quarta-feira, 3 de abril de 2013

A CPLP defende pacto de regime entre partidos antes de eleições

Cidade da Praia, 03 abr (Lusa) - O secretário executivo da CPLP mostrou-se hoje cauteloso sobre a possibilidade de as eleições gerais na Guiné-Bissau se realizarem apenas em 2014, defendendo que antes, os partidos políticos guineenses devem definir o que pretendem.
Murade Murargy, que falava aos jornalistas no final da palestra que proferiu na Cidade da Praia e subordinada ao tema "Repensar a CPLP", sublinhou que as forças políticas guineenses devem primeiro aprovar no Parlamento o Pacto de Regime e o roteiro e formar um Governo "inclusivo" que conduza o país durante a transição.
"Antes de falarmos em eleições é preciso primeiro que os partidos políticos guineenses se entendam, que encontrem uma plataforma comum e é nisso que estamos a trabalhar", salientou Murargy, que esteve na semana passada na Guiné-Bissau.
"É preciso que digam o que querem para nós (CPLP) podermos apoiar. Neste momento, estão a trabalhar para o Pacto de Regime e o Roteiro e, depois, para se formar um governo inclusivo, que vai conduzir o processo eleitoral, ou seja, o processo de transição, até às eleições", disse.
Para Murargy, só depois de o processo de transição "correr regularmente e bem" é que se poderá saber se será possível organizar eleições até ao final do ano.
"Mas são os guineenses que têm de tomar em mãos o seu destino. Não somos nós que o vamos impor", afirmou.
Murargy está em Cabo Verde desde sexta-feira passada, mas só segunda-feira é que iniciou a visita oficial de três dias a Cabo Verde, que hoje terminou com a palestra.
Quinta e sexta-feira, já fora da esfera oficial, Murargy participa, ainda na Cidade da Praia, na Conferência Luso-Francófona de Saúde (COLUFRAS), que congrega um crescente número de instituições, associações e profissionais da saúde dos países francófonos e lusófonos, principalmente do Brasil e do Canadá.

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