“O povo da Guiné-Bissau precisa de um
país estabilizado com os seus problemas a serem resolvidos, com um Governo a
governar, um Parlamento a exercer de forma cabal o seu papel. É preciso que
este parlamento estar sim, resolvermos do parlamento esta capacidade e esta
vontade. É o que queremos”.
Opinião do Chefe da Missão da ONU, para
Bissau, após ter reunido com o PAIGC, PRS, Governo, ANP e o Presidente da
República, José Mário Vaz.
Ismael Abrão Gaspar Martins que falava
em jeito de balanço no aeroporto de Bissau, afirmou terem saídos com a primeira
conclusão que os guineenses e o povo da Guiné-Bissau ganhou muita maturidade
politica que deverá nortear a procura da saída a crise: “ As regras básicas
devem ser cumpridas porque ninguém não está acima da lei. É preciso estar
juntos deixar as instituições e o partido a funcionar ”- disse
O Embaixador Angolano Ismael Martins defende que a ONU está
mobilizada em ver a Guiné-Bissau acertar os passos extremos para que possa
permitir alinhar-se e avançar, pôr o país a acrescer porque segundo o
diplomata, o que se passa em Bissau não é uma crise apenas um desacerto de
posições que deve ser ultrapassado pelos próprios guineenses.
De lembrar que no Aeroporto
Internacional Osvaldo Vieira de Bissau, o diplomata Angolano Ismael Martins,
Chefe da Missão da ONU para Bissau, disse que vieram à Guiné-Bissau para falar
com quem realmente manda neste país, para procurar soluções viáveis a crise
política vigente. Por isso Martins, manifesta-se otimista que irão encontrar
consenso plausível para viabilizar a Guiné-Bissau ao desenvolvimento almejado.
PAIGC PEDE RESPEITO PELAS LEIS E PELA CONSTITUIÇÃO
DA REPÚBLICA
O Presidente do PAIGC, Domingos Simões
Pereira, afirmou na sua declaração à imprensa que o compromisso e o diálogo não
podem ser estabelecidos se não houver o respeito pelas leis e pela constituição
que considera de pressuposto básico.
O dirigente do partido libertador
afiançou que há condições para se poder ultrapassar esta crise cujas causa e
motivação estão a ter leituras muito diferenciadas, acrescentado ainda que “nós
deixamos muito bem claro à Missão a disponibilidade para contribuir naquilo que
depende de nós, para a saída da crise, desde que as leis sejam cumpridas e o
direito conquistado nas urnas seja respeitado”.
“Se o pacto político pretendido pelo
Presidente da Republica é para estabilidade e a paz, estaremos disponíveis para
respeitar este pressuposto. Mesmo sem a existência de um pacto político. Para
nós, o mais importante é a nossa disponibilidade para o diálogo a fim de
ultrapassarmos todas as dificuldades. Está uma missão no país e queremos
deixa-bvla fazer o seu trabalho e no final irá partilhar connosco a sua
avaliação”, referiu.
PRS
DEFENDE DIÁLOGO E ENTENDIMENTO ENTRE AS FORÇAS POLÍTICAS PARA A SAÍDA DA CRISE
O líder da bancada parlamentar do PRS e
igualmente um dos vice-presidentes do partido, Certório Biote, afirmou que o
país pode sair desta crise só com o diálogo e entendimento entre as forças
políticas e atores nacionais.
O político referiu ainda que o país já
está a sete meses no desentendimento, pelo que sustentou que não há outra forma
de ultrapassar a crise se não enveredarmos pelo diálogo franco entre o PAIGC e
as partes envolvidas no processo.
“O Conselho de Segurança não nos disse o
que queria, mas (sabemos) sim que a delegação veio ouvir os atores políticos
nacionais para que possa confrontar as ideias, a fim de sairmos desta crise.
Nós mostramos a nossa posição face a esta situação. Não é preciso saber quem
tem razão ou culpa. A palavra-chave para a Guiné-Bissau é o diálogo,
entendimento e consenso nacional”, notou.
De referir que na última resolução do
Conselho de Segurança das nações Unidas sobre a Guiné-Bissau, adotada por
unanimidade a 26 de fevereiro, “o Conselho de Segurança sublinhou que todos os
intervenientes devem trabalhar para assegurar a estabilidade” por forma a
implementar as “reformas importantes e o fortalecimento das instituições do
Estado”.
Membros da delegação do Conselho de Segurança visitaram esta segunda-feira o país da África Ocidental; embaixador angolano recomenda esforço e cedências para permitir avanços.
ResponderEliminarEleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Uma delegação do Conselho de Segurança das Nações Unidas concluiu haver necessidade de se fazer cedências para o fim do impasse político na Guiné-Bissau.
As declarações foram feitas esta segunda-feira à Rádio ONU pelo embaixador de Angola junto às Nações Unidas, no fim de uma visita de algumas horas ao país.
Impunidade
Ismael Martins assumiu a presidência do órgão em março e disse que após vários contactos foi constado que é preciso o fim da impunidade e o respeito a leis e normas por parte de partidos. O pronunciamento foi feito na capital senegalesa Dacar, antes do embarque de regresso a Nova Iorque.
“Acho que a viagem foi útil aos membros do Conselho. Conseguimos, mesmo em curto tempo, ter encontros com as entidades principais e com partidos como o Paigc, o PRS e estivemos na Assembleia Nacional com o presidente, dois vice-presidentes e com o presidente da República já no fim.”
O representante declarou que passados vários meses a população demonstra “maturidade” apesar de “estar a ficar impaciente” com a situação política.
Entendimento
“No fundo foi para que todos nos apresentassem o que veem como a principal causa desta crise, se bem que eles não aceitam que existe de facto uma crise. Nós ficamos com impressão de que sim, é possível encontrar um entendimento com maior esforço por parte todos. É um Give and take para se tentar encontrar uma forma de o país viver.”
Para o diplomata angolano, a outra prioridade é manter em território guineense a força da Ecomib, a missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental de manutenção da paz na Guiné-Bissau.
Martins destacou o contributo da missão regional para criar condições para a dignidade na reforma das forças de segurança e “evitar situações vividas nos outros anos”. O país tem um historial de golpes de Estado e de violência política.
O diplomata disse haver a necessidade de adaptar as tarefas do Escritório da ONU de Estabilização da Guiné-Bissau, Uniogbis, ao cenário atual. Este março, a operação iniciou um novo mandato de um ano no país.
Membros da delegação do Conselho de Segurança visitaram esta segunda-feira a Guiné-Bissau.
ResponderEliminarO embaixador de Angola junto às Nações Unidas, que este mês preside o órgão, disse que deve haver mais atenção dos partidos à situação de impunidade e ao respeito de normas no país.
Ismael Martins falou à Rádio ONU, de Dacar, no Senegal antes de retornar para Nova Iorque. O diplomata considerou possível um “entendimento para encontrar formas para o país viver”.
O representante falou do impasse político que dura há vários meses, para o qual a população demonstra “maturidade” apesar de “estar a ficar impaciente”.
Para resolver o impasse, o diplomata não descarta a adaptação ao cenário atual das tarefas do Escritório da ONU de Estabilização da Guiné-Bissau, Uniogbis, cujo novo mandato iniciou este mês.
Vocação para a mediação
ResponderEliminarOs objectivos de Angola para o mandato no Conselho de Segurança da ONU são formalmente, segundo declarações da semana passada de Ismael Martins a'O País, a paz, prevenção e mediação de conflitos. José Eduardo dos Santos substitui assim Blaise Campaoré, que gostava de ser conhecido como bombeiro de África.
Para além disso, informalmente, JES parece não ter esquecido e ainda procurar uma reparação da humilhação que sofreu com a MISSANG. Angola que, depois de ter prometido um forte contingente para a República Centro Africana (a pensar aplicá-lo na Guiné), deu o dito por não dito, não mandou coisa nenhuma... prepara-se agora para voltar à carga, oferecendo os seus «bons ofícios» para chefiar uma missão da ONU em Bissau? Esta súbita vocação para a mediação parece ser um sintoma de aproximação do fim do ditador angolano, como aconteceu no Burkina Faso...
O Conselho de Segurança tem de ter cuidado com os mandatos que entrega ao regime angolano, cuja agenda revanchista oculta representa uma grave ingerência nos assuntos internos de um Estado soberano, divergindo em absoluto da pretensa «imparcialidade» que se exige a uma mediação internacional.
Um carnaval de angolanos com capacetes da ONU em Bissau acabará invariavelmente na exportação de sacos de plástico via Antonov para Luanda (para as famílias mais sortudas) e num aumento drástico na percentagem de baixas em Missões de «paz» da ONU.
O embaixador de Angola nas Nações Unidas, Ismael Gaspar Martins, garantiu ontem à Rádio das Nações Unidas que a agenda principal do país na presidência do Conselho de Segurança será paz internacional, a prevenção e resolução de conflito na Região dos Grandes Lagos.
ResponderEliminarO diplomata ressaltou que os conflitos nesta parte do continente africano têm sido muito presentes. Exemplificou o da República Democrática do Congo que existe desde os anos 60, assim como os do Burundi, República Centro Africana e Ruanda. Ismael Martins defende que estes países dialoguem no sentido de se evitar mais crispações entre si. “A nível do Conselho, nós temos tido sessões sobre a Síria, Iraque, Iémem para condenar vários actos barbáros.
Portanto, chega’, disse o embaixador, a figura principal durante a presidência do país no Conselho de Segurança que começou ontem em substituição da Venezuela. Apesar disso, o embaixador salientou que o país vai continuar a dar atenção a estes conflitos também e junto dos membros do Conselho de Segurança tentar encontrar as soluções mais adequadas. Por outro lado, Angola tenciona também que as mulheres desempenhem um papel preponderante a nível da prevenção dos conflitos no continente africano. Aliás, este será o tema de uma conferência que a representação angolana nas Nações Unidas deverá realizar no final deste mandato de um mês.
Além de várias representantes femininas de outros países africanos, a presença da ministra da Família e Promoção da Mulher, Filomena Delgado, será um dos destaques do encontro que deverá ocorrer no dia 28 do mês em curso. O embaixador salientou que no mês de Março a própria sede das Nações Unidas transforma-se numa ‘cidade das mulheres’. O director-geral da FAO, José Grazzeli, será a figura principal de um encontro marcado para o dia 29 de Março. Angola pretende encerrar o mês de liderança do Conselho com uma reunião informal onde os 15 Estados-membros e especialistas vão abordar a segurança alimentar.
Eu disse aos membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas que a crise propriamente dita não existe. E que esta crise inventada só pode ser arbitrada a nível das instituições competentes e não através de diálogo com grupinhos", revelou o primeiro-ministro, Carlos Correia, a saída da reunião com a delegação do Conselho de Segurança da ONU no palácio do Governo.
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