Bissau
- Um ano após o golpe que derrubou os governantes eleitos da
Guiné-Bissau, os militares que o protagonizaram consideram que foi
positivo e que hoje o país está a "regressar paulatinamente à
legalidade constitucional".
Em
entrevista à Agência Lusa um ano depois do golpe, o coronel Daba Na
Walna, que a 12 de abril do ano passado foi o protagonista visível
do levantamento militar, diz que continua a pensar que valeu a pena,
porque "quem atua em legítima defesa pode dizer que a sua
atuação é legítima e consequentemente vale a pena que o faça".
Também
porta-voz do Estado Maior das Forças Armadas, Daba Na Walna afirma
que não esteve, não está nem estará arrependido de ter
participado no golpe militar, porque, diz, o fez para defender a
vida.
"Se
não me tivesse defendido contra o Carlos Gomes Júnior
(primeiro-ministro na altura e candidato a Presidente) hoje não
estava aqui a falar. As pessoas podem pensar que isto é mentira mas
nós sabemos do que estamos a falar", afirma.
E
acrescenta que também não se arrepende porque não fez nada de mal,
não matou, não torturou nem insultou ninguém, e sempre lutou "para
respeitar a dignidade e a integridade das pessoas".
Numa
altura em que surgem em Bissau muitas críticas à situação atual
do país, nomeadamente de que está pior em termos económicos, Daba
Na Walna diz ter já ouvido essas "leituras" mas para ele
"tudo o que era feito antes continua até hoje".
"O
governo anterior tinha como bandeira o pagamento de salários. Quando
se fez o levantamento militar uma das questões que se colocavam era
a de saber se este governo (transição) estaria em condições de
pagar salários. E os salários estão a ser pagos", diz.
Usando
esse indicador afirma Daba Na Walna que a situação não se alterou
e acrescenta que este governo até está a "trabalhar mais",
porque está "completamente bloqueado (sem apoio internacional)
mas consegue pagar salários".
"Já
ouvi que o governo está a pagar salários com dinheiro da droga.
Isso é falta de vergonha. É especulação de alguns indivíduos que
tinham depositado toda a confiança na impossibilidade de o governo
pagar salários", afirma.
Com
a comunidade internacional a querer eleições ainda este ano o
porta-voz das Forças Armadas reafirma aquela que tem sido a posição
dos militares: o país precisa de mais tempo, para "refletir
profundamente sobre o que é a Guiné-Bissau desde o 07 de junho
(guerra civil de 1998/99)", que tem "vindo a transitar de
golpe em golpe".
"O
país nunca parou para refletir sobre o que está mal", diz,
pelo que defende mais tempo para analisar os problemas. Mas também
critica que não haja ainda uma agenda de transição, sem a qual se
torna difícil pedir mais tempo à comunidade internacional.
As
Forças Armadas, lembrou o coronel, pediram aos políticos para que
criassem um espaço de concertação no qual todos pudessem discutir
os problemas do país, algo que os deputados não querem, por
considerarem que esse espaço é Parlamento.
Daba
Na Walna junta a essa indefinição sobre a data das eleições o que
chama de "oportunismo dos partidos políticos", que querem
eleições este ano ou não consoante o que pensam que melhor lhes
convém.
Mas
olhando a realidade um "bom patriota, um bom guineense, que quer
este país e não pensa no poder e nas vitórias eleitorais, diria
seguramente que nós não conseguimos ainda traçar uma agenda de
transição e que era preciso traçar algo para acabar com este ciclo
de violência e permitir que as eleições a terem lugar sejam livres
e transparentes", afirma.
Domingos Malam concordo plenamente com Coronal Daba na Walna
ResponderEliminarPlatine Maestro o golpe nao foi possitivo de maneira algum nos estamos a fundar pra baixo e alguem a dizer que estamos a regressar nao nos faça de parvo ta.
ResponderEliminarAlmeida Da Silva Quibumba o golpe de estado foi na hora certa e no tempo exacto e que os sanguinarios nao nos confundem mais!
ResponderEliminarY tem guintis ku ta pensa, hora ku e tchiga puder eles y maior,ami sta dy acordo ku forcas armada dy guine-bissau.Nkuda y fala y na riba guine pa y bay, y na fasi fama li kuma ami ku guineenses misty bu na fia tudo ku bu fasi na e mundo LY KU BU TA PAGAL.
ResponderEliminarYtene processos la pa y bay ruspundi dipus y ta kunsa kandidata.