Nota informativa A Liga Guineense dos Direitos
Humanos recebeu uma denúncia dos familiares de Eng. Mamadu Bobo Baldé sobre as
circunstâncias da sua morte numa das celas da Polícia Nacional de Angola, no
dia 23 de Março 2014. Segundo a família, a vítima era um Engenheiro civil que
residia em Portugal e fazia prospeção de negócios em Angola, onde foi detido no
dia 11 de Março. 12 dias depois da sua detenção foi encontrado morto nas
instalações da polícia angolana em circunstâncias por apurar.
Volvido mais de um mês deste acontecimento trágico,
os restos mortais de Eng. Mamadu Bobo Baldé chegam a Bissau amanhã terça-feira
29 de Abril 2014, por volta das 3 horas da manhã. Por forma a esclarecer as
circusntâncias do desaparecimento físico deste cidadão guineense e a pedido da LGDH,
uma equipa técnica da polícia Judiciária incluindo um especialista em medicina
legal vai examinar o corpo do malogrado antes de ser transportado para Xitole
sua terra natal onde será sepultado no mesmo dia.
Eng. Mamadu Bobo Baldé, de 45 anos, emigrou-se para
Angola no dia 26 de Janeiro 2013, com os objectivos de procurar melhores
condições de vida, acabando por encontrar este fim trágico. Este caso junta-se
à morte em circunstâncias por explicar de António Maurício Bernardo numa das celas
na 23ª esquadra da Polícia Nacional de Angola a 19 de Março 2014, para além do desaparecimento
forçado desde julho de 2012, da jornalista Ana Pereira, conhecida por Milocas.
A LGDH considera de inaceitável que cidadãos guineenses sejam alvos de perseguições,
detenções arbitrárias e assassinatos na República irmã de Angola. Por isso,
exige mais uma vez, às autoridades angolanas no sentido de abrirem com caracter
de urgência, inquéritos transparentes com vista ao esclarecimento cabal destes
casos e consequente tradução à justiça dos supostos responsáveis morais e
materiais de tais actos hediondos e criminosos. Uma delegação presidida pelo
Presidente da LGDH estará no Aeroporto internacional Osvaldo Vieira para
testemunhar a chegada do corpo deste cidadão nacional e solidarizar-se com a
família neste momento doloroso. Pela Paz, Justiça e Direitos Humanos!
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