23 de agosto foi o dia escolhido pela UNESCO para exortar a comunidade internacional a fazer uma reflexão colectiva sobre as causas históricas e as consequências da escravatura, apelando ao diálogo inter-cultural.
Mensagem de Irina Bokova, diretora-geral da UNESCO, por ocasião do Dia Internacional da Lembrança do Tráfico de Escravos e sua Abolição, 23 de agosto de 2012
“A história do tráfico de escravos e de sua abolição moldou o mundo em que vivemos. Somos herdeiros desse passado que transformou o mapa do mundo, suas leis, culturas e relações sociais, e até mesmo criou novos hábitos alimentares, especialmente por meio do comércio de cana-de-açúcar. Acima de tudo, essa história teve efeitos duradouros nas relações entre os povos. A UNESCO dá máxima importância à celebração do Dia Internacional da Lembrança do Tráfico de Escravos e sua Abolição. A divulgação dessa história é central para a luta contra o racismo, para a observância dos direitos humanos e para a construção da paz.
A longa série de levantes de escravos em sua busca por liberdade é fonte de reflexão e ação para a proteção dos direitos humanos e o combate a formas modernas de servidão. Na noite de 22 para 23 de agosto de 1791, um levante iniciou-se em Santo Domingo (atualmente Haiti) que levaria à abolição do tráfico transatlântico de escravos. Por meio de sua luta e seu desejo por dignidade e liberdade, os escravos contribuíram para a universalidade dos direitos humanos. Deve-se ensinar às pessoas os nomes dos heróis da história da escravatura, pois são heróis da humanidade.
Os escravos transcenderam a opressão e presentearam o mundo com um patrimônio cultural infinitamente rico. A África, a Europa, as Américas, o Oriente Médio, o Oceano Índico e a Ásia agora compartilham danças, música, expressões artísticas vivas que são legado direto dessa história. Por meio de seus programas culturais e educacionais, a UNESCO busca salvaguardar e promover esse patrimônio como força de reaproximação e diálogo entre os povos.
Sob seu mandato, a UNESCO apoia a pesquisa científica, o treinamento de professores, a preservação de sítios e arquivos de memória e a promoção de interação cultural para que todos possam compreender o que está em jogo nessa história. O Projeto Rota do Escravo ilustra muito apropriadamente esse ponto e contribui com medidas para conter preconceitos degradantes herdados de um sistema de opressão que ainda macula a imagem de africanos e descendentes de africanos.
O Dia é marco, em 2012, das preparações para a Década das Pessoas de Ascendência Africana, a ser proclamada pelas Nações Unidas neste ano. A iniciativa deve ser um meio de juntar forças de maneira sustentável para alavancar compromissos políticos em favor de pessoas de ascendência africana.
Neste Dia, convoco os governos, as organizações da sociedade civil e os parceiros públicos e privados a redobrarem seus esforços para alcançar reconciliação e solidariedade para com os povos a quem essa história diz respeito, assim como seu desenvolvimento, e a compartilhar suas iniciativas na rede, em www.facebook.com/unesco e ttp://www.unesco.org/culture/slaveroute. Assim destaca-se a determinação da UNESCO em aperfeiçoar os conhecimentos sobre essa crucial página no grande livro de nossa história universal.” FONTE: Site oficial da UNESCO
Mensagem de Irina Bokova, diretora-geral da UNESCO, por ocasião do Dia Internacional da Lembrança do Tráfico de Escravos e sua Abolição, 23 de agosto de 2012
“A história do tráfico de escravos e de sua abolição moldou o mundo em que vivemos. Somos herdeiros desse passado que transformou o mapa do mundo, suas leis, culturas e relações sociais, e até mesmo criou novos hábitos alimentares, especialmente por meio do comércio de cana-de-açúcar. Acima de tudo, essa história teve efeitos duradouros nas relações entre os povos. A UNESCO dá máxima importância à celebração do Dia Internacional da Lembrança do Tráfico de Escravos e sua Abolição. A divulgação dessa história é central para a luta contra o racismo, para a observância dos direitos humanos e para a construção da paz.
A longa série de levantes de escravos em sua busca por liberdade é fonte de reflexão e ação para a proteção dos direitos humanos e o combate a formas modernas de servidão. Na noite de 22 para 23 de agosto de 1791, um levante iniciou-se em Santo Domingo (atualmente Haiti) que levaria à abolição do tráfico transatlântico de escravos. Por meio de sua luta e seu desejo por dignidade e liberdade, os escravos contribuíram para a universalidade dos direitos humanos. Deve-se ensinar às pessoas os nomes dos heróis da história da escravatura, pois são heróis da humanidade.
Os escravos transcenderam a opressão e presentearam o mundo com um patrimônio cultural infinitamente rico. A África, a Europa, as Américas, o Oriente Médio, o Oceano Índico e a Ásia agora compartilham danças, música, expressões artísticas vivas que são legado direto dessa história. Por meio de seus programas culturais e educacionais, a UNESCO busca salvaguardar e promover esse patrimônio como força de reaproximação e diálogo entre os povos.
Sob seu mandato, a UNESCO apoia a pesquisa científica, o treinamento de professores, a preservação de sítios e arquivos de memória e a promoção de interação cultural para que todos possam compreender o que está em jogo nessa história. O Projeto Rota do Escravo ilustra muito apropriadamente esse ponto e contribui com medidas para conter preconceitos degradantes herdados de um sistema de opressão que ainda macula a imagem de africanos e descendentes de africanos.
O Dia é marco, em 2012, das preparações para a Década das Pessoas de Ascendência Africana, a ser proclamada pelas Nações Unidas neste ano. A iniciativa deve ser um meio de juntar forças de maneira sustentável para alavancar compromissos políticos em favor de pessoas de ascendência africana.
Neste Dia, convoco os governos, as organizações da sociedade civil e os parceiros públicos e privados a redobrarem seus esforços para alcançar reconciliação e solidariedade para com os povos a quem essa história diz respeito, assim como seu desenvolvimento, e a compartilhar suas iniciativas na rede, em www.facebook.com/unesco e ttp://www.unesco.org/culture/slaveroute. Assim destaca-se a determinação da UNESCO em aperfeiçoar os conhecimentos sobre essa crucial página no grande livro de nossa história universal.” FONTE: Site oficial da UNESCO
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