
O acidente aconteceu a meio da tarde no caminho entre as povoações de
Bissorã e Cheia, no interior do país.
De acordo com o balanço mais recente, o número de mortos ascende já a 22 e
continua a haver feridos em estado grave no Hospital Simão Mendes, em Bissau.
O executivo reuniu-se hoje em conselho de ministros extraordinário dedicado
ao desastre e para além de decretar dois dias de luto nacional decidiu também
criar uma comissão de inquérito, presidida pela ministra da Justiça, Carmelita
Pires, para averiguar as causas do acidente.
Segundo a mesma fonte, o veículo ter-se-á desviado do caminho em terra
batida por estar muito degradado, devido às chuvas, e ao tentar encontrar
melhor piso ativou uma "mina antitanque reforçada".
O dispositivo deverá ter sido colocado há mais de 40 anos, durante a guerra
pela independência, sendo a terceira vez que uma explosão deste género acontece
naquela zona, referiu a mesma fonte.
Foi uma área em que o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde
(PAIGC) "atuou fortemente" durante o conflito, acrescentou.
Eventuais medidas para tratar o problema serão discutidas depois de
conhecido o relatório da comissão de inquérito, cujo trabalho será feito
"com urgência".
O executivo decidiu ainda criar uma comissão de solidariedade para apoiar
os familiares das vítimas que será presidida pela ministra da Mulher, Família e
Coesão Social, Bilony Nhassé.
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