sexta-feira, 3 de maio de 2013

PRS responsabiliza PAIGC por impasse no processo de transição na Guiné-Bissau

Partidos, sociedade civil e militares concordaram na última terça-feira em que se realizem eleições este ano e num novo modelo para o período de transição que inclua um governo mais abrangente. No entanto dois dias depois PRS e PAIGC, que compõem quase em exclusivo o Parlamento, não se entenderam após um dia inteiro de discussões.

Hoje, em conferência de imprensa, o secretário-geral do PRS, Florentino Pereira, reafirmou que o partido quer eleições este ano e um governo inclusivo e que é o PAIGC que parece não o querer, porque no Parlamento "votou contra um documento que assinara dois dias antes".

"O PRS demarca-se claramente deste ato, com consequências ainda por medir, mas garante a sua determinação e empenho na continuação do diálogo com o PAIGC e com todas as outras forças políticas na procura de melhores soluções para a saída da crise", disse.

Ainda assim Florentino Pereira desdramatizou o impasse de quinta-feira no Parlamento e disse que atualmente o Presidente de transição, Serifo Nhamadjo, pode marcar a data das eleições e formar um governo de inclusão, como tem exigido a comunidade internacional.

PAIGC, o partido mais votado nas últimas eleições, e PRS, o segundo maior partido, vão continuar a ter reuniões de negociação, disse Florentino Pereira.

A Guiné-Bissau vive um período de transição na sequência de um golpe de Estado a 12 de abril do ano passado. O período de transição devia acabar este mês mas foi prolongado até final do ano. A comunidade internacional em uníssono tem exigido a realização de eleições até final do ano e um governo que seja mais inclusivo.
O Partido da Renovação Social (PRS) responsabilizou hoje o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) pelo impasse no processo de transição da Guiné-Bissau mas garantiu que continua disponível para procura de consensos.

1 comentário :

  1. Custa-nos assumir a nossa situação neste mundo atual. Um mundo em que a Guiné-Bissau não é uma nação soberana. Não se trata de que certas instituições com sede noutras paragens -Sobretudo o Bloco Europeu - nos condicionem as decisões, senão que nos impõe. Por isso é que caímos num erro de interpretação comparar o momento politico atual com o que tem sucedido até recentemente (antes do 12Abril), quando morre um Chefe de Estado Maior quase em simultâneo com um Presidente esquartejado como nunca se viu em parte alguma e das mortes dos Deputados e outras figuras subsequentes. Agora a situação é diferente, num universo globalizado de sociedade em rede. Há que encarar essa realidade com consciência histórica. Existem interesses globalizados. De nada nos vale estas querelas estupidas de pessoas que não gostam deste nosso GRANDE PAIS. E se não sabemos onde estamos e nos entregar-nos a nostalgias do outrora com sentido de vingança, dificilmente sairemos desse marasmo que tem vindo a fustigar este nosso Pais e consequentemente o nosso glorioso Povo. Neste momento precisamos de governantes com as qualidades adequadas e capazes de negociarem dentro e no estrangeiro. Vamos uma vez por todas entender-nos para, de facto permitir o Pais sair deste impasse.

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