Não me limito a fazer só a minha parte! Tento, igualmente, incentivar cada um a fazer a sua, em função da sua consciência, compromisso e responsabilidade para com o país e o Mundo. A solidariedade, é um gesto nobre, o maior e o mais sentido! A indiferença contraria o espírito e o conceito de solidariedade, por isso, sou contra a indiferença e lamento pelos indiferentes! Por nós próprios, porque ninguém vive sozinho neste mundo, sejamos solidários!-Fernando Casimiro
O ano de 2015 não se afigura fácil para
a Economia Mundial, a contas com uma crise que persiste e, tem vindo inclusive,
a acentuar-se.
Países parceiros da Guiné-Bissau estão
em dificuldades ou começam a sentir o impacto da crise económica mundial, o
que, não é boa notícia para o nosso país, dependente desde sempre, da ajuda
externa em todos os domínios, inclusive para o Orçamento Geral do Estado.
Desde a reposição da normalidade
constitucional (alterada por força do golpe de Estado de 12 de Abril de 2012)
com a realização de eleições presidenciais e legislativas, a Comunidade
Internacional e os nossos Parceiros de Desenvolvimento têm mostrado
disponibilidade e vontade em ajudar o país a reestruturar com urgência a sua
Economia, porquanto, financeiramente, e não é segredo para ninguém, a
Guiné-Bissau necessita urgentemente de (re) pôr as suas contas em dia e isso
não é fácil, nem tão pouco se faz com demagogias, populismos e insensibilidades
perante o realismo que a crise financeira nacional (a caminho de quarenta anos
de independência) representa como um "handicap" para a estabilidade
política e social.
Nesta nova fase pós reposição da
normalidade constitucional, a expectativa em relação à Guiné-Bissau relembra os
primórdios da proclamação da nossa independência, e toda a boa vontade e
disponibilidade postas em cena, ao serviço do país e de todo um povo (carentes
de tudo e de mais alguma coisa) pela Comunidade Internacional e pelos Parceiros
de Desenvolvimento então "constituídos".
O país dava sinais de ter liderança,
governantes e técnicos capazes de promover uma estratégia de desenvolvimento
que colocaria a Guiné-Bissau num patamar de sustentabilidade da sua economia.
Planos e mais planos estratégicos foram concebidos, e entre altos e baixos, a
esperança era forte e as sementes lançadas à terra, prometiam mais e melhores
recursos humanos, já que a primeira e a segunda vaga de estudantes bolseiros da
pós-independência já estavam em fase adiantada de formação, até que, ocorre o
primeiro golpe de Estado na Guiné-Bissau, a 14 de Novembro de 1980, fazendo
desmoronar a estrutura embrionária da Nação Guineense; destruindo todos os
esforços internos e externos, de promover a afirmação da Guiné-Bissau no mundo.
O golpe de Estado de 14 de Novembro de
1980 destruiu a mística da Esperança Nacional sustentada pelo slogan UNIDADE E
LUTA.
Nos dias que correm, desejamos todos,
penso eu, que nunca mais haja um golpe de Estado na Guiné-Bissau!
Nos dias que correm, desejamos todos,
penso eu, que as autoridades do país sejam os primeiros a darem o exemplo ao
cidadão comum, relativamente aos Direitos e Deveres Fundamentais!
Como dizia, o ano de 2015 não se afigura
fácil para a Economia Mundial, a contas com uma grave crise que persiste e, tem
vindo inclusive, a acentuar-se, por isso, espero que o Governo da Guiné-Bissau,
enquanto Órgão Supremo da Administração Pública, tenha presente o realismo da
situação económica mundial, pois certamente, a ajuda externa ao nosso país
poderá sofrer "cortes" significativos, por parte da Comunidade
Internacional e dos nossos Parceiros de Desenvolvimento.
Se este realismo não for devidamente
acautelado/considerado/ponderado pelo nosso Governo como preocupação capaz de
fomentar a busca de medidas de contenção na despesa pública, bem como
alternativas internas de maior produtividade/maiores e melhores
resultados/ganhos produtivos, com recurso à produção nacional e na redução da
importação de produtos que podem ser produzidos no país, sobretudo produtos
alimentares (agricultura, pescas, pecuária) podemos vir a comprometer as
enormes expectativas criadas à volta deste Governo e da sua governação.
Podemos vir a comprometer as enormes
expectativas criadas à volta da projecção e afirmação da Guiné-Bissau no mundo!
Mobilizemo-nos todos, enquanto
guineenses, na busca de soluções sustentáveis para o nosso país, não nos
iludindo com acções populistas, dispendiosas, quando muitos guineenses não
vivem sequer com 1 Euro por dia; quando escolas e hospitais estão em ruínas; quando
todos questionam o lixo e a imagem fantasmagórica das nossas cidades e
aldeias...
Vamos ser realistas, vamos pensar no que
é melhor para o nosso povo e para o nosso país, não esquecendo que a
Guiné-Bissau não é só a sua capital, Bissau, e que os guineenses não são apenas
um punhado de amigos de conveniência, mas todo um povo!
Vamos ser rigorosos na
utilização/aplicação dos fundos disponibilizados pela Comunidade Internacional
e pelos nossos Parceiros de Desenvolvimento, para que, ainda que haja crise
económica mundial, tenham motivação para nos continuarem a ajudar, em função
das suas possibilidades, sabendo que os recursos por eles disponibilizados,
tiveram ou têm o melhor uso para a Guiné-Bissau e para os guineenses!
Positiva e construtivamente,
Nota: Os
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necessariamente, às opiniões neles expressas.
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