A verdade e o exercício do poder
Para o político as convicções representam a
verdade; se cultivasse a dúvida não teria domínio sobre a realidade e a ação
sob a realidade é a sua razão de ser.
Às vezes sucede que afirmar as próprias
convicções se transforma não apenas em obstáculo ao exercício do poder como em
obstáculo para lá chegar. O político tem de ter isso em conta, tem de saber
adaptar-se e terá, porventura, de dissimular sem contudo abandonar os seus
objetivos. Aliás, quem terá o direito de exigir dele que torne públicas as
suas intenções, antes dos outros? Revelar os seus propósitos, quando os outros
os disfarçam, seria uma atitude de grande risco que resultaria em pura perda.
Para o verdadeiro político - o político
que quer ficar na memória das pessoas - a conquista e o exercício do poder não
são um fim em si mesmo, mas apenas um meio; o que verdadeiramente conta é
traduzir em atos as intenções que proclamou. E que não funcione como um
cata-vento das ideias do dia-a-dia. O importante é que a realidade tenha
passado a ser diferente do que era. É esse o critério de aferição da
verdade.Para deixar marca não basta o cinismo utilitário. É preciso acreditar
em qualquer coisa, dedicar-se a ela e triunfar.
A relação entre a verdade e o exercício
do poder deve estar á distância certa entre o Cassandra que se compraz em
antecipar os perigos e a complacência demagógica que máscara os riscos e
disfarça as dificuldades para mais facilmente atrair os votos e mais se fazer
aplaudir. Não é só por não ser sincera, meritória ou corajosa que uma afirmação
ou uma ação não merecem apoio; não o mereceu porque se apregoam falsos
otimismos e alimentam ilusões. O que marca a diferença entre mentiras que
são úteis e mentiras que são perigosas é o sucesso que se consegue. Quando fica
satisfeito com o resultado, o povo esquece, mas, quando o desiludem, passa a
alimentar uma raiva sem quartel contra quem o enganou e, depois, vota-o ao
esquecimento que é a sanção suprema.
Inovação na política
Para tornar mais duradoura a adesão do povo o
político terá de afirmar sempre os mesmos princípios e de referir as mesmas
convicções. Repetir-se não será exprimir um pensamento que fixa limites, que
indica o sentido e que dá segurança aos que necessitam de saber com quem
contam? No caso de as decepções e os fracassos o forçarem a retirar-se durante
algum tempo, deverá voltar e, porque já tem a sua imagem na opinião pública,
não deverá afastar-se dela. Mas, falando de liberdade, de justiça, de
autoridade, de segurança, de generosidade, de patriotismo, não credível quem
quer; cada um tem a sua originalidade; os políticos não são trocáveis entre si;
cada qual tem a sua personalidade com características próprias marcantes. Não
se modificam facilmente a imagem, sob o risco de graves inconvenientes.
No
entanto não é contra-indicado inventar para se adaptar as mudanças dos tempos.
O povo pode compreendê-lo porque, também ele, sem ter consciência disso, não se
fixa para sempre à mesma maneira de reagir. O político poderá,
consequentemente, posicionar-se na vanguarda, sem qualquer perigo, se o povo
ainda não tomou consciência da inexorabilidade dos tempos como sejam, a título
de exemplos: no passado, emancipação das colônias, hoje a adaptação das
leis as novas realidades e aos novos costumes. Poderia fazer-se uma antologia
de opiniões contraditórias dos políticos sobre a Europa, sobre o conceito de
Estado e de Nação sobre a liberdade e sobre o moral. O problema não é andar nem
demasiado depressa, nem demasiada devagar, nem contra a corrente e de não
parecer constrangido ou forçado. O político tem de se esforçar por ser natural.
O povo vê com bons olhos que mude de opinião desde que o faça ao ritmo da
evolução geral das formas de pensar.
Político informado
É fácil para o político dar a imagem de mais
inteligente que o comum dos mortais: estando mais informado do que eles e mais
ao corrente das intenções dos seus camaradas/companheiros e dos seus rivais,
tendo mais experiência em lidar com as realidades, a sua visão é
necessariamente mais perspicaz, o seu discernimento mais seguro e a sua decisão
tem mais probabilidade de ser justa.
À inteligência não é uma qualidade abstrata
mas assenta no conhecimento da realidade. O risco está em pretender saber tudo
a respeito dos homens e das coisas, sem se limitar ao que é essencial; as
cabeças tipos navios de guerra não são as mais lúcidas.
A Política e as promessas
Tornar-se lembrado através do silêncio é uma
arte difícil. Só está ao alcance dos políticos de excepção cujo passado lhes
confere um estatuto especial e cujo silêncio pesa em razão do que significa.
Regra geral, pedir a confiança do povo obriga a dizer-lhe os objetivos em jogo,
pelo menos nos casos em que se deseja, de facto, o poder.
Então: prometer apenas quando se está seguro
de poder cumprir? E como se pode estar seguro de o poder fazer? O
político terá de ter cuidado: quando formula desejos, as pessoas tomam isso como
compromisso. Que seja econômico nas palavras! Ninguém estará disposto a
desculpá-lo e, se se mantiver no poder durante muito tempo, toda a gente lhe
há-de lembrar os compromissos que assumiram ou os serviços que lhe prestaram.
Ser fiel às promessas
O objetivo inicial pode permanecer imutável,
mas os meios para lá chegar podem variar em função das relações de força e da
situação do momento. O povo admite que os métodos mudem, mas não os fins, de
que os métodos são instrumentos: se foi criada riqueza e essa riqueza foi
distribuída de modo mais justo em benefício de todos, que importa ao povo que
isso tenha sido através da ação do Estado ou através dos jogos das relações? Da
mesma forma, se o objetivo é conseguir a paz, o fim de um conflito, a
emancipação das colônias, que importa ao povo que o político o tenha conseguido
através do recurso à força ou através da negociação de acordo com as
circunstâncias?
O povo andará sempre bem ao ser indiferente
aos meios utilizados pelo político? A guerra e a negociação não são a mesma
coisa, conforme o demostra a experiência dos franceses na Indochina e na
Argélia, a hoje no Cáucaso e ontem na Europa Oriental. E quanto ao progresso e
ao desenvolvimento, de que formas os fomentam as nacionalizações das empresas e
o controlo geral da economia?Os métodos escolhidos não revelam apenas de opções
ideológicas mas de interesses diversos ou opostos e, até, de uma moral
diferente.
Pense o que pensar lá no fundo, o
político não se pode mostrar realista de modo demasiado frio; imaginar que,
conquistado o poder, nada mais importa é que todos os jogos lhe são permitidos
e todas as contradições autorizadas, é outorgar-se um facilitismo que
rapidamente se transformará em inabilidade. Respeitar a palavra é tão útil à
sua ação como à sua reputação e é mais importante do que possam pensar os
cínicos.
O povo tende a pensar que não é enganado e
que as promessas feitas para conquistar a sua adesão serão cumpridas. É como se
fosse um contrato moral. O povo quer acreditar que o governante é pessoa
estimável e com princípios. Respeitar a palavra não é ser obstinado quando as
circunstâncias se alteram. Nessa altura, o político deverá explicar as
dificuldades que encontra, os obstáculos que se opõem e o obrigam a deferir – ou
mesmo renunciar – aquilo com que se tinha comprometido, e terá de se mostrar
persuasivo, o que não será fácil. Mudar de opinião é muito perigoso; se a isso
for obrigado, deverá reconhecê-lo francamente e explicar as razões. É, até, de
uma forma de criar alguma convivência entre ele e o povo e de o levar a
partilhar as perplexidades do poder. O importante é tonar-se compreendido. Se
for assim, se pretender fazer coincidir o que faz com que o diz, quando todos
vêem o que é o contrário, toda confiança nele se vai. O pior: o político pode
transformar-se em motivo de chacota,e, então, nada pior.
Os fracassos dos políticos têm origem nas
esperanças traídas. A melhor demonstração disso do que a história da democracia
em África e em particularmente, na Guiné-Bissau já há anos - 1994-2015?
Nenhum governo, nenhuma maioria no poder, qualquer tenha sido, ganhou e/ou
conquistou o coração do seu povo ao nível esperado. A esperada boa governação:
Construção e a Produção (desenvolvimento social). A ineficácia governativa
passou a ser a moda.
Comprometer-se, como fizeram os políticos
desde 1994, a lutar contra a injustiça, desigualdade, dominação da minoria a
maioria, a atenuar a {fratura social} justifica-se desde que se esteja decidido
a desencadear todos os meios para atingir um tal objetivo. Caso contrário, se
vinte anos depois, o desemprego é aflitivo, a fome aumentou, as desigualdades
se acentuam, a precariedade das condições da vida piorou, então a {fratura
social} continua em aberto e cada um de nós sabe-o bem. Recorrer a fórmulas que
não são traduzidas em atos tem riscos, pois sabemos bem que essa tradução nunca
aparece de repente.
A boa verdade é que, na política, nada está
garantida para toda a vida. Mesmo que conseguissem ser fiéis às suas promessas,
os políticos não são eternos: a opinião pública cansa-se, os seus entusiasmos
mudam e os seus desejos renovam- se, ao mesmo tempo que o poder esgota a
imaginação de quem detém, o que passa a não saber responder a novas aspirações.
Nem escrupuloso de mais nos métodos, nem imprudente
Nenhum político escapa a isto: o poder suja
as mãos. O exercício do poder não pode ser conforme aos princípios da moral
comum. A hipótese é confiar os golpes da mão – mas sem se enganar – a quem
mostrar prazer e capacidade para isso. Não faltam candidatos. Mas não se pense
que, desse modo, o político esquiva-se às responsabilidades: ele é responsável
pelo que faz e também pelo que fazem em seu nome e no seu interesse, quer tenha
quer não tenha conhecimento disso. Por vezes, tem dificuldades em admiti-lo
mas, na maior parte dos casos, acomoda-se. A vida de quem tem o poder está
cheia destes escolhos.
Jogos do dinheiro, ajustes das contas
por vezes violentos, os complôs, as calúnias, os compromissos mais variados, as
mentiras, correspondem a outras tantas toperzas. Serão elas inevitáveis?É mais
prudente recusar alinhar em algumas delas, mesmo correndo o risco de perder
vantagens.Isso é preferível a desonra.
Quando
não há respeito pela moral, a preocupação de salvaguardar os seus próprios
interesses deverá levar o político a ter cuidado: os especialistas de golpes de
mão muitas vezes sabem demais, chegam a inventar, julgando que, desse modo,
ficam garantidos contra o perigo e até contra o seu próprio chefe, em relação
ao qual tentam levar a melhor. O chefe tem, então, de escolher: ou protege os
seus comparsas, remetendo-se a silêncio cúmplice, ou abate-os; em todo caso,
seria ingênuo acreditar na sua boa-fé e na sua fidelidade, sejam quais forem
circunstâncias. Como acreditar na boa-fé e na fidelidade de homens de mão
sempre prontos a tudo? Só o receio e as cautelas que devem inspirar a sua
ação poderão permitir-lhe estar de sobreaviso contra a traição dos que estão
sempre prontos para lhe fazer as vontades. Onde irá parar se não se mostrar
temível?
Política e Liderança
"Semi-presidencialista, o sistema
político vigente na Guiné-Bissau "Semi-presidencialismo". No meu
entender, neste sistema político, o Presidente da República deve ser, no
essencial, um árbitro do jogo político e não um jogador ao nível dos partidos
políticos. Uma solução e não um problema para o país. Não é o Presidente da
República que governa, é o governo que governa. O Presidente da República deve,
no entanto, utilizar a sua magistratura de modo a conseguir que as pontes são
necessárias entre os partidos, a relação dos partidos com a sociedade, possa
funcionar de uma forma mais harmonisiosa. O presidente da República deve:
fomentar a unidade nacional, politicamente imparcial e empenhado e atuante em
termos sociais, promover as convergências políticas e "redundar"
cultura de compromissos e, por fim, "incentivar o frutuoso relacionamento
entre órgãos de soberania e agentes políticos, económicos e sociais. O
presidente da República deve ser uma pessoa "muito querida de todos, pela
sua maneira de ser, pela sua integridade, pela sua modéstia e
acessibilidade".
"O Presidente da República não
pode e nem deve ter um programa próprio. O programa do Presidente é a
constituição. O Presidente não pode nem dever contrapoder. Não é concorrente do
governo e da Assembleia da República. Deve coadjuvar. Sobretudo um governo em
situação complexa" (Jurista Português, Professor Doutor Marcelo Rebelo de
Sousa, Presidente de Portugal) ". Ainda no meu ponto de vista, o
presidente da República deve ser uma pessoa de grandes qualidades morais,
políticas e diplomáticas, capaz de dialogar, ouvir, estabelecer consensos. E
isso é essencial para ser presidente. O mais lato cargo da nação tem de ser
ocupado por quem "se possa levar a sério".
Guiné-Bissau “De orgulho para vergonha”
A Guiné-Bissau – "De orgulho para
vergonha", conquistamos a independência com respeito e honra e
reconquistamos a nossa dignidade humana, encantamos com a solenidade e
entusiasmo, colocamos a Giuné-Bissau no mapa e fomos reconhecido no mundo
inteiro (Orgulho). Com a independência conquistada, ficamos a desfazer no lugar
de fazer, destruir quando devíamos construir, em vez de formar um estado, destruímos
toda a sociedade, hoje temos um país socialmente destroçado,
economicamente depauperado, financeiramente bloqueado e atolado na
banca. Olhando para atrás, parece que estamos a ir na direção errada.
Todas as conquistas da Guiné-Bissau são postas em causa. Há mais de quatro
décadas de independência a classe política continua a ser maior entrave de
desenvolvimento do país, problemas intra e inter-partidos, o que vem provar
que, perante uma dimensão muito significativa, não foram encontradas respostas
organizadas. Infelizmente, a governação política na Guiné-Bissau parece ser uma
brincadeira, ninguém assume a responsabilidade, porque ninguém é responsabilizado, o
que faz me pensar as crianças num recreio escolar. Quando há um disparate,
nunca ninguém teve a culpa, nunca ninguém é responsável (Vergonha). “História
da Guiné-Bissau nos últimos anos é um teatro de erros.”
Respeito a democracia e ao voto popular
Na democracia, o povo é, solenemente, o dono
do próprio destino, de acordo com o Abraham Lincoln: “a democracia é o governo
do povo, pelo povo, para o povo.
Por esta razão, seria importante que os
politicos tomassem a consciência de que, “o voto é a ferramenta base da
democracia e da nossa representação enquanto cidadãos e enquanto politicos”.
Apesar de termos outras formas de nos exprimirmos, mas continua ser o voto que
nos liga ao poder". Em democracia não há nada mais precioso do que a vontade
do povo. Por isso, temos que respeitar e dar importância para a soberania
popular.
Segundo o consagrado filósofo grego,
Aristóteles: “Uma das características da liberdade reside em ser governado e
governar à vez. A justiça democrática consiste na igualdade segundo o número e
não segundo o mérito. De tal noção de justiça resulta que a soberania estará
necessariamente no povo e que a opinião da maioria deverá ser o fim a conseguir
e deverá ser a justiça. (…) Como resultado disso, nas democracias, os pobres
são mais poderosos do que os ricos: são em maior número e a autoridade soberana
está na maioria. Esse é, pois, um sinal de liberdade que todos os democratas
colocam como marca do regime (…). É que a igualdade não consiste em os pobres
possuírem mais poder do que os ricos ou serem os únicos detentores da
soberania, mas terem todos, uns e outros, por igual, de acordo com o número.
Deste modo poderiam considerar que estavam asseguradas na Constituição a
igualdade e a liberdade.
(Aristóteles, A Política, III)
Falta de valores na política actual
Hoje infelizmente, estamos numa sociedade e
com nova era (estranha) em que se aprofunda a crise da soberania, em que se
assiste a uma alteração de valores e modos de conduta dos políticos, das
populações e da sociedade em geral, em que a ideologia já não constitui
referência. No passado havia uma convivência política muito ligada a uma ideologia,
a princípios, a valores que, de forma absolutamente altruísta, defendíamos
esses. Mas, esse tempo passou, vai passando á medida que vamos desaparecendo.
"A maioria das pessoas que neste momento está nos partidos (incluindo os
seus dirigentes) não sabe o que é isso da ideologia, dos princípios e dos
valores porque não conheceram o que era a ausência deles. Os partidos políticos
transformaram-se, maioritariamente, em agências de empregado e do maior
empregador." Agora ninguém fala da carreira professional e/ou de “carreirismo”.
Neste momento tenho sempre dúvidas sérias
quando vejo um político muito interessado nos partidos. Nunca percebo bem se
está aí porque está a defender um princípio, e um valor no qual acredita.Ou
está aí para defender o seu emprego e garantir a sua sobrevivência? Hoje
nota-se claramente que, a classe política ficou sem agenda, e aparentemente,
também está sem ideologia.
Crise Política internacional
Visivelmente, estamos a assistir no mundo a
uma multiplicação de conflitos políticos, religiosos, culturais e sociais, ao
mesmo tempo que velhos conflitos não têm solução, o quer dizer que a comunidade
internacional perdeu capacidade de prevenção de conflitos e de solução para
conflitos.
A possibilidade de prevenir, conter e
resolver os conflitos está hoje consideravelmente diminuída. Há uma impunidade
crescente de quem começa conflitos, de quem viola o direito internacional
humanitário, de quem faz as mais horríveis violações de direitos humanos. E há imprevisibilidade crescente
em relação a que acontecimentos que se desenvolvem com consequências
humanitárias trágicas, umas das quais é o dramático do número de refugiados nos
últimos anos na Europa.
Um mundo sem líder. Temos um mundo sem
liderança desde de invasão dos Estados Unidos da América a Iraque em 20 de
Março de 2003. Nos tempos da Guerra Fria, havia "um mundo
bipolar", que, "em momentos decisivos, quando a coisa se tomava demasiadamente
perigosa, normalmente, o pior erra evitado" e, mais tarde, houve, " a
hegemonia de uma única potência no mundo, os Estados Unidos", que
determinavam o rumo dos conflitos.
"Hoje já não temos um mundo bipolar,
ainda não temos sequer um mundo multipolar, temos um mundo caótico, de alguma
forma, em que as relações de poderes não são claras. E, mesmo que tivéssemos um
mundo multipolar, é muito perigosa a multipolaridade quando não há "GOVERNANCE AND LEADERSHIP".
E, agora temos uma Europa acabada e desentegrada, sem força, sem jeito, sem
dinheiro, notavelmente sem respostas organizadas para encontrar soluções
políticas e econômicas de problemas que enfrenta: crise económica no Portugal,
Grécia, Irlanda e Espenha. Crise política e conômica e militar na Ucrânia,
perante a anexação da Crimeia à Federação Russa. Problema do terrorismo
aos desafios internacionais, e ainda, o mais recente problema de imigração
de refugiados Sírios e de imigrantes Africanos que atravessam mediterrâneo
todos os dias para a Europa. Uma Europa vendo a sua união mergulhando numa
crise séria, com a possível saída do Reino Unido na União Europeia
"BREXIT".
Uma Europa com mini-states e super-states dentro
da sua união, com mini-states impostos a seguir princípios fundador da união e
enquanto super-state a ser privilegiado de "Special Status". O
grande problema da União Europeia é como e quando vai sair da crise. Quando
haverá tempo, condições, circunstâncias económicas, políticas, institucionais
que permitam um 'salto' para um 'céu aberto', para um tempo não de céu nublado
mas de céu limpo.
"A união Europeia parece um coração
partido. Ex: um carro quando parte a caixa da velocidades. Você está a
acelerar, não entra a caixa de velocidades e o carro não anda. E o carro é bom,
os materiais são bons. Mas partiu-se a caixa de velocidades. O dono vai ter que
empurrar o carro. Vai sair sarilhos".E com tempestade perfeita lá fora, o
dono vai ter que empurrar o carro.
Com os Estados Unidos da América
descapitalizado, o mundo ocidental, representado pela Europa está em declínio,
hoje temos uma Europa fracassada enquanto potência mundial e jogam o jogo que
sempre jogou na humanidade, cada um joga no seu lado. Desde a Europa de Leste
até ao Oriente médio, os mais poderosos, ricos, os mais empreendedores, os mais
guerreiros, os mais violentos, têm a tendência de impor a sua lei. A hegemonia
de séculos vai desaparecendo.
Democracia Forçada e Mudança no Mundo Árabe
"Depois da Primavera Árabe os líderes
têm medo do povo. Isso é bom". Houve algumas mudanças nos países Árabes
(Tunisia, Libia, Egipto, Siria e Marrocos), um dos aspectos positivos é que em
todos estes países, o povo deixou e temer os governos. Antes, se o
Presidente ou o Rei dissesse que 5+4= 12, simplesmente, as pessoas diziam 12,
ou davam mais 13 e 14 para satisfazer o líderes. Agora são os líderes que temem
o povo e isto é um desenvolvimento para democracia. E, é um bom exemplo
para seguir na Guiné-Bissau.
Nota: Os artigos assinados por amigos, colaboradores ou outros não vinculam a IBD, necessariamente, às opiniões neles expressas.
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