Atenção
os nacionalistas guineenses, o plano da CPLP, esta em pé de fazer
invasão como foi planeado na altura da MISSANG no território Bissau-guineenses, fazendo o Cabo Verde como base de abastecimento
com a capa de ONU. Senão vejamos: " António Patriota,
Ministro brasileiro das Relações Exteriores, revelou hoje, em
Lisboa, que o Brasil pondera propor na ONU o envio de uma missão de
paz para a Guiné-Bissau".
Depois
de manterem uma reunião em solo caboverdiana para poderem acertar
melhor este plano de maneira mais enredado contra nação guineense.
por isso Ramos - Hortas antes de ir a este encontro ameaçou do
seguinte modo:
"
A Guiné-Bissau "enfrenta como Nação uma ameaça existencial,
enquanto Estado" e as elites políticas e militares deviam
aproveitar o aniversário de mais um golpe para fazerem um exame de
consciência, defendeu hoje o representante da ONU.
Num
depoimento a propósito do primeiro aniversário sobre o golpe de
Estado que a 12 de abril derrubou os governantes eleitos, o
representante do secretário-geral da ONU em Bissau, Ramos-Horta,
avisou também que a comunidade internacional está cansada e que há
um "perigo real" de abandonar o país.
Independentemente
das razões que levaram ao golpe, disse o responsável, "a
verdade é que se aprofunda a crise social e económica e o
isolamento internacional da Guiné-Bissau".
"Por
isso espero que, ao completar-se o primeiro aniversário do golpe e
do regime de transição, as elites política e militar façam uma
introspeção, um exame de consciência, e ganhem consciência de que
a Guiné-Bissau realmente enfrenta como Nação uma ameaça
existencial, enquanto Estado", alertou.
É
que, justificou José Ramos-Horta, sem um Estado forte, um Governo e
instituições políticas sólidas e coesas, é "extremamente
difícil a Guiné-Bissau sobreviver aos desafios regionais, às
ameaças de crime organizado, nomeadamente dos cartéis de droga das
mais variadas origens", e a ameaças de outro género como a
extrema pobreza.
Outro
aviso de Ramos-Horta é o de que a comunidade internacional, que
sempre quis e quer ajudar a Guiné-Bissau, "já está também
cansada e há um perigo real de a própria ONU, a União Europeia e
outros amigos e parceiros tradicionais da Guiné-Bissau dizerem ´não
mais´".
Por
isso, Ramos-Horta apelou aos políticos guineenses para que cheguem
rapidamente a um acordo para um roteiro de transição que contemple
o recenseamento eleitoral e o calendário para as eleições, que
podem ser este ano "desde que as elites políticas se entendam".
"Dado
os desafios que este país enfrenta, bem grandes, até digo
existencialistas para este país enquanto Estado, que se entendam e
que formem um Governo de grande inclusão o mais rapidamente
possível", para haver eleições num clima pacífico e para que
depois das eleições não hajam vencedores ou perdedores",
disse.
Após
as eleições, acrescentou, o partido mais votado terá sentido de
Estado e consciência da gravidade da situação que o país
enfrenta, e terá consciência de que nenhum partido sozinho, nenhuma
elite partidária sozinha, pode resolver os problemas do país.
"Deem
a mão" e formem um Governo de grande abrangência, pediu
Ramos-Horta, acrescentado que só assim se pode passar a uma segunda
fase, após as eleições, de reorganização do Estado, com o apoio
da comunidade internacional.
Tal
é possível porque a Guiné-Bissau é um país potencialmente rico e
com um "povo fabuloso" e pessoas "altamente
qualificadas, disse Ramos-Horta, acrescentando: "por isso, neste
ano em que se completa um aniversário de mais um golpe, triste,
espero que façam uma reflexão séria, deem a mão e salvem a vossa
Nação".
O
representante da ONU reafirmou que há tempo para organizar eleições
ainda este ano e que as Nações Unidas continuam disponíveis para,
em parceria com a União Africana e a Comunidade Económica dos
Estados da África Ocidental, e com o apoio financeiro da União
Europeia, liderar o processo eleitoral. "
E
os serviços secretos que trabalham na imprensa portuguesas
controlado pela Angola para esse fim, lançaram o seguinte:
"Passado
1 ano do golpe do 12 d'Abril na República da Guiné-Bissau (RGB), o
cenário da encruzilhada não poderia ser maior, sobretudo após a
detenção do Contra-Almirante Bubo Na Tchuto pela americana Drug
Enforcement Agency (DEA), o qual já desde 2010 fazia parte da lista
dos chamados "Barões da Droga", do Departamento d'Estado
americano. Em cima da mesa estava uma transacção de 4 toneladas de
cocaína, da Colômbia para a RGB.
Esta
detenção obedece também a um ajuste de contas entre a DEA e Na
Tchuto, já que consta que este terá assassinado um dos seus
melhores agentes nos idos de 2010. De forma telegráfica, a RGB
serviu de refúgio a 3 jihadistas mauritanos após terem assassinado
4 turistas franceses, no sul da Mauritânia na véspera de Natal de
2007. Entre fugas e capturas várias após o crime, os 3 assassinos
chegam a Bissau, onde são detidos pelas autoridades locais em
colaboração com serviços d'inteligência estrangeiros, conseguindo
evadir-se de novo pouco tempo depois. Consta também que o
conseguiram através da ajuda e influência do Contra-Almirante agora
detido, passando a beneficiar da sua segurança directa. Os
americanos, interessados em deter estes indivíduos, enviam para a
RGB uma espécie de 007 da Agency em África, o qual acaba por cair
nas mãos dos homens de Na Tchuto, sendo mais tarde morto à catanada
e com um sinal claro da presença de extremistas islâmicos no local
e no acto, já que o corpo estava degolado. Este detalhe reforça as
desconfianças de que Bubo Na Tchuto, para além de traficante, terá
ligações a células da Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI) na
Mauritânia, na Guiné-Conakri, no Mali e na Gâmbia.
Quanto
aos criminosos mauritanos, foram de novo capturados, enviados para o
seu país d'origem, julgados e condenados à morte, em 2010.
Consequências
da detenção de José Américo Bubo Na Tchuto
a)
Percebe-se desta forma porque que é que as autoridades americanas
têm pedido a colaboração do CEMGFA António Indjai, sendo que ao
mesmo tempo não reconhecem as Autoridades Oficiais Provisórias. O
interesse é mútuo, os americanos queriam deter Na Tchuto e Indjai
queria livar-se dum concorrente. Decorria um processo de reabilitação
da figura do Contra-Almirante no seio da instituição militar, a
propósito duma tentativa de golpe d'Estado a 26 de Dezembro de 2011,
a qual era acusado de ter liderado. Nada ficou provado, ou achou-se
por bem que assim fosse e, Na Tchuto já tinha dito publicamente que
só aceitaria o processo de reabilitação, caso fosse reintegrado
como CEMGFA, destituindo desta feita o actual, António Indjai;
b)
A primeira novidade da acusação apresentada pelos americanos é
absolutamente demolidora para as duas principais figuras do Período
de Transição. O Presidente Interino Manuel Serifo Nhamadjo e o
Primeiro-Ministro Interino Rui Duarte Barros, são implicados nas
gravações apresentadas como provas pela DEA. Um "depois de
amanhã vou falar com o Presidente da República", terá sido
dito por militar d'alta patente envolvido no negócio, sendo que
outros também referiram noutros momentos que falariam com "o
Primeiro-Ministro e com o Presidente", e que a comissão destes
para olharem para o lado enquanto tudo decorreria, seria de 13% do
produto/negócio (aqui não é claro se do valor da transacção, ou
directamente do produto). Ambos gabinetes já desmentiram e
demarcaram veementemente, tanto o PR como o PM destes factos, mas a
verdade é que o estrago já está feito. Mesmo que se venha a provar
que não são verdade e que foram ditos apenas para impressionar, a
dúvida vai sempre pairar.
Uma
segunda novidade, não menos demolidora, é a de que o pagamento da
transacção seria efectuado em armas, incluindo mísseis terra-ar,
legitimamente comprados pelo Estado guineense e depois entregues ao
fornecedor da droga, o qual representava as FARC colombianas (agentes
da DEA fizeram-se passar por elementos deste grupo marxista
revolucionário);
c)
Que credibilidade é que este PR e este Governo vão agora ter para
continuar o seu trabalho? Do ponto de vista interno, o assunto
"recenseamento biométrico/eleições" continua por se
definir, há já um ano, sendo que o Período de Transição já foi
extendido até ao final do ano, na espectativa de que tudo s'organize
um pouco à portuguesa, em cima do joelho, para umas eleições com
cadernos eleitorais desactualizados desde 2009, uma das justificações
para a recusa da participação na 2ª volta das Presidenciais de há
um ano, por parte de Kumba Ialá e dos restantes candidatos
eliminados na 1ª volta.
Qual
a credibilidade duma prevista remodelação governamental, inclusiva
do PAIGC, após este ter finalmente assinado o Pacto de Transição?
Do
ponto de vista externo, este Governo e Presidência Interinos, até
estavam quase a serem reconhecidos pelas instâncias internacionais,
já que estes tinham percebido a inevitabilidade dos respectivos
apoios para que o calendário eleitoral fosse cumprido. A determinada
altura, pareceu-me que tudo dependeria dum acordo prático que
tardou. Marcava-se uma data concreta para a realização das eleições
(com ou sem recenseamento biométrico, perdeu-se demasiado tempo
nesse debate), aquando duma das reuniões magnas da CEDEAO, a União
Africana apoiava, reconhecia o Período de Transição, o que
permitiria a que as restantes instituições também o fizessem,
sobretudo depois das boas vontades das Nações Unidas em nomearem
Ramos-Horta seu representante e também após já este ano o regresso
do FMI.
E
agora, como fica? Alguém vai reconhecer? Sem reconhecimento não há
financiamento e sem financiamento não há eleições. Continua-se a
correr o risco, mas agora ainda mais que há um ano, da Comunidade
Internacional pura e simplesmente abandonar a RGB e esta ficar ao
nível da Somália, conforme já foi aventado pelo Secretário-Geral
Ban Ki Moon e passar a ter golpes d'estado, mas de bairro e diários.
Haverá certamente sectores na RGB e arredores, interessados em que
assim seja e que o poder caia na rua. A RGB pode correr o risco de
desaparecer, como já muito bem advogaram o antigo Embaixador
Francisco Henriques da Silva, o Representante do Secretário-Geral da
ONU Ramos-Horta e demais entendidos no país e na região;
d)
Para além da Primatura e da Presidência, a instituição militar
também sai muito mal na fotografia. Nas notícias que saiem a
público fala-se em oficiais d'alta patente envolvidos, que por ora
os nomes são omitidos, mas que muito provavelmente virão a público
a partir do próximo dia 15, data do início do julgamento em Nova
York. Com a perspectiva duma mais que certa sentença de prisão
perpétua, o mais certo é que os detidos aceitem colaborar e abram
jogo, garantindo a redução de penas.
Por
outro lado, o Capitão Pansau N'Tchama também está a ser julgado em
Bissau, tendo já "disparado" em várias direcções
militares e civis (ver gbissau.com )
Quem
se aguentará no Poder em Bissau, no meio deste fogo cruzado?
Certamente que haverá sectores, indivíduos que optarão por uma
fuga para a frente, numa lógica de "perdido por 1, perdido por
1000".
O
cenário poderá ser catastrófico, com um regresso a uma guerra
nunca tão sangrenta como agora, baseada nas disputas pessoais,
ajustes de contas antigos, tensões étnicas e agora religiosas
também, sobretudo entre muçulmanos sunitas e xiítas. Um dado novo
e recente, este último.
A
Guiné-Bissau no contexto da guerra do Mali
O
problema do tráfico de droga, trata-se duma questão de dimensão
regional e não apenas da RGB. Ora se um dos objectivos da
intervenção militar francesa no norte do Mali é o de eliminar os
grupos jihadistas que aí encontraram guarida, então convém começar
a tratar do assunto a montante, precisamente na RGB, evitando a
entrada da droga, cujos dinheiros irão alimentar estes grupos, a par
do tráfico d'armas e outros, já que nestas zonas inóspitas do
Sahel tudo se trafica, incluindo pessoas/crianças.
Neste
sentido, parece-me que a abordagem levada a cabo desde o exterior
está a ter esta dimensão e esta coordenação regional.
A
grande preocupação actual da CEDEAO relativamente ao Mali, é a de
começar a trabalhar os mecanismos burocráticos e legais, para em
breve transformar a AFISMA* numa Missão de Peacekeeping. Ora
seguindo a lógica da abordagem regional, poderá estar no programa o
alargamento/extensão no futuro desta Missão de Manutenção de Paz
para a RGB. Mas para que a paz seja mantida, parece-me que primeiro é
necessário que haja guerra, cenário cada vez mais provável de
acordo com os acontecimentos da última semana.
Como
nota final, uma curiosidade local, um wishfull thinking
bissau-guineense transversal a toda a sociedade. É normal ouvir-se
nas conversas de salão e de café, na RGB e junto da diáspora o
seguinte desabafo: "Isto só lá vai com o país a ser governado
pelas Nações Unidas", numa alusão clara à presença e
exercício da UNTAET em Timor-Leste entre 1999 e 2002, a qual deteve
de facto totais poderes executivos, legislativos e judiciais no país.
Ora a chegada de Ramos-Horta à RGB veio certamente alimentar esta
chama, a qual norteará cada vez mais o cidadão comum da RGB à
medida que a situação se for deteriorando. Há a noção da
necessidade duma purga. Mais uma, mas que dada a gravidade e
insistência da situação, se pretende que seja benígna e a
última!"
De
facto temos maus vizinhos, como diz e bem o senhor procuradoria da
Republica da Guiné - Bissau, conforme se pode confirmar aqui
por: Wilkinne
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