O presidente da Comissão da Comunidade
Económica dos Estados da Africa Ocidental (CEDEAO), Desiré Ouedraogo, entregou
nesta quinta-feira formalmente ao governo da Guiné-Bissau 61 casernas militares
reabilitadas no âmbito do programa de reforma do sector de Defesa e Segurança
do país, noticiou a Lusa.
A recepção das casernas contou com a
presença do Primeiro-ministro guineense, Domingos Simões Pereira, e da ministra
da Defesa, Cadi Seidi, que disse na ocasião que os militares do país
"estão concentrados e serenos" nos quartéis, estabelecendo o
contraste com anos de instabilidade e golpes de Estado.
"Os militares guineenses
reclamavam, agora estão concentrados e serenos nos seus quartéis. Estão
confiantes porque estamos a trabalhar de acordo com as orientações do chefe do
Governo, Domingos Simões Pereira, para melhorar as condições de habitabilidade
e de vida da tropa nas casernas", disse Cadi Seidi.
Por seu turno, o presidente da Comissão
da CEDEAO afirmou que a organização considera a entrega das casernas,
reabilitadas o início da "renascença da Guiné-Bissau" e o arranque do
processo da reforma do sector militar.
"Como apoiámos a Guiné-Bissau
durante o período da crise, estaremos aqui para apoiar a reconstrução. A
renovação das casernas constitui um primeiro passo no âmbito do programa da
reforma do sector de Defesa e Segurança para o qual a CEDEAO criou um fundo de
63 milhões de dólares (55 milhões de euros) ", explicou Ouedraogo.
No total, foram reabilitadas 61
casernas, quatro cozinhas, três muros de vedação e uma oficina mecânica nos
quartéis da Força Aérea e do Exército, em Bissau, e ainda nos quartéis de Buba
e Quebo, no Sul.
As obras custaram 3,4 mil milhões de
francos CFA (cinco milhões de euros) e duraram doze meses.
Para o presidente da Comissão da CEDEAO,
a reabilitação das casernas "só é possível" devido à liderança das
novas autoridades políticas e militares e vai "reforçar a moral da
tropa".
Destacou também que o próximo passo é
implementar um fundo de pensões que será aplicado para os militares a serem
desmobilizados e arrancar com formação para aqueles que se vão manter nos
quadros das Forças Armadas, vincou.
Desiré Ouedraogo anunciou que a
organização oeste africana "está empenhada" na mesa-redonda que o
Governo guineense quer organizar em Março com os doadores onde, disse, os
parceiros vão apresentar as contribuições para ajudar à reconstrução do país.
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