O representante especial do secretário-geral da ONU para a Guiné-Bissau felicitou hoje a comunidade da África Ocidental por ter assumido as rédeas da crise no país logo após o golpe de Estado do ano passado.
José Ramos-Horta, que chegou hoje a Cabo Verde para uma visita de menos de 48 horas, respondia a várias questões postas pelos jornalistas sobre o mesmo tema e relacionadas com as eventuais divergências entre as comunidades dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
"Felicito as iniciativas da CEDEAO para evitar a deterioração da situação no país. Foi graças à CEDEAO que, pelo menos, há um órgão legítimo, a Assembleia Nacional, e um Governo de Transição, que está a fazer o que pode para responder às necessidades do país", justificou o antigo presidente de Timor-Leste no final de um encontro com o ministro das Relações Exteriores de Cabo Verde, Jorge Borges.
"Quando se está no terreno, e a CEDEAO estava no terreno, face a um golpe, e o golpe foi explicado pelos militares, a CEDEAO não esperou para ver as verdadeiras razões do golpe. Fizeram o que tinham a fazer e evitaram que houvesse um vazio total de poder e que a situação se agravasse", argumentou.
Para Ramos-Horta, cabe agora às autoridades guineenses cumprirem o prometido à CEDEAO, preparando as condições para a realização de eleições gerais até ao final deste ano.
"Se tivermos pela frente um calendário explícito, com datas fixas, tenho a certeza que a CEDEAO, a CPLP e a UE (União Europeia) vão rever as posições", acrescentou, lembrando ser "normal" que haja pontos de vista diferentes entre organizações.
No mesmo sentido opinou Ovídeo Pequeno, o representante especial da União Africana (UA) para a Guiné-Bissau e antigo chefe da diplomacia de São Tomé e Príncipe que acompanha Ramos-Horta, para quem a questão das divergências entre a CPLP e a CEDEAO têm de ser "bem esclarecidas".
"A questão da CEDEAO/CPLP deve ser bem esclarecida. Antes de estarmos a tentar encontrar os pontos possíveis de divergência, é preciso encontrar os de convergência. Já se percorreu um longo caminho e as cinco organizações parceiras da Guiné-Bissau - ONU, UE, UA, CEDEAO e CPLP - estão presentes", argumentou.
"Já houve uma missão conjunta (16 a 21 de dezembro de 2012) das cinco organizações, saiu um relatório assinado por todos e estamos a preparar uma segunda missão, que acontecerá quando (as autoridades guineenses) apresentarem um Roteiro, um Pacto de Regime e um Governo inclusivo", acrescentou Ovídeo Pequeno.
José Ramos-Horta, que chegou hoje a Cabo Verde para uma visita de menos de 48 horas, respondia a várias questões postas pelos jornalistas sobre o mesmo tema e relacionadas com as eventuais divergências entre as comunidades dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
"Felicito as iniciativas da CEDEAO para evitar a deterioração da situação no país. Foi graças à CEDEAO que, pelo menos, há um órgão legítimo, a Assembleia Nacional, e um Governo de Transição, que está a fazer o que pode para responder às necessidades do país", justificou o antigo presidente de Timor-Leste no final de um encontro com o ministro das Relações Exteriores de Cabo Verde, Jorge Borges.
"Quando se está no terreno, e a CEDEAO estava no terreno, face a um golpe, e o golpe foi explicado pelos militares, a CEDEAO não esperou para ver as verdadeiras razões do golpe. Fizeram o que tinham a fazer e evitaram que houvesse um vazio total de poder e que a situação se agravasse", argumentou.
Para Ramos-Horta, cabe agora às autoridades guineenses cumprirem o prometido à CEDEAO, preparando as condições para a realização de eleições gerais até ao final deste ano.
"Se tivermos pela frente um calendário explícito, com datas fixas, tenho a certeza que a CEDEAO, a CPLP e a UE (União Europeia) vão rever as posições", acrescentou, lembrando ser "normal" que haja pontos de vista diferentes entre organizações.
No mesmo sentido opinou Ovídeo Pequeno, o representante especial da União Africana (UA) para a Guiné-Bissau e antigo chefe da diplomacia de São Tomé e Príncipe que acompanha Ramos-Horta, para quem a questão das divergências entre a CPLP e a CEDEAO têm de ser "bem esclarecidas".
"A questão da CEDEAO/CPLP deve ser bem esclarecida. Antes de estarmos a tentar encontrar os pontos possíveis de divergência, é preciso encontrar os de convergência. Já se percorreu um longo caminho e as cinco organizações parceiras da Guiné-Bissau - ONU, UE, UA, CEDEAO e CPLP - estão presentes", argumentou.
"Já houve uma missão conjunta (16 a 21 de dezembro de 2012) das cinco organizações, saiu um relatório assinado por todos e estamos a preparar uma segunda missão, que acontecerá quando (as autoridades guineenses) apresentarem um Roteiro, um Pacto de Regime e um Governo inclusivo", acrescentou Ovídeo Pequeno.
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