sexta-feira, 5 de abril de 2013

Governo da Guiné-Bissau pede detenção e outras acções penais contra autores de boatos sobre golpe de Estado

Bissau (GBissau, 5 de Abril de 2013) - Num comunicado lido ontem à noite, quinta-feira, na Rádio Televisão da Guiné-Bissau (RTGB), o Governo de transição solicitou ao Ministério Público que detenha os autores de boatos sobre instabilidade no país.
O titular da pasta da comunicação social e dos assuntos parlamentares disse que o executivo guineense foi surpreendido com a “disseminação da desinformação sobre um possível golpe de estado que teria originado a alegada prisão do Estado-Maior General das Forças Armadas, a invasão dos centros nevrálgicos do poder pelos militares e a suposta retenção do Presidente da Republica no exterior, entre outros rumores e boatos”.
Fernando Vaz negou de uma forma categórica a veracidade de tais rumores, adiantando que os mesmos “apenas avisam o descrédito do pais e das suas instituições, o seu isolamento, com a manutenção do imposto embargo económico proposto pela união europeia e pela CPLP para causar o envio de uma forca multinacional de invasão militar”.
Mesmo assim, o parta-voz do Governo de transição declarou “todos os orgaos da soberania”, resultantes do Golpe de Estado de 12 de Abril de 2012 “permancem no pleno exercicio das suas competencias e atribuicoes legais e o seus titulares permancem no pleno gozo dos seus direitos politicos, sociais e civicos”.
Para fazer face aos rumores sobre instabilidade na Guiné-Bissau, Fernando Vaz disse que o seu executivo já pediu ao ministério público – “enquanto o fiscal da legalidade, o advogado do Estado e titular da acção penal” — a imediata localização, identificação e detenção dos “autores do delito para que sejam conduzidos à barra de justiça e julgados ao rigor da lei”.
Para o cumprimento deste “accionamento legal”, o ministro da presidência exortou a colaboração com a judiciária nacional e os serviços de informação de estado. Um outro apelo mais dramático foi dirigido aos militares guineenses: “O Governo exorta as FARP a observância da alerta máxima pela defesa da soberania do Estado e da sua integridade territorial, paz, paz civil e tranquilidade social, custe o que custar e contra quem quer que seja”, sublinhou Fernando Vaz.
Apesar das garantias da existência da “paz social” e o pedido às companhias aéreas e marítimas para que ignorem rumores e que “circulem livremente no nosso espaço aere-o e marítimo, provado que está a inexistência do qualquer perigo”, a companhia aérea de Cabo Verde, TACV poderá ter cancelado temporariamente os seus voos para Bissau.Ouvir aqui ->

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