O comissário europeu do Desenvolvimento
e Cooperação Internacional garantiu hoje, na conferência internacional sobre a
Guiné-Bissau, que o novo executivo comunitário assume por completo o compromisso
de apoio ao país assumido no ano passado pela "Comissão Barroso".
"Quando o primeiro-ministro Simões
Pereira visitou Bruxelas em julho do ano passado, o então presidente da
Comissão Europeia, José Manuel (Durão) Barroso, deixou claro que a Guiné-Bissau
podia contar com o apoio da União Europeia (...) Esse compromisso é hoje
vigorosamente reafirmado pelo novo presidente da Comissão, Jean-Claude
Juncker", assegurou o comissário Neven Mimica.
Recordando que, na véspera, o Conselho
da União Europeia levantou as restrições à cooperação com a Guiné-Bissau
(impostas em 2011, na sequência do golpe militar de 2010), o comissário
anunciou que a Comissão Europeia se compromete a financiar o país com 160
milhões de euros até 2020.
Frisando que este apoio, e outros que
forem reunidos na conferência internacional de doadores que decorre hoje em
Bruxelas, exige uma implementação sólida e transparente das prioridades que as
próprias autoridades guineenses definiram na sua estratégia de desenvolvimento
nacional, o comissário para o Desenvolvimento e Cooperação Internacional
advertiu para os desafios que o país ainda enfrenta, e que "não podem ser
subestimados".
A esse propósito, apontou a necessidade
do "muito que há por fazer" ainda para assegurar o respeito da lei, o
funcionamento das instituições democráticas e o estabelecimento de uma
administração pública efetiva, para combater a corrupção, a impunidade e o crime
organizado, para garantir que a Guiné-Bissau se torna um país mais aberto ao
investimento, e para corrigir os danos causados aos recursos naturais e
biodiversidade do país.
"E tudo isto deve ser feito com um
único objetivo em mente: melhorar as condições de vida do povo da Guiné-Bissau.
E fazê-lo rapidamente", concluiu.
As autoridades da Guiné-Bissau esperam
angariar, por ocasião da conferência de doadores que se celebra hoje em
Bruxelas, mais de 400 milhões de euros para financiar a execução de projetos
prioritários.
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