Manuel Domingos Vicente, o vice-Presidente da
República de Angola, terá solicitado recentemente, segundo noticiou o jornal
português Diário de Notícias na sua edição de domingo (20), a separação do seu
caso no processo que investiga a prática de eventuais crimes de fraude fiscal e
branqueamento de capitais, denunciados há dois anos pelo antigo embaixador
angolano Adriano Parreira.
Segundo
o periódico, o pedido de Manuel Vicente entrou nos últimos dias através do seu
advogado em Portugal, Paulo Amaral Blanco.
Já
antes, idêntico requerimento tinha sido feito ao procurador encarregado do
caso, Paulo Gonçalves, que adiou para "momento oportuno" uma decisão
sobre a matéria.
Neste
sábado 19, um outro jornal luso noticiou (como manchete) que a Procuradoria-Geral
da República de Portugal havia recusado por três vezes arquivar os processos
que envolvem altas individualidades angolanas, dentre os quais do Manuel
Vicente.
O
pedido terá sido feito pelo advogado português que representa três dos
angolanos visados no processo. O advogado submeteu um requerimento ao DCIAP
onde questionava se era necessário mais algum esclarecimento por parte dos
clientes e pedia, pela 3ª vez o arquivamento do processo.
Mas
o procurador Paulo Gonçalves voltou a recusar o pedido alegando que ainda decorrem
as perícias financeiras. O jornal diz ainda que a última recusa foi feita pelo
Ministério Público há quinze dias e que o processo não tem prazo para acabar e
ainda não foram constituídos arguidos.
De
salientar que quatro altos dirigentes angolanos próximos ao Presidente José
Eduardo dos Santos, estão a ser investigados por indícios de fraude fiscal e
branqueamento em Portugal, pela Procuradoria-Geral da República local.
Trata-se
do vice-Presidente e ex-director-geral da Sonangol, Manuel Vicente, do general
Hélder Vieira Dias "Kopelipa", ministro de Estado e chefe da Casa
Militar da Presidência da República, do general Leopoldino Nascimento
"Dino", consultor do ministro de Estado e ex-chefe de Comunicações da
Presidência da República e do Procurador-Geral da República, João Maria de
Sousa.
Este
último abriu junto à Procuradoria-Geral da República de Angola vários
processos-crime contra os jornalistas e activistas cívicos desta casa, Lucas
Pedro e José Gama, acusando-os de cometer crimes de Injúria e Difamação contra
intimidade pública e de Abuso de Liberdade de Imprensa.
Anteriormente
(em 2012) em gesto de defesa, Manuel Vicente tivera dito ao jornal “Expresso”
que todos os seus investimentos em Portugal estão "perfeitamente
documentados junto das autoridades competentes".
Tchogue
/DN/Expresso
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