sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Domingos Simões Pereira reitera confiança ao ministro dos Negócios Estrangeiros



O ministro dos Negócios Estrangeiros guineense, acusado de apropriação de bens públicos, continua a merecer a confiança do chefe do Governo, Domingos Simões Pereira, anunciou hoje o primeiro-ministro numa conferência de imprensa.


Mário Lopes da Rosa, foi acusado pelo Ministério da Administração Interna, que tutela as forças policiais, de se ter apropriado de um gerador elétrico e materiais de conservação do pescado.

Aqueles bens foram "descobertos escondidos num armazém de um elemento da família" do governante, segundo a polícia guineense.

Os materiais, destinados a uma associação de pescadores, foram recuperados pela polícia e apresentados aos jornalistas na semana passada numa conferência de imprensa.

Mário Lopes da Rosa teria mandado guardar os materiais num armazém da sua sogra quando desempenhava as funções do ministro das Pescas no Governo de transição.

Ao apresentar os factos, o porta-voz do Ministério da Administração Interna, tenente-coronel Samuel Fernandes, não revelou o nome do ministro mas afirmou tratar-se de "um ato vergonhoso para o Estado" guineense envolvendo um responsável.

Falando do caso hoje no seu habitual encontro semanal com a imprensa, o primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, disse que nos últimos dias "tem havido uma polémica desnecessária" sobre o caso que envolve o seu ministro dos Negócios Estrangeiros.

Ladeado pelos dois ministros, Botche Candé, da Administração Interna e Mário Lopes da Rosa, o primeiro-ministro guineense reafirmou a confiança no acusado que disse não ter, por enquanto, motivos para sair do Governo.

Domingos Simões Pereira adiantou ter sido informado da busca e apreensão mandadas efetuar por Botche Candé a casa da sogra de Mário Lopes da Rosa de quem, também, disse ter recebido "todas as informações" sobre os contornos do caso.

Simões Pereira diz que aguarda pela conclusão do inquérito judicial em curso para avaliar a continuidade ou não do ministro dos Negócios Estrangeiros no seu Governo, que garantiu estar coeso e determinado para "mudar a Guiné-Bissau"

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