Rui Gomes de Araújo, o ministro guineense das Infraestruturas encontrado
hoje morto num quarto de hotel em Macau, tinha partido de Bissau na segunda-feira
para representar o país num fórum sobre investimentos.
Um assessor do governante disse à Lusa que no dia da partida "o
ministro não aparentava nenhum sinal de doença", pelo que a sua morte
constitui "uma grande surpresa".
Engenheiro civil formado na antiga Checoslováquia, Rui de Araújo, 61 anos,
era primo em primeiro grau do ex-primeiro-ministro guineense Carlos Gomes
Júnior cujo governo foi deposto por um golpe militar em abril de 2012.
Em 2004, ficou com a pasta dos Transportes e Comunicações no primeiro
executivo liderado em 2004 por aquele governante.
Em junho de 2013, Rui de Araújo seria nomeado para o executivo de
transição, entretanto criado na sequência do golpe de Estado de 2012, ocupando
o cargo de ministro das Infraestruturas.
Na década de 90, Rui de Araújo foi sócio fundador de uma empresa de
construção civil com o presidente de transição da Guiné-Bissau, Serifo
Nhamadjo.
Ultimamente dedicava-se às lides políticas no seio do Partido Africano da
Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) em que era membro do secretariado
permanente do 'bureau' político (órgão de direção) e também à sua empresa de
construção civil, a Kimbas Constrói.
No país era mais conhecido por Rui Kimbanda, alcunha que traz desde os
tempos da juventude em que era membro da banda musical K-Negra ao lado do
célebre cantor guineense Sidónio País.
//Agência Lusa
//Agência Lusa
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