terça-feira, 20 de setembro de 2016

Tempo de aprender valores que se enquadrem nas relações humanas!

“Desde a última eleição que tenho prestado atenção ao número de viagens que os governantes dos sucessivos governos têm feito ao exterior. Um exagero!

Esta gente passa a vida a viajar, no entanto, são alérgicos ao trabalho. Nada têm a apresentar ao eleitorado a não ser o aumento do estado de retrocesso do país, que é intolerável em si.

Quem paga todas estas viagens? Se pessoas andam a morrer de fome, como se atreve esta gente a esbanjar tanto?

O número de gastos com reuniões, banquetes, alojamentos, transportes, etc, dava para resolver muita coisa no país, mas estes senhores preferem a borga.

Não será já hora de pô-los a andar? É que o país está bloqueado e moribundo, sem soluções à vista. Já basta!” - Otílio Camacho

Por, Eng.º Otílio Camacho

Fico constrangido quando me recordo dos princípios de uma boa educação que outrora eramos ensinados em casa, os valores a preservar, tais como: a honestidade e o bom nome, as normas de conduta na sociedade que se defendia a todo o custo e que hoje se encontram completamente banalizadas.

Vejo amarguradamente que neste séc. XXI, as pessoas esforçadas e honestas são obrigadas a se sentirem otárias, enquanto os trouxas exigem que o mundo se adapte a eles num deserto de ideias onde a meritocracia não existe.

Esta era global em que vivemos, facilitou o acesso a informática. Através dela a comunicação se expande a uma velocidade estonteante, possibilitando em tempo real à comunidade o acesso a todo o tipo de informação.

A internet é um espaço onde os internautas podem se manifestar como bem entendem. Isso faz com que muitos se achem no direito de opinar sobre os mais diversos assuntos, sem se darem pelo menos ao trabalho de conhecer sobre o que comentam. Falam sobre assuntos pelo qual não possuem nenhum conhecimento e nem se apercebem do ridículo papel a que se predispõem.

Quando se lhes faz algum reparo, por mais irrelevante que seja a opinião, em vez de uma argumentação ponderada, partem logo para a agressividade com o intuito de ferir.

É o preço que se paga hoje pela liberdade de expressão, liberdade essa que infelizmente muitos não estão preparados para usufruir. Confundem-na, com libertinagem. Essa libertinagem que tem vindo a testar os limites da nossa paciência de uma forma tão intensa e que nos tem tirado do sério inúmeras vezes.

É imprescindível questionar o modelo de compreensão que os trouxas nos querem impor, porque ignorantes disfarçados de sábios, todo o mundo está farto. Em seus pódios de ignorância irradiam complexidade por tudo quanto é sítio.

Embora se tenham rompido as fronteiras das disciplinas, isso não dá a ninguém o direito de abusar dessa liberdade e muito menos violar a honra e a imagem de outrem.

A falta do senso de limite e o esvaziamento ideológico desses trouxas, faz com que no plano da convivência social se torne cada dia mais difícil manter o respeito e o entendimento sobre diversos temas.

Ainda não consegui compreender, qual o prazer que muitas pessoas têm em se comportar e passar por estúpidos.

Opinar, falar, criticar, dar sugestões, é um direito que cabe a todos numa sociedade moderna. A questão que se põe, é falar com conhecimento, responsabilidade e civismo, principalmente, civismo.

Mais que nunca, é indispensável vencer o preconceito que opõe a racionalidade. Estar aberta a uma formação ética que permita interiorizar valores que se enquadrem nas relações humanas e na educação para a cidadania, é algo de muito valioso numa época de diversificação.

É fundamental estar-se apto a mudar e ter uma grande flexibilidade de aprendizagem e de formação. Aprender a ler e interpretar o texto, aprender a definir conceitos através da escrita, aprender a investigar, aprender a ser crítico, aprender, aprender, aprender sempre e ser educado na forma de se expressar, é condição sine qua non ao exercício da cidadania.

Não conheço ninguém que queira se adaptar ao mundo dos trouxas ou aceitar que lhe façam de otário, nada melhor que dizer basta e pôr essa gente no seu respectivo lugar. Aliás como se diz, "só não sente quem não é filho de boa gente"!

Nota: Os artigos assinados por amigos, colaboradores ou outros não vinculam a IBD, necessariamente, às opiniões neles expressas.

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