusiva” era “uma vitória da coerência e da verdade, pois
sempre nos mantivemos fiéis ao modelo que defendemos assente nos Estatutos
aprovados em Gabú e nunca optámos por outros caminhos só porque queríamos
alcançar o poder a todo o custo e a prova disso é que conseguimos chumbar o
anteprojeto dos Estatutos, significando isso uma vitória moral importante, pois
não nos esqueçamos de que desde o início deste processo registámos uma clara e
evidente hostilidade em torno do nosso Projecto e muito principalmente contra a
figura do camarada Braima Camará”.
O
camarada Braima Camará começaria a sua intervenção pedindo desculpas a todos os
camaradas que o apoiaram “pelos danos e pelos sofrimentos qe nos foram
impostos, pelo que expresso de forma humilde e sincera o meu muito obrigado a
todos os que acreditaram no Projecto “Por uma Liderança Democrática e
Inclusiva” e deram tudo quanto tinham para tornar num sucesso esta nossa
caminhada feita em nome dos superiores interesses do PAIGC”.
“Em
Cacheu tudo aconteceu, menos democracia, menos verdade, menos justiça” diria
ainda Braima Camará, para logo acrescentar, “sempre defendi e lutei que em
primeiro lugar estaria sempre a Guiné-Bissau e só em último lugar estaria o meu
interesse pessoal, em nome da paz e da estabilidade, apesar de ter escutado por
vezes sem conta veladas ameaças e uma intensa campanha de difamação”.
“Nós
jamais prejudicaríamos os superiores interesses do nosso grande Partido e pelo
que se passou em Cacheu, temos condições para pôr em causa algumas Resoluções
aprovadas no VIII Congresso de Cacheu, mas não o vamos fazer porque entendemos
que a nossa luta deve ser interna, no seio do PAIGC, mas como líder deste
projecto, não aceito ultimatos, nem imposições, nem humilhações e estamos
absolutamente convencidos de que só conversando com sinceridade e transparência
podemos chegar a soluções mais adequadas para salvaguardar os superiores
interesses do nosso Partido” diria ainda Braima Camará, para logo acrescentar,
“que nós sempre jogamos limpos, sempre colocamos o PAIGC acima de quaisquer
outros interesses, ao contrário de muitos que jogaram tudo e sem olhar a meios
para chegar aonde chegaram, basta relembrarmos as peripécias ocorridas em torno
das Conferências Regionais de Oio e de Bafatá, basta recordarmos as mudanças de
estratégias em torno dos Estatutos, basta recordarmos a sórdida campanha que
levaram a cabo para denigrir a minha imagem e tudo fizeram para barrar Braima
Camará deste processo”.
“Reconheci
a nossa derrota em Cacheu em nome da ética, da dignidade e dos superiores
interesses do PAIGC e prometi trabalhar em nome da reconciliação, da unidade e
coesão do nosso Partido e fi-lo com a clara consciência de que era necessário
salvaguardar os superiores interesses do país, a partir da própria estabilidade
interna do Partido e também do discurso à unidade e a reconciliação que
escutámos, mas posteriormente e de forma gradual, estamos a verificar que tudo
o que escreveram, tudo o que falaram, estão sendo clara e lamentavelmente
contrárias as intenções manifestadas” afirmaria Braima Camará na sua
intervenção.
Para
Braima Camará, “tudo aquilo que estiver dentro da nossa razão, não abdicaremos
de lutar pelos nossos direitos” e numa clara alusão a forma como foi elaborada
a lista dos membros dos órgãos estatutários, o Comité Central e o Bureau
Político, demonstraram de forma clara que os Estatutos e o próprio Regulamento
Eleitoral elaborado à luz dos anteprojetos de Estatutos chumbados pelo
Congresso de Cacheu não foram minimamente respeitados e os meus apoiantes foram
de forma clara e deliberada afastados destes órgãos, com a agravante de uma
grande maioria deles serem até Presidentes de Comissões Políticas de Zona ou
Sectoriais”
“Vamos
agora aguardar pela lista dos Deputados, pela composição do Secretariado, para
vermos se continua esta estratégia, que só visa acentuar a divisão e
instabilidade no seio do PAIGC, pois para nós, a hora deveria ser de
reconciliação e de tolerância e fazer o contrário é somente revanchismo, contra
todos os que de uma maneira ou outra nos apoiaram num projecto de que estamos
profundamente orgulhosos porque conseguimos, quer queiram ou não, um projecto
verdadeiramente a altura de salvar o PAIGC” diria ainda Braima Camará, para
logo a seguir afirmar que “a Aliança que levou todos os potenciais concorrentes
a lutarem contra o nosso Projecto, não passa de uma mescla de projectos sem
rumo e que se reflecte na própria composição dos órgãos estatutários saídos do
VIII Congresso Ordinário de Cacheu”.
“Apesar
de partilhar os mesmos sentimentos convosco, quero aqui lançar um apelo aos
camaradas José Carlos, Seco Coté, Djana Sane no sentido de todos nós
mantermo-nos no mesmo barco e dentro dele lutarmos por um PAIGC que defendemos
e sonhamos” diria Braima Camará para na linha da sua intervenção, afirmar que
“temos que continuar a dar uma lição de maturidade, de coerência e coragem
política em nome dos euperiores valores que defendemos e que o nosso Projecto
defendeu em nome dos superiores interesses do PAIGC, pois a nossa força é
permanecermos juntos e lutarmos juntos em prol de um PAIGC unido e forte”.
A
terminar, Braima Camará, sustentaria que “o nosso Projecto de Liderança
Democrática e Inclusiva transformou-se num modelo político que não deve
morrer”.
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Penso que essa gente deve deixar de tretas perdeste claramente agora vens com tolice do gênero, esses manias dos guineenses.
ResponderEliminarBa Quecuto, ka bu dissa es oportunistas nganau mas pa bai kandidata pa Presedencias, la ku mas kana nganha é misti so mamau taku mas nada... Pa kila sedu muito inteligente es um bias.
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