Durante
esse período, foram chacinados, pelo menos, 500 Cidadãos, devidamente
identificados, enterrados em valas comuns, que foram denunciados à Comunidade
Internacional, após o golpe de Estado de 1980.
Entre
as vítimas, contavam-se os antigos Comandos Africanos (Tropa Africana especial,
instituída pelo General Português António de Spínola, então Governador da Guiné
Portuguesa), Soldados das FARPs, que tinham passado para o Exercito Português,
tornando-se seus colaboradores, os ex-Pides/Dgs de origem Guineense, assim como
elementos do Grupo rebelde de Malan Sanhá, até, mesmo, simples cidadãos comuns.
O poder pessoal e a queda da 2ª
república
O
Caso 17 de Outubro de 1985
Assim foi, na 2ª República,
que vigorou entre 14.11.1980 e 08.05.1999 (fuga de Nino Vieira para
exílio em Portugal), com o denominado Caso
17 de Outubro de 1985, sob a Presidência do General de Brigada João
Bernardo Vieira (Nino Vieira).
O “Caso 17 de Outubro”
foi um acto de violência gratuita, engendrado, por medo do efeito da
popularidade crescente, na opinião pública Guineense, em finais de 1985, de
algumas figuras públicas (jovens militares) que, pelas suas qualidades,
começavam a despertar simpatia e admiração da População.
Por
ordem do Presidente do Conselho da Revolução (equivalente de Chefe de Estado),
General Nino Vieira, foram alvo de perseguição e detenção, sujeitos à tortura e
à morte (alguns dos quais - os mais temidos e emblemáticos - por fuzilamento),
além de muitos outros que sucumbiram à violência das torturas na prisão e no
campo de concentração.
O
massacre foi devido à fragilidade política e ideológica do Presidente do
Conselho da Revolução (Nino) e do Governo constituído sob a sua orientação.
Para
levar a efeito o seu desígnio criminoso (a matança de gente inocente), inventou
o falso pretexto de uma tentativa de golpe de Estado, na verdade inexistente,
tendo como motivação por razões étnicas.
Guerra
Civil de 1998/1999.
Como
se sabe, este conflito teve origem num diferendo pessoal entre o Chefe de
Estado (General Nino Vieira) e o
CEMGFA (Brigadeiro Ansumane Mané),
tendo como causa latente a troca de acusações mútuas em torno da questão do
tráfico de armas para os Rebeldes de Casamança.
O
pedido de intervenção de Forças Militares Estrangeiras (do Senegal e da
Guiné-Conakry) pelo Chefe de Estado (General Nino Vieira) levou a que uma parte
do Exército Nacional da Guiné-Bissau (as FARP) se posicionasse do lado do
Brigadeiro Ansumane Mané (que havia sido deposto do cargo de Chefe de
Estado-Maior das Forças Armadas).
Como
se sabe, o conflito terminou com a histórica
vitória da Junta Militar e a derrota da Milícia Étnica de Nino Vieira (de Etnia Papel), assim como das Forças Estrangeiras (do Senegal e da
Guiné-Conakry), a tomada da Cidade de Bissau pela Junta Militar e a fuga de
Nino Vieira para a Embaixada de Portugal em Bissau e o pedido de exílio em
Portugal.
A má governação
e a queda do regime
deposto em 12 de abril de 2012
e a queda do regime
deposto em 12 de abril de 2012
O
Governo deposto em 12 de Abril de 2012 tornou-se conhecido pela corrupção
desenfreada que minou os dois Governos liderados pelo sr. Carlos Gomes Júnior.
Disso
se fez eco a Comunidade Internacional, sedeada em Bissau ou com representação
no País, denunciando casos de corrupção, na Saúde, em que pessoas saudáveis
recebiam Junta Médica, para se deslocar a Portugal, alegadamente para
tratamento, acabando por ficar ilegalmente no País.
Ao
contrário, era negada Junta Médica a pessoas verdadeiramente doentes, a
necessitar de tratamento no estrangeiro, sem meios para se deslocarem a outro
País, acabando por falecer. Porque
as Juntas Médicas também eram alvo de corrupção.
O
mesmo tipo de procedimento era denunciado nas Escolas, no preenchimento de
cargos na Administração Pública, nas Bolsas de Estudos, nas Embaixadas e no
Governo das Regiões.
Mas,
foi a ambição do Poder total que determinou o Governo deposto a levar a efeito
uma negociação internacional com o
objectivo de instalar no País uma Força
Estrangeira (a MISSANG), que passaria a garantir a segurança do Governo, em
detrimento das Forças Armadas Nacionais.
Tal
sucedeu, na sequência do fracasso das negociações (também de âmbito
internacional) com vista à Reforma das
Forças Armadas e sua substituição por outra gente, de confiança pessoal do
Primeiro-Ministro.
Como
se sabe, o projecto da Reforma dos Militares não teve sucesso, porque as
condições eram inaceitáveis, além de humilhantes e mal-intencionadas.
Em
face das circunstâncias, e perante o risco de perturbação da ordem pública, se
o processo eleitoral fosse levado ao seu termo (Eleições Presidenciais), o
Comando Militar entendeu ser seu dever interromper a realização da 2ª fase do
acto eleitoral, em defesa da Paz e da Estabilidade, evitando ao País o risco de
um conflito iminente.
(até
próxima edição)
PARTICIPA
COM A TUA OPINIÃO!
Conhecendo
a realidade do País, você estará colaborando para a Paz e Estabilidade Política
e Social da Guiné-Bissau, pela Verdade e Justiça! Por isso, leia o nosso
próximo Tema, neste blogue, no dia 06.04.2013.
Colabore
connosco. Dê a sua sugestão por uma Guiné Melhor, mais Digna e Desenvolvida.
Esse é o nosso objectivo! Nada mais!
Devo saudade esse grupo pela coragem de enfrentar a tempo e horas as questões candentes da Guiné-Bissau e exigir justiça pelos crimes cometidos no nosso país, que, aliás, estão na origem do marasmo em que estamos a viver até hoje. É claro que uma governação baseada em corrupção e más intenções não pode ter sucessos. Deus salve o nosso país! Obrigado!
ResponderEliminarREALMENTE, HÁ CERTA PESSOA QUE NÃO GOSTA DE FALAR A VERDADE, MESMO O DONO VE E FINGE NÃO SABER, COMUNIDADE INTERNACIONAL QUE NÃO TEM VONTADE POLITICA PARA RESOLVER O PROBLEMA CRONICA DA GUINE-BISSAU,O QUE ME ADMIRO MUITO E FAZ CHORAR,QUANDO ESSAS ORGANIZAÇÃO ITERNACIONAIS NÃO QUEREM FALAR DE ASSASSINATOS QUE CORRIAM NO CURTO TEMPO DE PRAZO QUE TERMINOU COM VIDA DE UM PRESIDENTE ELEITO DEMOCRATICAMENTE E GENERAL AO MESMO DIA , ELES NÃO FALAM COM FIRMEZA O RIGIME DE CADOGO ERA BOM PARA ELES, OS DEPUTADOS PERSEGUIDO ATE MORTE, ISSO QUER DIZER ELES GOSTAM E QUEREM PERDAS DE VIDAS DE QUE TIRAR DONO NO PODER!!! EU ADMIRO POLITICA QUE COMUNIDADE INTERNACIONAL ESTA A FAZER,COMO É QUE ELES PODEM ENPLANTAR PAZ????O SENHOR CADOGO NÃO QUERIA PAZ ELE QUERIA DOMINAR TUDO, ISSO NÃO PODE TRAZER PAZ NENHUMA, SE COMUNIDADE INTERNACIONAL QUER PAZ É SO FALAR VERDADE É SÓ , NÃO PODEMOS CONTINUAR NESTE TIPO DE POLITICA DE CALUNIAS QUE CERTAS ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAIS QUEREM DESDE QUE ESTAM A FALAR EM DEMOCRACIA, GUINE-BISSAU NÃO TEM PENAS DE MORTE, COMO CERTAS PESSOAS ENTENDEM QUE O SENHOR PRESIDENTE JÃO BERNARDO VIEIRA É CRIMINOSO , VIOLENTO PORTANTO ELE DEVE MORRER EM VIOLENCIA, ISSO NÃO PODE ACONTECER NUM ESTADO DEMOCRATO, SE COMUNIDADE INTERNACIONAL QUERIA OU TIVSSE UMA POLITICA OU SEJA SE COMUNIDADE INTERNACIONAL TINHA VONTADE POLITICA ISSO SERIA RESOLVIDA POR VIA DEMOCRATICA, MAS COMUNIDADES INTERNACIONAIS QUERIAM E ELES DEIXAM DÁ AQUELE DEU....
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