G-15 manifesta o seu total repúdio pela ridícula, vergonhosa e inexistente deliberação induzida do PAIGC, em retirar a confiança política ao cidadão José Mário Vaz que por inerência de funções e por imposição constitucional, não pode ser militante de um partido político, mas “Presidente de todos os guineenses”.
Os 15 deputados dissidentes da bancada
parlamentar do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC),
responsabilizaram ontem, 27 de Novembro 2016, a direção do partido [PAIGC] e o
presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), Cipriano Cassamá pelas
consequências que possam advir dos seus deliberados planos de bloqueio do
Parlamento e inviabilização do país.
A posição do grupo foi tornado pública através
de um comunicado que Odemocrata teve acesso. A nota foi emitida na sequência de
um encontro que serviu para analisar a atual situação do país, nomeadamente os
Acordos de Bissau e Conacri.
O grupo, de acordo com o comunicado,
constatou que a atual liderança do PAIGC, tem-se revelado dia após dia, ser uma
liderança completamente “falhada”, e cuja trajetória está a conduzir
vertiginosamente o PAIGC para o abuso e caos políticos, susceptíveis de pôr em
causa o papel histórico e a vocação do partido em apresentar soluções políticas
credíveis para o desenvolvimento socioeconômico, a estabilidade política e a
paz social na Guiné-Bissau.
No entender do G-15, a atual liderança
do partido libertador tem manipulado e intimidado os órgãos a tomarem decisões
que não vão no sentido da implementação dos Acordos de Conacri e de Bissau,
através, nomeadamente, de afirmações que considera de “totalmente falsas” sobre
os resultados das negociações de Conacri que usa como pretexto para a recusa
formal de integrar um governo dirigido por um Primeiro-Ministro consensual e de
confiança política do Presidente da República.
Os G-15 dissidentes da bancada
parlamentar do partido libertador condenam no comunicado as “reiteradas
posições” da atual direção do PAIGC que rejeita o Acordo de Conacri, ameaçando
a sua efetiva implementação, com todas as consequências que daí advêm. O grupo
manifesta ainda a sua profunda inquietação pela forma caótica e suicidária como
o presidente do PAIGC e os seus seguidores têm conduzido o partido, protagonizando
a sua descida para o abismo.
“Alertar os guineenses e à comunidade
internacional para estas manobras que visam subverter o quadro constitucional,
regimental e os Acordos de Bissau e Conacri” , adianta a mesma nota.
O texto expressa ainda o total repúdio
pela ridícula, vergonhosa e inexistente deliberação induzida do PAIGC, em
retirar a confiança política ao cidadão José Mário Vaz que por inerência de
funções e por imposição constitucional, não pode ser militante de um partido
político, mas “Presidente de todos os guineenses”.
Os deputados expulsos da fileira dos
libertadores aproveitaram a ocasião para exortar o Primeiro-Ministro no sentido
de acelerar o processo de formação do novo governo inclusivo, reiterando-lhe a
confiança política e o profundo engajamento na implementação dos referidos
Acordos assinados no “respeito escrupuloso da Constituição e demais leis da
República”. Com Odemocrata
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