O Presidente angolano perspetiva para
2015 um ano difícil no plano económico, motivado pela "queda significativa
do preço do petróleo bruto", o que vai levar à redução de algumas despesas
públicas.
O Chefe de Estado angolano, que dirigia
hoje uma mensagem de ano novo à Nação, apontou o corte dos subsídios aos preços
de combustíveis como uma das reduções necessárias para o próximo ano.
"Há projetos que serão adiados e
vão ser reforçados o controlo das despesas do Estado e a disciplina e
parcimónia na gestão orçamental e financeira, para que se mantenha a
estabilidade", disse o Presidente angolano.
Entretanto, José Eduardo dos Santos
sublinhou que as dificuldades financeiras não vão interferir na política de
combate à pobreza. Angola é o segundo maior produtor de petróleo da África
subsaariana, depois da Nigéria, e tem uma economia fortemente dependente das
receitas arrecadas com a exportação petrolífera. A baixa no preço do barril de
petróleo, verificada desde Junho, está a levar o Executivo angolano a traçar
estratégias de contorno ao atual momento.
O corte nos subsídios aos combustíveis em
2015, é uma delas, prevendo o Governo angolano poupar mais de 870 milhões de
euros com essa medida. Com esta medida, que consta do Orçamento Geral do Estado
(OGE) de 2015, o Governo angolano prevê para o próximo ano "uma redução de
cerca de 109,2 biliões de kwanzas (mais de 570.683 milhões de Franco CFA) nos gastos com
subsídios aos combustíveis", para a mesma quantidade de consumo de 2014.
Depois de um último ajustamento ao preço
dos combustíveis, em Setembro passado, com um aumento médio de 25% ao
consumidor no gasóleo e gasolina, na quarta-feira passada, registou-se a um
novo reajustamento de 20% nos preços dos mesmos tipos de combustíveis.
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