quinta-feira, 21 de março de 2013

Angola continua interessada na exploração de bauxite na Guiné-Bissau - ministro

O ministro angolano das Relações Exteriores, Georges Chicoti, disse hoje em Luanda que Angola continua interessada na exploração de bauxite na Guiné-Bissau, mas para isso é preciso que haja "um ambiente de paz".
Georges Chicoti reagia a recentes acusações do governo guineense de Angola, que devia explorar bauxite (minério a partir do qual é produzido o alumínio) no leste da Guiné-Bissau, nada ter feito desde que assinou o contrato de exploração, há sete anos.
As acusações feitas pelo ministro dos Recursos Naturais do Governo de transição da Guiné-Bissau, Daniel Gomes, numa entrevista recente dão conta ainda que a empresa Bauxite Angola não apresentou estudos de impacto ambiental e de viabilidade económica conforme previsto no contrato.
Georges Chicoti disse hoje que as autoridades angolanas não foram ainda contactadas nem pelo Governo guineense nem pela empresa Bauxite Angola.
"Acho que é um problema que tem que implicar conversações entre a empresa e o Governo da Guiné-Bissau", referiu o governante angolano, salientando que a situação atual daquele país lusófono "não facilita o engajamento das empresas, não só angolanas, mas de outras empresas".
Questionado sobre se Angola continua interessada a realizar investimentos naquele país, Georges Chicoti disse que sim, "desde que haja um ambiente que permita trabalhar na Guiné-Bissau ou noutros sítios".
A administração da Bauxite Angola, empresa de capitais públicos angolanos, é ainda acusada de ainda não ter respondido às solicitações que o ministro dos Recursos Naturais guineense fez, em agosto de 2012, para que apresentasse "o rasto" de 13 milhões de dólares (9,9 milhões de euros) que deveriam ser pagos no momento da assinatura do contrato com o Estado guineense.
O Ministério Público guineense considerou que o contrato assinado entre o Governo de Bissau e a empresa Bauxite Angola, em 2007, não está conforme as leis do país e que pode ser rescindido.

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