sábado, 3 de janeiro de 2015

Renamo anuncia marchas para contestar resultados das eleições em Moçambique

A Renamo e o presidente Afonso Dhlakama exigem formação de Governo de gestão por considerarem fraudulentos resultados das eleições de 15 de outubro.

A Renamo, principal partido de oposição em Moçambique, anunciou hoje a realização de "marchas políticas" em todo o país contra os resultados das eleições gerais de 15 de outubro, considerando-as "as mais fraudulentas da história".

"Estamos conscientes de que não existem caminhos fáceis para se alcançar a justiça e estamos hoje a iniciar, em todo o país, a marcha política tendente a resgatar a justiça eleitoral que o próprio Conselho Constitucional nos negou", disse Arlindo Bila, delegado político da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana) na cidade de Maputo, perante centenas de militantes da organização.

Bila afirmou que Filie Nyusi, proclamado Presidente da República no dia 30 de dezembro pelo Conselho Constitucional (CC), não tem legitimidade para formar Governo, alegadamente porque ganhou num processo eleitoral viciado.

"A Renamo e o presidente Afonso Dhlakama exigem, em nome da concórdia e reconciliação nacional, a formação de um Governo de gestão", acrescentou o delegado político do principal partido de oposição em Moçambique na cidade de Maputo.


Arlindo Bila reiterou a acusação da Renamo de que a Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique), partido no poder, manipulou o CC para subverter os resultados das eleições.

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