Guiné - Bissau: Formalização da 40.ª força política do país

Um grupo de quadros e jovens guineenses sem filiação partidária apresentou nesta sexta-feira no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) a documentação para formalização do Movimento Patriótico com o qual pretendem "mudar o país".
Após a entrega dos documentos e perante ao Supremo Tribunal e cerca de duas dezenas de jovens, Fernando Jorge Teixeira, vice-presidente e porta-voz do Movimento Patriótico, disse à agência Lusa que o novo partido político visa "mudar radicalmente a Guiné-Bissau".

Aquele responsável referiu que "nenhum partido político sozinho" poderá resolver os problemas do país, "porque são problemas de 40 anos". 

"Queremos que os próximos 40 anos sejam de desenvolvimento efectivo", declarou Fernando Teixeira.

De acordo com o activista daquela que será a 40.ª força politica legalizada da Guiné-Bissau, os protagonistas do Movimento Patriótico "cansaram-se de dar conselhos aos políticos" daí a decisão de criar um partido.

"A nossa ideia é criar uma Terceira Via nacional na Guiné-Bissau. Nós entendemos que esses dois grandes partidos, o PAIGC e o PRS, não nos vão levar a lado algum", defendeu Fernando Teixeira, para justificar as vantagens do Movimento.

Um partido novo formado por gente nova na política que, disse, "não está conspurcada pela roubalheira, descalabro, matanças (assassinatos), golpes de Estado e outros males que aconteceram no país desde a independência".

"Somos pessoas impolutas que pretendem inaugurar uma nova forma de fazer política", observou Fernando Teixeira, convidando a sociedade civil, os movimentos sociais e outras forças políticas a juntarem-se ao Movimento Patriótico para constituírem uma verdadeira Terceira Via. 

A maioria dos elementos que compõem o Movimento Patriótico são jovens com menos de 40 anos, disse Teixeira, adiantando que vão concorrer às eleições legislativas com listas próprias e que poderão apoiar um candidato às presidenciais.

O Movimento Patriótico é liderado pelo pastor evangélico Augusto Paulo, que é também jurista formado pela Faculdade de Direito de Bissau.