Introdução
O panorama do país desde a independência
até então, permite tudo e qualquer tipo de acto que não é vulgar num estado de
direito.
Criou-se uma cultura de diferenciação
dos Guineenses, sem no entanto basear nos parâmetros normais verificáveis no
estado moderno. As categorias profissionais são na sua maioria criadas de
acordo com os protestos jamais vista em nenhum país do mundo.
Para ser claro, as categorias
profissionais as ditas letras na função pública não respeitam no mínimo o
básico, a habilitação literária; passando neste caso, a servir para classificação
da categoria profissional, o filho e ou sobrinho do fulano. Até parece que o fulano
é o dono da instituição ou do próprio estado. Esta enfermidade na criação de
categoria profissional, está a ganhar terreno nas escassas empresas privadas
existente no país, isso faz com que os proprietários destas sociedades apelidam
o Guineense de improdutivo, preguiçoso e sem vontade de trabalhar.
Hora a questão que se deve fazer, é se
existe a mínima possibilidade de uma pessoa dar o que tem, julgo que não.
Lei
Geral do Trabalho (LGT)
A Lei Geral do Trabalho é a ferramenta
indispensável para o funcionamento da Inspecção Geral do Trabalho, mas neste
momento o que se verifica é que a inspecção-geral do trabalho é uma instituição
que não funciona pelas várias razões:
a) Falta de meios técnicos e humanas;b) A corrupção generalizada;c) Falta da arte de saber fazer, ou seja, falta de profissionalismo.
O não funcionamento da inspecção-geral
de trabalho, devidas as razões acima referidas e quantas outras, cria um
terreno fértil para o não cumprimento da já caduca lei geral do trabalho. Esta
lei encontra-se descontextualizado e desconhecido pela grande parte de
funcionários, quer das empresas públicas e privadas.
A LGT como o principal elemento de
trabalho dos inspectores é visivelmente inadequado, e até alguns inspectores o
confirmam. Mas a maior tristeza, é que eles sabem que a lei está caduca a
muitos anos, e, não são capazes de produzir uma proposta que vá ao encontro da
real situação laboral do país.
Mercado
laboral nacional
O mercado laboral Guineense é caracterizado
por uma dicotomia muito difícil de desfazer, ou seja, falta de quadros e muitos
jovens formados sem oportunidade.
De todo lado e quadrante do país,
queixa-se de falta de quadros, em contrapartida, vê-se muitos jovens
desamparados altamente qualificados sem oportunidade de demonstrar a sua
capacidade ou aptidão.
Mas o Guineense sabe muito bem, de onde
veio esta falta de oportunidade para os jovens, vem da clara partidarização da
administração pública, porque um quadro que não ingressa a nenhuma força política,
corre o risco de não poder dar a sua contribuição ao país, uma vez que até
então, o maior empregador é o estado. Mesmo estando já enquadrado na função
pública, para ocupar cargo de relevo sem a cunha partidária é praticamente ou absolutamente
impossível.
As vagas na administração pública
Guineense, parece que são distribuídas de acordo com os resultados eleitorais
dos partidos, dado a este facto real e outros que não foram citados neste
artigo, a administração pública perdeu a competência. E, devido a
partidarização da função pública, o sistema educativo perdeu a qualidade (não
há coordenação, porque os directores são nomeados segundo os pretextos
partidários) e o sistema de saúde deixou de funcionar porque as nomeações não
respeitam os critérios da honestidade, esta pratica tem como a consequência o
prejuízo para o tesouro público. Porque atribuir tarefa a uma pessoa sem
capacidade de o executar, chega a ser mais cara ou grave que não atribuir.
Nota: Um quadro sem ligação partidária, pode constituir o elo de ligação entre diferentes forças ou quadros com ligação partidária numa instituição. Para mim, os partidos não podem de jeito nenhum fazer instituição do estado, embora os seus pareceres poderem ser validos nesse sentido.
A tarefa de criar instituição cabe ao
governo enquanto o gestor de estado, que por sua vez, é de origem partidária na
democracia pluripartidária, estou em crer que existe uma grande dúvida na mente
do Guineense em distinguir o governo e o partido.
O saber distinguir os preceitos atrás,
ou seja, partido como candidato à gestão do estado e governo como o gestor efectivo
do estado, é o caminho certo rumo ao desenvolvimento que todos almejamos.
Esta constatação vem da descontinuidade
das instituições que se verifica nos sucessivos Governos Guineense, sem a
mínima avaliação.
O
medo de dar oportunidades aos jovens
É para já a característica focal, senão,
a cultura na administração pública Guineense. A renovação geracional na
administração pública guineense é uma necessidade, mas, não é possível, porque
todas as instituições estão equipados com os “boys” que nada fazem e não deixam
fazer algo. Estes boys são verdadeiros patrões do governo, porque conseguem
impor a sua cultura e regras aos governos através de compromissos ocultos.
O governo é obrigado aceitar tudo, sem
nenhum tipo de fundamento (isto se faz assim e mais nada). Esta prática, é
altamente contra a liberdade profissional e a inovação.
A falta de inovação é o caminho para
fazer bloquear o estado, portanto pode-se assumir que estamos assistir o
bloqueio do ESTADO DA GUINÉ-BISSAU, se não se fazer algo extraordinário ao
curto prazo.
Um estado bloqueado não deixa de
funcionar porque é feito de pessoas (diferentes), mas fica caracterizado pela
MOROSIDADE desnecessária, o que acontece actualmente na administração pública
Guineense.
Para sairmos da situação em que nos
encontramos, é necessário investir mais na educação, e, fazer com que o
Ministério da educação cumpra com os demais deveres, que o assistem como
ministério que deve disponibilizar o “PRODUTO ACABADO” as empresas públicas e
privadas.
Por exemplo, no que toca ao estágio,
nunca se pode dizer que o estagiário é um “produto acabado”, porque esta pessoa
encontra-se ainda no processo de ensino aprendizagem, portanto é ainda um
activo do ministério da educação, mas depois de receber a certidão de estágio
que o qualifica, como apto para o exercício de uma determinada tarefa, aí sim,
termina o processo de ensino e aprendizagem.
A falta de documentação de todo o
processo de ensino e aprendizagem, certidão de habilitação literária e certidão
de estágio, constituem maior entrave no processo de ingresso dos jovens no
mercado do trabalho. Por outro lado, a não aplicabilidade de já caducada lei
geral do trabalho, veio a agudizar o processo.
Empregabilidade
de nacionais nas empresas privadas
É de tudo consensual, que quando uma
empresa abre as suas portas, num país, província e ou região, constitui sempre
motivos de alegria. Esta alegria não é por acaso, pois o entusiasmo dos
citadinos da zona e ou área de actividade da empresa, é que esta vai criar posto
de trabalho e claro que quem trabalha espera como é natural receber recompensa.
Para isso, é sempre necessário criar políticas
atractivas para captar investimento, complementado com o incentivo a
empregabilidade do quadro nacional.
Neste momento, o que se verifica nas
escassas empresas privadas que operam no país é inaceitável, porque estas
contam com mais de 75% de quadros e pessoal administrativo estrangeira,
panorama que o país precisa de inverter rapidamente, criando uma política clara
e flexível para o efeito.
O país deve oferecer oportunidade a sua
população, para assim poder tornar competitiva a sua economia.
Hoje em dia, para dinamizar a economia é
necessário criar política laboral favorável, flexível e capaz de incentivar o
emprego nacional, porque quem recebe cá para utilizar lá esta a dinamizar a
economia onde esta a utilizar o seu bem.
Por isso, entendo que o Governo de
acordo com a sua política de emprego, deve estabelecer regras básicas para a
empregabilidade estrangeira no país, em função de anos de actividade e do tipo da
empresa, por exemplo:
- Uma empresa no seu primeiro ano de actividade deve e pode contar no máximo com 40% de estrangeiros nos seus quadros e pessoal administrativo;
- Cinco anos depois está cota deve reduzir para os 20%;
- Dez anos depois a cota deve fixar-se entre 15 a 10%.
Este propósito, vai permitir as empresas
a investir no quadro nacional, porque o Governo não deve ser o financiador a
100% e suportando os riscos inerentes ao processo de formação dos quadros que
vão gerar riqueza nas empresas privadas e ou multinacionais.
Para
terminar, gostaria de solicitar a reflexão de todos sobre a seguinte questão:
Porquê que os estrangeiros são bem-sucedidos
nas escassas empresas privadas existentes no país, ganha mais e tem mais
regalias do que os cidadãos nacionais mesmo com a mesma categoria
profissional?
É
urgente o Guineense começar-se a auto-valorizar…
Bem-haja a si o leitor, espero a sua crítica
construtiva!
Obrigado!
Nota:
Os artigos assinados por amigos, colaboradores ou outros não vinculam a IBD,
necessariamente, às opiniões neles expressas.
Otílio Camacho disse : Ahahahahah, mas que texto tão mal redigido e cheio de contradições. Uma autêntica baboseira.
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