domingo, 7 de dezembro de 2014

Morreu o mito da garagem: Apple nasceu no interior da HP


A sede da HP, onde Steve Wozniak trabalhava na época da fundação da Apple, terá sido o berço dos computadores Apple I e II.


A confissão é do próprio Wozniak, sócio de Steve Jobs e cofundador da empresa. "A garagem é uma espécie de mito, aquele que melhor nos representa, mas, na verdade, não fizemos qualquer design lá. A garagem servia para ver se os produtos funcionavam e dali seguiam para as lojas, onde nos pagavam com dinheiro", conta Wozniak em entrevista à Bloomberg. Arquiteto dos primeiros computadores Apple, Wozniak recorda que trabalhava durante semanas até de madrugada, mas que "dificilmente havia mais do que duas pessoas na garagem ao mesmo tempo". Wozniak conta que, por falta de dinheiro, a equipa tinha de trabalhar vários projetos em simultâneo e que, por isso, os primeiros computadores Apple foram soldados, desenhados e preparados fora do horário de trabalho, mas na sede da Hewlett--Packard, em Cupertino.

O ex-sócio de Steve Jobs conta que, quando construiu o primeiro Apple I, se apercebeu de que algo tinha mudado. "Fiquei muito feliz. Desenhei estes computadores porque eram aquilo que eu queria para mim. Durante a minha infância, depois da escola, dizia ao meu pai: "Um dia vou ter um computador enorme." Percebi que uma revolução estava prestes a começar", explica, acrescentando: "Cedi os desenhos do primeiro computador gratuitamente. Queria vender aquilo que construía por 20 dólares, um valor que me parecia justo. Mas Jobs disse que não. Se nos custa 250 dólares a construir, vendíamos por 500. O preço ao consumidor acabou por ser de 666, 66 dólares, porque eu sou matemático, gosto de repetir dígitos", esclarece. Wozniak deixou o trabalho na HP em 1976, ano em que fundaram oficialmente a Apple Computer Inc., que durante 17 anos teve o Apple II como principal fonte de receita. Wozniak abandonou a Apple em 1987. "Foi quando encontrámos o nosso primeiro investidor que a personalidade do Steve Jobs mudou: ele ia ser o homem de negócios, aparecer de fato nas capas das revistas.

//DN

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