A razão da minha ausência por estes dias teve a ver com a conclusão de 2 dos 3 Volumes da Obra intitulada "O MEU PARTIDO É A GUINÉ-BISSAU" - COLECTÂNEA DE TEXTOS EDITORIAIS - VOLUMES I e II. Estou a terminar o Volume III, que chegará à Editora dentro de 1 semana. Entre a primeira e a segunda semana de Setembro estarão todos disponíveis no mercado.
O VOLUME I tem 410 páginas e o VOLUME II 400 páginas. o VOLUME III terá mais. O PROJECTO LITERÁRIO é para continuar e há muitos trabalhos na forja. Positiva e construtivamente, vamos continuar a trabalhar!
APRESENTAÇÃO
Se és Guineense, tens uma Pátria!
Olha por ela, cuida dela, não permitas
que outros a destruam, mesmo sendo teus irmãos!- Didinho
Este é o primeiro de 3 volumes de o “Meu
Partido é a Guiné-Bissau”, uma colectânea de textos editoriais que escrevi
entre 2003 e 2014 e que estão integrados no Projecto Guiné-Bissau CONTRIBUTO,
uma plataforma virtual que fez despertar a cidadania política na Guiné-Bissau e
nos guineenses.
A Publicação faseada dos três volumes
que constituem esta obra literária é obviamente, um regresso ao passado, numa
perspectiva pedagógica que a nossa história recente impõe, perante questões do
presente que têm respostas no passado. É o registo em livros de um passado que
deve estar sempre presente para consulta, em jeito de aprendizagem através de
questionamentos, pois temo-lo evitado, ignorando-o, por isso, continuarmos a
cometer os mesmos erros.
Este primeiro volume percorre as realidades
políticas e sociais de 2003, 2004, 2005, 2006 e 2007, expondo as diversas fases
do processo contínuo de aprendizagem e de evolução de um cidadão político,
enquanto escritor, activista social e analista político.
A inspiração da reflexão que ditou o
título deste livro, que apresenta neste seu primeiro volume uma colectânea de
137 textos, advém do maltrato, pelos seus próprios filhos, que a Guiné-Bissau
tem sido vítima desde a proclamação da sua independência aos dias de hoje.
Não podia continuar indiferente ao
sofrimento da Mãe Guiné, vendo-a maltratada, abandonada à sua sorte, ameaçada
pelos próprios filhos, filiados em partidos, em grupos de interesses, ou seja,
comprometidos apenas com os seus interesses e à custa da Guiné-Bissau.
E quem estaria disposto a tomar partido
pela Guiné-Bissau, a comprometer-se com o País, na ausência de uma cultura de
cidadania política, num país resignado com as práticas ditatoriais e onde os
cidadãos são na sua maioria, vítimas de manipulação de consciências, de
demagogia, de tráfico de influências, porquanto, tudo girar à volta do Estado,
o maior empregador; dos políticos e governantes, enquanto agentes do poder, com
poderes até para comprar a dignidade dos cidadãos?
Era preciso politizar a sociedade para
revolucioná-la numa perspectiva de responsabilidade cidadã até então
inexistente.
A politização é sinónima de consciência
política nacional. Uma consciência política nacional em que as vertentes
sociais e institucionais devem ser referências dos direitos e dos deveres do
cidadão.
Um povo que não tem noção do que é a
política é um povo que está sujeito à demagogia, à manipulação.
É um povo que não pode aspirar a ser
participativo nas decisões que a ele próprio dizem respeito.
Era preciso algo diferente para
despertar, mobilizar, sensibilizar, informar, educar e consciencializar a
sociedade guineense; era preciso pessoas com novas ideias, novas abordagens
sobre a necessidade de, ainda que cada um tome partido pelos seus partidos
políticos e pelos seus grupos de interesses, o primeiro compromisso de todos os
guineenses ser para com a Guiné-Bissau, o que seria a melhor forma de todos os
seus filhos voltarem a olhar por ela, a ver o seu estado de alegria ou de
tristeza, as suas necessidades, as suas carências ou fragilidades, no intuito
de ajudá-la a retomar a sua vida com dignidade, para assim também, recebermos
sua bênção em harmonia e desfrutarmos todos, das suas potencialidades.
Em resumo, foi assim que decidi ter a
Guiné-Bissau como meu Partido, tendo criado um mecanismo de mudança para a
promoção e afirmação desse Partido, mecanismo que designei como Projecto
Guiné-Bissau CONTRIBUTO.
...
Foram muitos os momentos de reflexão e
ponderação, de forma a encontrar uma via para dar o meu contributo como
guineense, na tentativa de se inverter a situação.
Optei por exteriorizar as minhas
reflexões, escrevendo artigos sobre a Guiné-Bissau, tentando assim, passar
mensagens de sensibilização pela causa guineense, não só para os guineenses,
mas também para o Mundo.
CONTRIBUTO é um projecto de orientação
pessoal, de carácter reflexivo, não necessariamente noticioso, ainda que
informativo, apartidário e sem fins lucrativos.
É um projecto de Cidadania que visa
promover, incutir, desenvolver e dinamizar o espírito de reflexão e debate de
ideias na Guiné-Bissau e nos guineenses, tendo em conta a ausência de uma
Consciencialização Nacional focada para um verdadeiro Compromisso Cidadão com o
País.
Tudo o que consta dos textos publicados
e em relação a nomes de figuras públicas referenciadas assenta numa
responsabilidade desde sempre assumida, que creio, ter sido do conhecimento dos
visados, através de publicações feitas na Plataforma virtual do Projecto
Guiné-Bissau CONTRIBUTO, sendo que muitos já faleceram, aproveitando para
desejar Paz às suas almas e, da minha parte, enquanto guineense, perdoar-lhes
por todo o mal que fizeram à Guiné-Bissau e aos Guineenses, sem esquecer que
alguns deles também deram muito à Guiné-Bissau e ao nosso Povo, sobretudo
aqueles que participaram na luta armada de libertação nacional.
O momento não é de cobrança, mas sim, de
aprendizagem.
Infelizmente, continuamos a repetir a
maioria dos erros do passado, por isso, julgo que esta obra será importante,
sobretudo, para as novas gerações, que precisam de conhecer o passado, para
melhor se situarem no presente e projectarem o futuro.
Como sempre disse, a História faz-se de
registos!
Não tenhamos medo de fazer uma nova
revolução na Guiné-Bissau. Não uma revolução com armas de fogo, mas a revolução
da consciência cívica, a revolução de mentalidades que dará ao nosso povo o
direito à liberdade do saber, do conhecimento. É urgente libertar o povo
guineense do obscurantismo. É urgente fazer ver aos guineenses que o medo de
mudar ontem é a razão dos males de hoje, e o medo de mudar hoje será a razão
dos males de amanhã.- Didinho
In "O MEU PARTIDO É A
GUINÉ-BISSAU" - COLECTÂNEA DE TEXTOS EDITORIAIS - VOLUME I
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