Entre os novos membros do governo formado no sábado passado pelo moderado
Enrico Letta, se destaca a titular do novo ministério da Integração e
primeira mulher negra a alcançar o posto de ministra na História da
Itália.

Sua prioridade, o direito à nacionalidade italiana por nascimento. "Provavelmente vou encontrar resistência, temos que trabalhar muito para chegar a isto", admitiu. A cidadania italiana se determina por filiação (direito de sangue). "Uma criança, filha de imigrantes, que nasceu e cresceu aqui, deve ser cidadã italiana", afirmou.
Deputada do Partido Democrata (esquerda) e primeira mulher de origem africana a ocupar uma cadeira no Parlamento, Kyenge defende também a anulação do delito de imigração clandestina.
Para a nova ministra, também é necessário '"lutar contra a violência de género, racista, homofóbica e de qualquer outra natureza".
O Partido Democrata, de Letta, comemorou esta nomeação, que "demonstra com coerência o facto de acreditar em uma Itália mais integradora e realmente multicultural".
Insultos racistas
A nomeação de Cecile Kyenge como a primeira ministra negra da Itália - o que seria um símbolo da integração racial no país - levou um duro golpe quando o eurodeputado Mario Borghezio ridicularizou o que descrevia como o novo “governo bonga bonga”- uma referência ao “bunga bunga”, como ficaram conhecidas as orgias promovidas pelo ex-primeiro ministro Berlusconi quando estava no poder.
Numa entrevista à Radio 24, Borghezio afirmou que Cecile tentaria “impor as tradições tribais” do Congo à Itália com seu projeto que dá cidadania imediata aos filhos de imigrantes que nasçam no país, que hoje têm de esperar até completar 18 anos para requerer a cidadania.
A repulsa gerada pelas declarações fez com que o governo autorizasse, nesta quarta-feira, a abertura de uma investigação a páginas fascistas na Internet, cujos membros chamaram Cecile de “macaca congolesa”.
Biografia
Cecile, de 48 anos, nasceu no Congo, país que deixou há três décadas para estudar medicina na Itália. Oftalmologista, ela vive em Modena, com seu marido italiano e seus dois filhos. Foi uma ativa integrante da centro-esquerda, tendo conseguido uma cadeira na Câmara de Deputados, nas eleições de fevereiro.
Na semana passada, a médica foi escolhida pelo primeiro-ministro Enrico Letta como ministra de Integração, no governo híbrido formado por ele e que conseguiu na terça-feira seu segundo voto de confiança no Parlamento. A congolesa respondeu aos insultos pelo Twitter e agradeceu aos que saíram em sua defesa. “Acredito que até mesmo a crítica pode informar se for feita com respeito”, escreveu.
Fonte:JG
valeu meu irmão voce é pessoa que escreve mensagem que dá para entender. certamente voce é um academico. por fim gostaria que continuasse produzir o mesmo tipo das informações baseada na cultura da paz para os guineenses. outros site das informações não faz parte do meu quotidiano.
ResponderEliminar