O Procurador-Geral da República,
Hermenegildo Pereira, disse hoje à imprensa que o estado atual do Ministério
Público tem que ser revisto com clareza e firmeza, defendendo a necessidade de
uma nova dinâmica na abordagem dos processos e acompanhamento dos mesmos
enquanto “elemento regulador dos mais sagrados interesses da sociedade”.
Falando na cerimónia de tomada de posse
dos novos membros do Conselho Superior da Magistratura do Ministério Público,
Hermenegildo Pereira declarou luta sem trégua contra a corrupção (dentro e fora
da magistratura), a impunidade e o crime organizado dentro do próprio Estado e
outros males que afetam a sociedade.
“É preciso incentivar os magistrados,
criando condições mínimas para o seu labor diário, só assim estaremos em condições
para cobrar deles tudo o resto”, afirmou o Procurador-Geral, reconhecendo que o
papel do Ministério Público não tem sido fácil nos últimos tempos.
As dificuldades, disse, estão ligadas de
um lado ao facto do Ministério Público não responder eficientemente com as
demandas, espalhadas nos atrasos, e do outro ao facto de confundir o seu papel,
sobretudo pelas interferências políticas sistemáticas. Salientou que “quem não
tem papel, cadeira, gabinete, não pode lutar nem combater nada”.
Pereira afirmou ainda que o Ministério
Público é a entidade com competência para fiscalizar o bloco da legalidade num
Estado de direito e por via disso proteger e cimentar o que de mais sagrado
existe neste Estado, os direitos fundamentais.
Em nome dos empossados, William Cecil
Vieira Vaz prometeu tudo fazer para a realização das aspirações legais que
competem ao Conselho Superior da Magistratura do Ministério Público.
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