segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

PRS PEDE ISENÇÃO DA COMUNIDADE INTERNACIONAL PARA COM OS ÓRGÃOS DE SOBERANIA

O Partido da Renovação Social (PRS), que lidera a oposição da Guiné-Bissau, pediu hoje aos representantes da comunidade internacional baseados em Bissau que adoptem posições isentas no tratamento aos titulares de órgãos de soberania guineense – sem no entanto apontar factos.

Apelou também o primeiro-ministro de Cabo Verde, José Mária Neves, “para que prescinda de interferir nos assuntos” guineenses.

O pedido do PRS foi feito por Florentino Pereira, secretário-geral do partido, numa conferência de imprensa promovida para comentar os últimos desenvolvimentos da política guineense, nomeadamente a crise no Parlamento.

Sem especificar qual a situação de alegada ingerência do primeiro-ministro de Cabo Verde, o secretário-geral do PRS pediu a José Mária Neves para que se preocupe com os problemas do seu país, ao invés de opinar sobre a crise guineense.

“Relativamente ao primeiro-ministro de Cabo Verde voltamos a apelar no sentido de prescindir, de abdicar [de comentar] os assuntos internos da Guiné-Bissau, sobretudo quando se trata de um conflito”, afirmou Florentino Pereira.

O político guineense pede respeito aos dirigentes cabo-verdianos em relação à Guiné-Bissau, que disse ser um Estado soberano. “Eu nunca ouvi um primeiro-ministro da Guiné-Bissau a falar das crises em Cabo Verde. É preciso respeitar a soberania. Somos parceiros, somos amigos, mas antes de mais, devemos respeitar a Guiné-Bissau enquanto Estado soberano”, defendeu Florentino Pereira.

De acordo com o secretário-geral do PRS, o Governo do primeiro-ministro, Carlos Correia “já não existe” e, disse, “devia ser demitido” pelo chefe de Estado, José Mário Vaz, sob alegação de caducidade, ou seja, por não se ter apresentado ao Parlamento.


O secretário-geral do PRS aponta um pacto de regime como “única saída” para a crise política que assola a Guiné-Bissau. O pacto, diz Florentino Pereira, seria assinado por todos os actores políticos guineenses.

2 comentários :

  1. O Partido da Renovação Social(PRS) e o Grupo dos 15 ex-deputados expulsos do PAIGC e um do partido da Nova Democracia, consideram de inexistente a Sessão Extraordinária realizada no passado dia 28 de Janeiro e que culminou com a aprovação do Programa do governo de Carlos Correia.

    Em comunicado lido na voz do porta-voz do PRS, Victor Pereira durante uma conferência de imprensa realizada hoje, consideram que a Assembleia Nacional Popular só pode funcionar em plenário estando presente a maioria absoluta dos deputados que a constituem.

    "O primeiro Vice-Presidente da ANP não tem competência para tal, porque não havia quórum para o efeito. Por todos estes motivos não reconhecemos a existência da dita Sessão Extraordinária", informou, acrescentando que não reuniu os requisitos plasmados no regimento da ANP .


    No que concerne a Providência Cautelar, o PRS e o "Grupo dos 15+1", referem no comunicado que estão em condições de afirmar que o juiz, no caso, não estava no turno, mas tendo tomado conhecimento de que o pedido do referido processo deu entrada no tribunal apoderou-se dela por assalto, dizendo que é ele quem vai decidir.


    "O mesmo juiz impediu a deposição da nossa contestação no tribunal ", diz o comunicado.
    Declararam que o despacho da providência cautelar que foi largamente difundida por questões politicas ainda não tem notificação para os alegados destinatários ou seja o PRS e os 15 ex-deputados.

    O documento frisa que a outra questão grave é que o referido juiz antes de decidir, tinha que dar a parte contrária o direito de exercício do contraditório porque a questão é tão delicada e mexe com a vida do país.



    Apelaram ao Conselho Superior da Magistratura para controlar as actuações dos juízes.
    O grupo considera em comunicado que a decisão tomada pela mesa da ANP, sobre a perda de mandato dos 15 deputados da Nação e a aprovação do programa são ilegais.

    "Apelamos igualmente a comunidade internacional para se isentar no tratamento reservado aos órgãos de soberania e dispensar tratamento igual aos actores políticos.

    Ao Primeiro-ministro de Cabo-Verde apelamos que se abstenha de interferir nos assuntos internos da Guiné-Bissau e que se preocupe com os problemas do seu país", refere o PRS e o Grupo dos 15+1 em comunicado.

    A presidência da Republica marcou para hoje a tarde uma reunião geral entre a direcção do PAIGC, PRS e o grupo dos 15 ex-deputados.

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  2. Um Pacto de regime. É esta a única saída apontada pelo Partido da Renovação Social (PRS), líder da oposição na Guiné-Bissau, para a crise política que assola o país.

    A posição foi tornada publica esta segunda-feira por Florentino Pereira, secretário-geral do PRS, numa conferencia de imprensa, assistida também pelos 15 deputados do PAIGC substituídos da sua bancada parlamentar, um acto que para o PRS é ilegal.

    O encontro com os jornalistas, numa unidade hoteleira de Bissau, foi ainda assistido por representantes de vários partidos extraparlamentares e foi ocasião para o secretário-geral do PRS tecer duras criticas à actuação do PAIGC e da direcção do Parlamento.

    Diz o PRS que a sessão parlamentar do passado dia 28 de Janeiro, onde o programa de Governo foi aprovado, é inexistente do ponto de vista da legalidade.

    O PRS pediu ao Presidente José Mário Vaz para actuar em conformidade e demitir o Governo por não ter apresentado o seu programa de acção no tempo previsto por lei.

    Apenas um Pacto de Regime, fundado num amplo processo de reconciliação nacional, poderá devolver a estabilidade ao país, diz o PRS.

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