quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Forças Armadas guineenses prometem "medidas repressivas" contra autores de espancamentos



Qualquer civil encontrado com artigos militares será despojado dos mesmos e eventualmente detido.

As Forças Armadas da Guiné-Bissau vão desencadear "medidas repressivas" contra pessoas que se façam passar por militares para espancar cidadãos.

Em comunicado, as Forças Armadas avisam que "não irão tolerar comportamentos que possam pôr em causa" o processo de transição, em curso no país. No documento, assinado pelo brigadeiro-general Daba Na Walna - chefe de gabinete do Chefe do Estado-Maior General, pode ler-se que "alguns dos malfeitores" chegam a "disfarçar-se com fardamento militar" para executarem as suas ações, nomeadamente atos de pilhagem de residências de civis ou espancamentos. Para "desencorajar tais atos", o Estado-Maior diz que vai desencadear "medidas repressivas" em colaboração com as forças de segurança, visando confiscar ou despojar qualquer pessoa encontrada com artigos militares e que não pertença às forças de segurança. A medida, diz o comunicado, destina-se a travar a "onda de violência" que ultimamente tem ensombrado Bissau. 

Nos últimos dois meses, registaram-se diversos casos perpetrados por pessoas ainda por identificar, mas que diversos relatos indicam estarem  fardadas e munidas de armas de fogo. A mais recente vítima de violência foi o ministro de Estado que no Governo de transição tutela a pasta dos Transportes e Comunicações - Orlando Viegas, agredido na sua residência por pessoas que, segundo o PRS, estariam armadas e vestidas com uniformes militares. Orlando Viegas está internado na clínica das Nações Unidas em Bissau, em estado considerado muito grave.

Sem comentários :

Enviar um comentário


COMENTÁRIOS
Atenção: este é um espaço público e moderado. Não forneça os seus dados pessoais (como telefone ou morada) nem utilize linguagem imprópria.