24 de Setembro, dia histórico mais importante da
republica e dos cidadãos guineenses, cujo as celebrações anuais revê no
espírito de encontrar melhores dias.
Este ano e a semelhança dos outros, a data foi
celebrado com manifestações, festejos e discurso oficial, que sempre fez desse
povo martirizado igual a si mesmo em cada ano... Tranquilo, ordeiro e sempre
esperançoso.
A importância do discurso pronunciado foi
inquestionável em todos os aspetos referenciados e, pela segunda vez, os
guineenses acolheram com agrado os aparecimentos oficiais de Sua Exª. Sr
presidente da república, outrora na tomada de posse e esta ultima no discurso
oficial do dia nacional da independência. Usando discursos encorajadores, que
estende braços ao otimismo e que envolve a união para a luta conjunta contra o
pessimismo. Pois, diz-se que a bondade em palavras cria confiança; a bondade no
pensamento cria oportunidade e a bondade em dádivas cria amor.
Sem exagero nem hipocrisia, mas já se começa a
cheirar o sabor agradável e dos sinais indicativos da verdade, seriedade e o
espírito de trabalhar na base honesta, porque na vida tudo tem indícios...
Quando vem algo de mau, os principais sinais são do desentendimento e de tensões
frequentes. Mas se for para bem, reina-se o entendimento, compreensão e
tolerância. Ou seja, de uma forma ou de outra, por mais que seja
insignificante, as pequenas manifestações do quotidiano envia-nos os sinais
indicativos do caminho pela qual estamos direcionados.
Sem dúvidas o país se confronta com muita
necessidade o que requer grande ponderação para achar de forma certeira o
ângulo primário de ataque. O que não é nada fácil mas muito possível com a
vontade e esforço de todos os guineenses.
Como guineense e a semelhança de "N"
vezes, aqui gostava de analisar a parte repisada e sublinhada pelo Presidente
da Republica ao que se toca com a feitura das malas dos emigrantes rumo a volta
o mais rápido possível, e... Dizer antes de tudo, que são poucos entre os
concidadãos que pensa fazer da Diáspora o seu habitat definitivo. Certo é que
na vida, uma coisa é querer e outra coisa é poder... Onde o querer está
totalmente condicionado pelo poder, porque sem o poder, o querer fica na mera
ilusão e num dilema do impasse na viragem de buscar ali e de aventurar acolá
sempre com intenção de achar o poder para dinamizar o querer.
E no dilema de procurar o alcance do poder para
concretizar o querer é que o carácter de vai e vem se transforma num costume do
emigrante enquanto os anos vão passando, e na maioria dos casos, sem uma
definição estável de vida.
Em muito dos casos, as famílias separam sem poder de
se voltarem a reagrupar. A falta do poder financeiro de sustentar os dois lados
(país de origem e país acolhedor), solidifica o rancor. Os filhos aparecem;
crescem com necessidades de educação e de preparar para o futuro. Essa preocupação
chega como a primeira causa para a dor de cabeça dos pais (emigrantes nesse
caso).
A falta de decisão de ficar ou de voltar, mantêm-se
numa dúvida inultrapassável. Por vezes, o desejo de voltar predomina, mas,
quando se efectua visita a pátria, a localidade onde o emigrante nasceu e
viveu, os familiares e amigos que aí deixou, o panorama muitas vezes não atrai.
O ping-pong de andar desamparado, continua atrapalhar a tomada de decisão para
um novo rumo de vida. A pergunta de «que fazer?» continua sem resposta.
Ainda que alguns possam até estar de certas
possibilidades financeiras e com vontade de voltarem, mas uma outra preocupação
dupla não deixa de ser uma chatice e o martelo da cabeça... Ou seja, a forma de
integração na vida do país deixado há muitos anos em caso de volta; e a
incerteza de perder aquilo que custou o sacrifício de tantos anos de procura
nas terras de outrem.
Para uns, a semelhança de muitos que agora têm
esposas e filhos na diáspora, carrega-los de volta e reeduca-los na origem, em
alguns casos é coisa que envolve um processo muito complicado que so o governo
de origem pode ter possibilidades de resolver e que não custa pouco; e em
outros casos é quase que impensável, pelo dito vulgar de muitos que a situação
do país ainda está a quem das condições para responder a tamanha exigência
necessária para implementar uma iniciativa de grande envergadura, mas que, sem
dúvidas, bastante boa.
Enquanto isso, a família do emigrante, lá continua
no país da emigração, a aprender a língua e aturar tudo que for necessário, sem
perder com os hábitos diarios desse mesmo país.
Ao passar de tempo, o emigrante mergulhado na
continua duvida ilusória de voltar ou não. Muitos acabam por fixar a certeza na
impossibilidade de pensar no regresso. Uns por serem velhos e com mãos cheias
de nada, outros por perca de curriculum mas ainda imbuídos de orgulho de
fazerem algo antes de voltar. E outros pelo pessimismo irreversível da
insegurança no país de origem.
Seja como for, o apelo de volta dos guineenses é
mais uma demonstração de boas intenções e a idealização de boa governação.
Primeiro pelo interesse de juntar muitas ideias e muitos pensadores no país;
Segundo pelo aumento da massa critica no país... Uma ideia fantástica e
acolhida com agrado.
Mas a iniciativa requer mais do que simples apelo
porque entre muitos, essa decisão de voltar, transcende um simples dizer que eu
volto e voltar, pelo resumo supracitado. Ou seja, o caso requer uma politica
Diplomática e negociada entre Guiné-Bissau e os principais países acolhedores
na Diáspora de vários acordos. Assim como elaboração de uma politica interna
pensada principalmente na reintegração dos cidadãos de forma abrangente e
cativante.
Do resto é de acreditar que em cada guineense existe
algo nato e muito importante que se chama de "amor a pátria"... Pelo
que, cada guineense na Diáspora vive de saudades e com dores diárias de estar
fora da Guiné-Bissau... Cada guineense na Diáspora vive de angústia do seu
desapego com a Guiné-Bissau... Cada guineense na Diáspora vive com resignação
de estar a esgotar a sua capacidade intelectual, a gastar o seu esforço físico
e a ser simplesmente usado na terra de outrem quando bem podia dar o seu
contributo na terra que lhe acolheu pela naturalidade e lhe deu a primeira
nacionalidade.
Mas... Tal como os ideias nascem dos pensamentos,
crescem com as palavras, mas que depois são materializadas com os atos... A
comunidade guineense da Diáspora já está com alerta máxima e aguarda com as
malas meia arrumadas de perceber como?... e de que maneiras?...poderá
aproveitar essa janela de oportunidade que se avizinha, para os que assim bem
entenderem poderem voltar, assistir e contribuir no amplo processo do
desenvolvimento da nossa querida e estimada Republica da Guiné-Bissau.
Bem haja.
Nota: Os artigos assinados por amigos, colaboradores ou
outros não vinculam a IBD, necessariamente, às opiniões neles expressas.
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