sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Morto pelo Estado de Guiné-Bissau!!

A palavra morte, por si só, já carrega um peso. É a única certeza que temos na vida, a de que todos morreremos um dia. Mas é difícil se preparar para perder alguém. Algumas almas elevadas conseguem lidar bem com as perdas, mas acredito que a grande maioria dos guineenses não está pronta para ver arrancada, ainda de uma maneira barbaras, da sua vida alguém que ama, alias que todos os guineenses amam e subestima a sua forma humana e empenho na dignificação do homem e da mulher guineense e sobretudo do homem Africano na plenitude da sua afirmação do homem novo.
Para familiares fica uma Saudade Crónica, uma saudade diferente. É uma saudade amarrada pela certeza de que nunca vai passar. É uma saudade que vai ser eterna
A conviver com a consciência, mas não esquecemos do Dr. Viriato Pã e os companheiros, não deixaremos de sentir falta…as memórias permanecem, o peito apertado em cada lembrança, e só o tempo mesmo para acalmar o coração…
A compreensão da morte, ainda que barbaramente por gente sem respeito a vida, vai depender da forma como os guineenses convive com os principais arquitetos deste fenómeno cruel, inspirados, talvez pelo demónio do quinto inferno, que pintaram o “ Tchon di Cabral” com sangue dos mais dignos filhos da Guiné-Bissau no dia 17 de Outubro de 1984 (5). E, eis os nomes destes pintores malignos:
1 – João Bernaldo vieira
2- Iafai Camará
3-Carlos Coreia
4-Tiago Aleluia Lopes
5-Flinto Barros
6-Julio Semedo
7- José Pereira
8-Mario Mendes
9-Imbanha Matcha
10-Francisca Pereira
11- Ulé Na Biotcha
12-Umaro Alfa Djalo
13- Vasco Cabral
Cada um deve interpretar o ato de fazer morrer ou ato de matar da sua forma diferente. Mas na certeza de que o Dr. Viriato Pã e os companheiros, voltarão na próxima encarnação… Mas o facto é que é difícil perder alguém. Um vazio parece invadir os corações dos guineenses, na sensação estranha e ingrata de viver, uma vontade de acreditar que seja tudo um sonho adiado, um desespero que os guineenses não conseguem explicar…
O descontrole inicial passa, mas os nomes acima citado caíram no real: O Viriato e os companheiros já não estão em vidas, mas com certeza de estarem em qualquer lugar do bem.
Sonhos dos guineenses foram adiados no dia triste de 17 de Outubro de 1985, pela morte (assassinato) deste dignos conterrâneos que hoje lembramos. Na certeza de que havemos de fazer erguer os sonhos de tornar a Guiné-Bissau, num país digno de se viver com toda plenitude.
Toda a perda nos faz refletir... Li aqui»»

Dr. Wilkinne

1 comentário :

  1. Silvestre Beto Lopes Pina NINO VIEIRA E O SEU GRUPO, MACABRO ANIMALESCO, SINÓNIMO DO INVERSO DOS VALORES QUE PREDICAVA AMÍLCAR CABRAL. RESULTADO DISSO É A INCONSCIÊNCIA DE PRESERVAR RECURSOS HUMANOS E A SUA UTILIZAÇÃO PARA O BEM DO NOSSO PAÍS. PERGUNTO! QUE PERIGO PODIA REPRESENTAR PAULO CORREIA E VIRIATO PAM PARA AO POVO DA GUINÉ BISSAU NENHUM. MAS SIM, PARA AQUELES QUE LUTAVAM CONTRA OS PRINCÍPIOS DO PAIGC. EM PROL DOS SEUS INTERESSES PARTICULARES. POR ISSO TODOS QUE NÃO SE IDENTIFICAVAM COM ELES REPRESENTAVAM UM PERIGO PARA OS MESMOS NÃO PARA O POVO DA GUINÉ BISSAU. O PAIGC IMPLANTOU NA NOSSA TERRA CULTURA DE ELIMINAÇÃO FÍSICA. ALGO QUE NÃO FAZ PARTE DA NOSSA IDIOSSINCRASIA. O QUE MAIS ME PREOCUPA... É A NOSSA INTERPRETAÇÃO CONCERNENTE AO PROCESSO DA EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO NOSSO PAÍS PÓS INDEPENDÊNCIA. COMO UTILIZAR ERROS DO PASSADO PARA REPARAR O PRESENTE E CONSTRUIR UM FUTURO MELHOR

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