O Partido da Renovação Social (PRS)
abandonou esta terça-feira, 26 de Abril de 2016, a reunião da Comissão
Permanente da Assembleia Nacional Popular, alegando a violação do formato da
agenda inicial de dois pontos definido pela Comissão Permanente para seis
pontos.
Cipriano Cassamá abandonou a Comissão
Permanente, assumindo a instrumentalização pessoal da Mesa. A CP saiu com o
PRS, deixando as instalações entregues ao vice-presidente do Parlamento, Inácio
Correia.
Sola Nquilim Na Bitchita, da bancada
parlamentar do PRS, explica a’O Democrata, à saída da reunião, que o seu
partido decidiu retirar-se do encontro, em consequência da adulteração da
agenda, sublinhando por outro que “só ontem”, (25 de Abril de 2016), o
documento foi entregue à sua formação política para dia seguinte ser debatido
na reunião.
“A reunião tinha sido convocada para
analisar apenas dois pontos; o discurso do Presidente da República do passado
dia 19 de abril e a preparação de um eventual pedido de debate de urgência
sobre o estado da nação, mas na reunião fomos confrontados com uma nova agenda
de seis pontos”, acrescenta.
Inácio Correia, primeiro Vice-presidente
do parlamento, diz não compreender atitude do PRS de abandonar a sala da
reunião, uma vez que o encontro desta terça-feira foi convocado, em função da
nova matéria disponível na ANP, com base no consenso chegado nas negociações do
passado dia três, para o agendamento do debate sobre estado da nação requerido
pelo Presidente da República.
Sobre o posicionamento do PRS, a
Comissão Permanente da ANP reagiu, em comunicado pedindo adopção, da parte dos
partidos políticos com assento parlamentar, de condutas conducentes ao respeito
pela dignidade dos titulares dos seus órgãos internos e às normas que regulam
organização e o funcionamento da ANP.
A Comissão Permanente diz na mesma nota,
expressar a sua solidariedade institucional ao Presidente da Assembleia
Nacional Popular e ao mesmo reafirma a sua confiança a Cipriano Cassamá na
condução do parlamento com “isenção e o respeito à Constituição da República da
Guiné-Bissau”. Com Odemocrta
Abandono sem dono
ResponderEliminarCipriano Cassamá abandonou a Comissão Permanente, assumindo a instrumentalização pessoal da Mesa. A CP saiu com o PRS, deixando as instalações entregues ao usurpador, que, ao perder a sua condição de elegibilidade, deveria imediatamente ter colocado o cargo à disposição, e não agarrar-se ao poder como uma carraça, à imagem da sua família política, o PAIGC, que é, neste momento, o maior cancro do país. O micro-órgão subsidiário perdeu qualquer legitimidade, pelo que são nulas todas as deliberações ou qualquer outra decisão entretanto dele emanada. O poder saiu (para evitar o caiu) na rua, e voltou ao povo. Só um novo Plenário, cumprindo a sentença do Tribunal e voltando ao status quo ante, poderá garantir a reposição da legalidade e legitimidade representativa. Quanto ao suposto Governo, já caiu no ano passado. Resta, como resíduo de soberania, a Presidência, que, se acelera na estrada, já em política não anda nem desanda... e está perante uma rotunda de todos os perigos.