
José Maria Neves discursava hoje à noite na abertura
da 18.ª edição da Feira Internacional de Cabo Verde (FIC), onde estão centena e
meia de empresas de 18 países, entre eles Portugal, e destacou o facto de o
certame deste ano ser o maior de sempre e o primeiro organizado através de uma
parceria público-privada.
"A feira está a crescer e Cabo Verde está,
gradualmente, a cumprir a sua vocação, a de ponto de encontro, a de uma
plataforma de negócios, um «gateway to África». É isto que queremos para Cabo
Verde e que, gradualmente, esta feira simbolize um pouco esta ideia",
salientou José Maria Neves, já em declarações aos jornalistas.
Para o chefe do executivo cabo-verdiano, em Cabo
Verde, é "fundamental" haver, hoje, uma colaboração entre os dois
setores, de forma a tornar o país mais competitivo, melhorando o desempenho,
gestão, produtividade, competitividade e sofisticação na administração pública,
central ou municipal, e nas empresas .
"Tem de haver espaços de articulação e
colaboração. Só numa perspetiva mais colaborativa podemos melhorar o ambiente
de negócios e subir em termos de competitividade", afirmou, salientando a
presença na FIC de empresários, empresas e associações empresariais de três
continentes - África, América e Europa.
Presentes este ano na FIC estão várias missões e
associações empresariais, como da União Europeia (UE), Comunidade dos Países de
Língua Portuguesa (CPLP), Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental
(CEDEAO), Portugal, Brasil e Estados Unidos, tendo José Maria Neves salientado
ainda a participação de empresas da Macaronésia (Açores, Madeira, Canárias e
Cabo Verde).
"Temos de ter a ambição de transformar Cabo
Verde e isso implica roturas, reengenharias e novos modelos e paradigmas e tal
também passa por uma forte parceria entre os setores público e privado",
salientou, dando como exemplo a organização da própria FIC, promovida
conjuntamente pelas câmaras de comércio e pelo Governo.
A ideia é, sustentou, "ir mais longe e mais
depressa" no desenvolvimento de Cabo Verde e, estando o arquipélago no
centro geográfico de um triângulo em pleno oceano Atlântico, pode servir de
base para investimentos dos três continentes na costa ocidental africana, em
particular, e em África, no geral.
"Somos um país estável, em que as instituições
funcionam, em que há um bom ambiente para o investimento. Somos um país que
pode tornar-se também um espaço para a realização de negócios", concluiu,
aludindo à construção, em curso, do parque tecnológico e do centro
internacional de negócios.
Portugal, com 20 empresas, é o país estrangeiro mais
representado na 18.ª FIC, o maior evento comercial com dimensão internacional
realizado no arquipélago, contando com uma oferta variada de produtos e
serviços, que passam pela alimentação, energia, construção, hotelaria,
indústria e transportes.
A feira, que encerra domingo, é uma organização da
Fundação AIP, através da AIP - Feiras, Congressos e Eventos, em parceria com a
FIC, certame que se realiza anualmente e de forma alternada na Cidade da Praia
e no Mindelo (ilha de São Vicente).
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